terça-feira, 24 de novembro de 2015

Da natureza do fracasso em Política

Estou aliviado com o fim do anterior governo. O atual não tem uma vida propriamente fácil e é possível que falhe. Mas, pelo menos, há a convicção de que, se falhar, falhará por ser incapaz de fazer aquilo em que acredita e não, como o governo que acabou, por ser capaz de o fazer. E estas coisas, em Política, são importantes. Muito. Boa sorte. 

7 comentários:

  1. Explique lá isso melhor.

    Este governo falhou por ser capaz de fazer aquilo em que acreditava? Ou falhou por existir a convicção de que foi capaz de fazer aquilo em que acreditava?

    Se o governo fez aquilo em que acreditava, e/ou há convicção de que fez, em que medida é que falhou? Falhou na sua opinião? E na dos 2 milhões de eleitores que votaram para o reeleger, também falhou?

    Em política, aparentemente, é sobretudo muito importante o Luís acreditar pessoalmente na bondade de intenções do governo.

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  2. Já percebo porque os Governos vêm aqui ao tasco recrutar.

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    1. Incidentalmente, trabalho para um outro governo, que não o português. Se calhar é uma conspiração mais global.

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    2. És um futuro candidato então. Visto que os nosso gostam de ir buscar gente "internacional".

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  3. Nuno, acredito que em Política a bondade está nos olhos de quem observa. É claro que não há (ou raramente há) um certo e errado em abstrato. Há um certo e um errado para cada um de nós. A política do governo cessante é um fracasso aos olhos da visão do mundo que eu tenho, não será um fracasso para a visão do mundo que alguns dos ex-governantes têm. Tenho para mim que 400 mil emigrantes, a inexistência de investimento, a venda de ativos estratégicos a preço de saldo (e com compromissos inexplicáveis para o contribuinte, como a TAP, uma estrutura produtiva severamente comprometida, uma dívida pública num máximo histórico, um desemprego galopante, uma anulação da voz na Europa, são fracassos, mas entendo perfeitamente que, para outras visões do mundo, sejam um sucesso. E digo isto sem ironia.

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    1. Luís, uma coisa é eu ser da opinião que as políticas propostas pelo PCP (por exemplo) são erradas, impossíveis de aplicar, e/ou com resultados desastrosos que contrariam os objectivos a que se propõem. Outra seria eu dizer que o PCP propõe deliberadamente empobrecer toda a gente para extrair ganhos de outra natureza da miséria do povo. Não acho correcto por a questão nestes termos, trate-se do PCP ou do PSD.

      Além disso, nos ex-governantes de que fala votaram 2 milhões de cidadãos (38% dos votantes), que intencionalmente ou não, está a incluir na sua caracterização de "pessoas que vêm sucesso nas malfeitorias todas que foram feitas". Se calhar em vez de chamar "maus da fita" a 2 milhões de pessoas, convinha tentar perceber o que viram de bom (ou menos mau) neste governo.

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