terça-feira, 3 de novembro de 2015

Perguntas para um guião

O PSD e o CDS já devem andar a preparar um guião para a oposição a um governo de esquerda, no qual devem constar perguntas aos comunistas e neocomunistas do género: “Condenam ou não os crimes de Estaline com os seus milhões de vítimas?”; “Consideram ou não a Coreia do Norte e Cuba ditaduras implacáveis, que perseguem e matam, nomeadamente de fome, centenas de milhares ou milhões de pessoas?”; “Dêem lá um exemplo de um país em que o comunismo tenha gerado paz e prosperidade?”.

Há uma máquina de propaganda que nos quer convencer de que a esquerda radical já não é o que era. Estão mais moderados, deixaram-se de fantasias “internacionalistas”, "nacionalizaram-se", libertaram-se da tralha ideológica e só lhes sobrou o seu amor pelos trabalhadores. Provavelmente, este processo de conversão implica transfusões de sangue no Largo do Rato, e deve ser por isso que o famigerado acordo tarda em ver a luz do dia. Infelizmente, sou um céptico nestas matérias, tenho de ver para crer. E, até ao momento, ainda não vi estes “novíssimos socialistas” a condenarem os crimes hediondos cometidos por esse mundo fora em nome dos “amanhãs que cantam”.

2 comentários:

  1. É. Em vez de histórias passadas há muito tempo, o PSD e o CDS podem ser confrontados com temas mais actuais, do género: que partidos promoveram o maior aumento de impostos já feito em Portugal? Ou: qual o governo efectuou a maior transferência de rendimentos estáveis, provenientes do fornecimento em mono/oligopólio de serviços básicos à população portuguesa, para os regimes comunistas chinês e angolano?

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    1. Infelizmente, não são são "histórias passadas há muito tempo". A Coreia do Norte e Cuba são dois exemplos das consequências do comunismo - como sabe, Marx nunca definiu os contornos de uma sociedade comunista, falou na ditadura do proletariado, que devia anteceder o fim do estado e pouco mais e, por consequência, o que conhecemos do comunismo é o que a história e a experiência nos mostram. E, até hoje, nunca vi os comunistas portugueses a criticarem o modelo soviético, chinês ou coreano.

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