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terça-feira, 5 de abril de 2016
O Novíssimo Testamento
Tinham-me dito que era um filme muito divertido, e elogiaram a maneira como baralha (ou reforça) as nossas ideias do Deus bíblico.
Esqueceram-se de falar da poesia (o sonho da mulher que não tem braço é das coisas mais comoventes e doces que vi nos últimos tempos), da ternura, e desse sentimento que atravessa todo o filme: o amor que não julga e que tem o poder fecundo de convidar a uma vida renovada.
Esqueceram-se de falar da música que se torna sujeito catalisador da história. Também não contaram que é um filme feito com pouco dinheiro (o realizador não queria ter de fazer concessões a ninguém) e que as soluções baratíssimas a que recorre, por falta de meios, surpreendem e aumentam ainda mais o gosto de ver.
E deixa, como é óbvio, a questão: é esta a história que quero levar de mim quando morrer?
Cinema excelente. Podem ir ver, à confiança.
(Não devolvo o preço do bilhete a quem não gostar, mas pode-me desamigar no facebook.)
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