terça-feira, 20 de maio de 2014

A FCT E A DESTRUIÇÃO DA CIÊNCIA EM PORTUGAL

Por concordar na sua totalidade, reproduzo integralmente a entrada de Carlos Fiolhais.
A Fundação para a Ciência em Portugal (FCT) devia ser a principal defensora da ciência em Portugal, mas é a principal adversária. Apesar de todos os protestos, continua paulatinamente a destruí-la. Começou logo com a liquidação que fez da História da Ciência e da Cultura Cientifica, uma decisão que nunca reverteu apesar de o ministro ter sido informado do desatino. Mas continuou com avaliação de programas doutorais feita sem qualquer critério e nos quais trata as universidades com profundo desprezo. Escreve aos investigadores em "informatiquês", que faz o "eduquês" parecer uma língua culta. E agora está a fazer avaliações muito pouco credíveis a centros de investigação: parece que  relatórios de avaliação feitos lá longe por quem não sabe e nunca viu o que aqui se passa são opostos uns aos outros, quando o objecto é axactamente o mesmo. Alguns comentários de avaliadores não fazem qualquer sentido e só vêm dar razão ao velho dito de que a ignorância é muito atrevida.
O Conselho Superior de Ciência e Tecnologia já pediu uma avaliação à FCT. Mas foi feita? Por que não é feita? Era tempo de ser feita para acabar com a arbitrariedade e a falta de senso.
PS No caso do centro de investigação a que pertenço, um dos relatórios defendia que publicar nas melhores revistas científicas era mau para o desenvolvimento científico. Textualmente.

4 comentários:

  1. Caro LA-C,

    Em relação ao seu PS, COMO? Importa-se de elaborar?

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    1. Basicamente, o argumento era o de que publicar em revistas de topo era incompatível com inovação científica.

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  2. PS No caso do centro de investigação a que pertenço, um dos relatórios defendia que publicar nas melhores revistas científicas era mau para o desenvolvimento científico. Textualmente.
    Só pode ser gralha de uma máquina automática de jorrar textos!!!

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  3. Claro, toda a gente sabe que a inovação científica só se faz a publicar na revista sem prestígio nem peer-review da universidade mais apagada do planeta onde os artigos são aceites pelo bom critério do director ser amigo do primo do autor. Também podia contar algumas coisas engraçadas sobre resultado de avaliação surreais, mas nem vale a pena - basta dizer que durante anos os projecto foram avaliados por pessoas que... não são da área.
    Totalmente de acordo com o artigo, é óbvio.

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