terça-feira, 11 de outubro de 2016

Os taxistas e os bananas

Eu gostaria de saber como é que estando Portugal com tantos problemas orçamentais se permite que os taxistas bloqueiem o acesso ao maior aeroporto do país. Já não bastam as greves da TAP, agora também tem de se tolerar as greves dos taxistas a importunar o funcionamento de uma infraestrutura crítica.

Para os taxistas se manifestarem não é necessário fechar o acesso ao aeroporto; não é isso que está consagrado na Constituição. O governo não tem nada que negociar com gente que se comporta desta forma. Quem bloqueia uma via pública vai preso.

É muito simples, caros governantes: deixem de ser bananas. Quando é para ter fanicos políticos, não agem como bananas -- é só quando é preciso defender os interesses do país. Se a falta de vergonha pagasse imposto, o orçamento estaria sempre equilibrado.

1 comentário:

  1. Em Portugal essas coisas não são levadas minimamente a sério contrariamente ao que acontece nos países civilizados bastando apenas atravessar a fronteira para ver acções muito contundentes das polícias quando as manifestações saem do figurino previsto. É a diferença entre os países que têmm tido sucessivos governos que não abdicam de fazer aplicar a autoridade do Estado e aqueles onde o conceito de autoridade do Estado é diaria e permanentemente enxovalhado para gáudio da populaça. Dois exemplos soltos; os camionistas que há uns anos resolveram fazer tropelias sendo que essas tropelias duraram apenas até o Director Geral da Guardia Civil (que na altura acumulava com a Direcção-Geral da Polícia Nacional) dizer que não iria tolerar nem mais um bloqueio. E realmente não houve nem mais um. Os camionistas sabiam o que lhes aconteceria e, principalmente, aos seus camiões. Ou quando os controladores aéreos resolveram abandonar em bloco os seus lugares de trabalho tendo sido imediatamente decretado o estado de alarme com os controladores aéreos militarizados e postos sob alçada da Força Aérea Espanhola, situação que durou mais dum mês. Vários controladores foram entretanto processados pelo abandono de posto de trabalho.

    E em Portugal? Pois em Portugal bloqueia-se o principal acesso rodoviário ao aeroporto da capital e não acontece nada. Ninguém vai preso, a polícia não desentope o caminho rapidamente e pelos meios necessários sejam lá quais forem, enfim, a paz dos cemitérios. Para cúmulo um ministro ou um sec de estado ainda recebem e negoceiam com os motoristas de praça sob pressão e enquanto o bloqueio decorre! Pouca vergonha!

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