"Quase todos os colunistas acabam por abraçar causas. No último ano e meio, eu tenho insistido que o Estado português devia emitir mais, muito mais, dívida de longo prazo. Eu percebo que esta causa não tem o apelo de “soltem os prisioneiros” ou “salvem os pinguins”, mas com a nossa história de finanças públicas, esta causa provavelmente faz toda a diferença sobre se vamos ter outro resgate nos próximos anos." - Veja mais em: Dinheiro Vivo
Gostei muito de ler este artigo, e sei porquê.
ResponderEliminarQuanto ao uso de pronomes pessoais não foi nada americanizado - o "eu" (duas vezes) teve estilo europeu e o "tu", como "you" (em geral) nunca foi usado.
Não é isso, Isidro. O Ricardo Reis escreveu "eu tenho insistido", quando em português é suficiente dizer "tenho insistido", pois o "eu" está imediatamente subentendido como sujeito. Note-se que eu também tenho o hábito de espalhar muitos "eus" e outros pronomes desnecessários quando escrevo -- muitas vezes, até faço uma leitura propositada para tentar eliminar os pronomes pessoais redundantes.
EliminarOlá, Rita, parece de facto reconfortante. Mas [eu] considero-o - e já o disse aqui - um pormenor insignificante quando consideramos a excelência habitual dos textos, dos teus e dos do Ricardo Reis! E além disso [eu] acho que não tens esse hábito; tinhas, mas já não tens :-)
EliminarRita, "eu tenho insistido" é uma enfatização muito lusa, e voltarei a isto mal tenha alguns minutos.
ResponderEliminarÉ verdade que quando se recomeça a escrever em português, expressões americanas saem com muita facilidade. Aconteceu-me o mesmo há 10 anos e notava-se perfeitamente nos primeiros artigos de Ricardo Reis
ResponderEliminarMas ao fim de algum tempo, encontra-se o equilíbrio. É bom lembrar que a língua portuguesa não é nada fácil para o pragmatismo dos economistas. Portanto o equilíbrio é isso mesmo, um equilíbrio. E a Rita, tal como eu ou o Ricardo Reis, já conseguiu esse equilíbrio.
Realmente, eu nunca tinha reparado no Ricardo usar muitos os "eus", foi esta a primeira vez. Apenas achei engraçado, mas claro que não tem nada de mal.
Eliminar