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sábado, 23 de janeiro de 2016
Contos zen para crianças boas 171
A visita residente parece uma contradição e, logo, uma impossibilidade, mas há mais a dizer acerca das impossibilidades do que assinalar o facto de serem contradições. A visita residente pode ser uma contradição e, logo, uma impossibilidade, mas não deixa de ter efeitos sobre nós, tal como outras impossibilidades. Um círculo quadrado ou um solteiro casado ou um triângulo com sete lados ou um erro deliberado ou um partido comunista ou uma rosa azul ou um morto vivo ou um pequeno milagre ou um novo clássico ou uma cópia original ou uma vítima de suicídio ou uma desordem sistemática ou um caos controlado ou um humano normal aparecem por todo o lado e mantêm-nos ocupados ou tornam-nos reflexivos. Há contradições existencialistas e muita gente diz ter experimentado a solidão no meio de uma multidão. Há contradições filosóficas e muita gente tem pensado na guerra justa e na igualdade de oportunidades. Há contradições dramáticas como a leveza pesada, a vaidade séria, a pena de chumbo, o fumo brilhante, o fogo frio e a saúde doente de Romeu, de que têm falado os poetas. Da visita residente podemos dizer que, não sabendo quando chega e quando parte, melhora em muito o nosso sentido da hospitalidade.
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Os físicos ficaram sem o Paradoxo de Schrödinger, acima esclarecido. É bem feita, porque andavam sobre ele há dezenas de anos e... nada!
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