sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A nossa originalidade

Vasco Pulido Valente tem razão. Já é tempo das “personalidades” de direita temperarem as suas intervenções. Não faz sentido nesta altura do campeonato chamar “golpista”, “fraudulento” e “usurpador” a António Costa, que com certeza agradece a oportunidade que lhe dão para se poder armar em estadista e moderado. Eu também estou apreensivo com um governo socialista. Também acho que houve um abuso de confiança em relação ao eleitorado. A minha apreensão não tem nada a ver com questões de legalidade – é tudo legal e penso que ninguém contesta isso. A minha apreensão é só uma: em nenhuma democracia moderna e civilizada, daquelas que os “grandes educadores” do povo gostam de evocar para justificar o que se está a passar em Portugal, existe um governo apoiado, ou melhor, refém de partidos estalinistas e trotskistas. É uma originalidade que dispensava, porque acho que nos vai custar caro. É só isso.

2 comentários:

  1. O anterior governo da Dinamarca precisava da Aliança Vermelha Verde (fusão entre "socialistas de esquerda", comunistas penso que tradicionais, maoistas e trotskistas) para ter mais deputados que a oposição.

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    1. O anterior governo? Não sei, és capaz de ter razão. De qualquer maneira, temo que seja uma questão de tempo até vermos por essa Europa fora, nomeadamente na "civilizada" Europa do norte, partidos radicais, de direita e esquerda, no poder. E no centro e norte da Europa os partidos da extrema-direita estão em ascensão, o que é um bocado assustador. Mas os partidos da esquerda radical não são menos assustadores.

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