sexta-feira, 13 de novembro de 2015

"in tatters..."

Uma das newsletters de investimento diárias diz "the government in Portugal is in tatters..." É isto que os fundos de investimento, os bancos, os analistas de dívida, etc. estão a ler neste momento. Em frangalhos!!! Estamos em frangalhos depois de António Costa, o segundo megalomaníaco a liderar o PS numa década, nos ter dito que só derrubaria o governo se tivesse uma alternativa credível e estável.

Obrigada por nada, António Costa e PS.

10 comentários:

  1. Neste momento, parece mais o Cavaco Silva do que o António Costa que está a deixar "o governo em cacos" - isto é, por mais instável que seja a combinação "governo PS com o apoio parlamentar do PCP e do BE", parece-me mais estável que a situação "ninguém sabe o que vai acontecer, com «fontes próximas de Belém» a soprarem mensagens contraditórias para a imprensa todos os dias, e rumores que talvez sejam tomadas decisões na margem da constitucionalidade".

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    1. Concordo com essa visão. Para evitar um governo que pode ser instável, estamos a garantir (pelo menos durante algum tempo) um governo "em cacos".

      Notem que eu tenho muito poucas esperanças acerca da estabilidade ou bondade de um governo PS. No entanto não tenho nenhumas esperanças sobre a estabilidade ou bondade da manutenção em gestão da solução atual ou de uma eventual "brincadeira" de governo de iniciativa presidencial. Nas palavras da Rita, são soluções estocasticamente dominadas.

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    2. Pis é, iv, só há um problema: a fonte de instabilidade do governo PS e do governo PàF é a mesma: António Costa. O governo PàF não presta porque António Costa vai fazer tudo por tudo para ele não prestar, apesar de ele ser incapaz de formar um governo à esquerda que seja minimamente estável. A isso chama-se terrorismo e a regra é que ceder a um terrorista não é muito boa ideia. Mas, do ponto de vista de recolha de dados, até seria interessante ver o Costa como PM. Pode-se fazer essa experiência, dado que eu não vou ser um dos ratos de laboratório.

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Eu não acredito que acredite nisso (passe a repetição), porque acaba de fazer uma interpretação à la Mao ou à la Estaline (Culto da Personalidade) que em nada se encaixam no perfil de António Costa. Enfim, e "terrorismo"? Isso é uma americanice de segunda classe desde que terminou a guerra fria...

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    5. "apesar de ele ser incapaz de formar um governo à esquerda que seja minimamente estável."

      Comparado com o quê? O Costa ao menos tem acordos (com muito a desejar, é verdade, nomeadamente na parte das moções de censura) com um conjunto de partidos que lhe dão a maioria no parlamento. Parece fraquinho, mas compare-se com o que o PSD/CDS e a ala Francisco Assis andavam a propor - note-se que (tirando o PSD/CDS já na parte final, quando o Paulo Portas disse que oferecia o lugar ao Costa) eles não propuseram um governo de coligação PSD/PS/CDS, nem sequer um governo PSD/CDS com um acordo parlamentar com o PS.

      O que foi inicialmente sugerido foi o PS ir para a oposição ("liderar a oposição", penso que foi o que o Assis disse) mas deixar passar o programa de governo PSD/CDS (eventualmente negociar este orçamento) e depois logo se via .

      Ora, o que seria mais estável - um governo minoritário do PS com um acordo parlamentar (muito reduzido é, verdade) com 2 ou 3 partidos que lhe dão a maioria no parlamento (e que para já têm um forte incentivo em não serem vistos pelo eleitorado de esquerda como responsáveis por a direita regressar ao poder), ou um governo minoritário PSD/CDS sem acordo parlamentar nenhum, e dependente no parlamento de um partido que se auto-denominaria como líder da oposição?

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    6. Nem mais. É como estar a ver pensar.

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  2. "Obrigada por nada, António Costa e PS" - Tão primária, Rita!

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    1. Por acaso, hoje, estava-me a apetecer reduzir-me à primaridade de dar um puxão de orelhas a alguns líderes políticos.

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  3. O que eu não percebo mesmo, é como ninguém ainda reparou numa contradição insanável da direita:

    Se Portugal está acima de tudo, se quanto mais à esquerda pior, como é possível defender que o PS deve aprofundar o acordo à esquerda? O que estão a dizer é que é melhor para o país um governo estável mais à esquerda do que um governo instável mais ao centro. E simultaneamente pedem uma alteração constitucional para eleições o mais rápido possível...

    A sério, Rita, o Costa até pode ser o verdadeiro Belzebu, mas em termos do lamaçal da coerência a coisa é exactamente a mesma, à esquerda e á direita...

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