segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Vou votar com euros

Acordei e são 2:20 da manhã. Comecei a pensar em António Costa e perguntei-me "Em que circunstâncias é que este homem desistirá de ser Primeiro-Ministro?" Não obtive resposta nenhuma. Não acredito que ele desista por vontade própria. Tudo o que ele fez até agora foi mentir e manipular a situação em seu favor. Eu não sou contra um governo PS; eu sou contra um governo PS nestas circunstâncias.

Costa não consegue nem sequer a confiança dos partidos de Esquerda para chegar a um acordo que lhe permita ser Primeiro-Ministro com apoio declarado. A única coisa que os partidos de Esquerda lhe dão é ajuda para derrubar um governo de Direita--nem os supostos aliados confiam nele. A sua contenção a chefe do governo é suportada apenas por uma promessa declarada de criar instabilidade a outros governos, caso não seja ele a formar governo. Isto pode ser permitido pela Constituição, mas é chantagem e é uma deturpação do espírito democrático, pois o país está refém de António Costa. Não se negoceia com sequestradores, essa é a regra e eu gosto de seguir regras.

Quem diz que não é tão mau quanto isso António Costa chegar a Primeiro-Ministro, porque pessoas como Mário Centeno são de confiança, não me convence. O homem nem à lei portuguesa quer obedecer. Durante dois anos e meio e depois de quatro acções em tribunal, a Câmara Municipal de Lisboa de António Costa recusou-se a entregar os documentos que avaliavam as práticas que eram seguidas nas adjudicações de obras municipais. Mesmo confrontado com a decisão do Tribunal Constitucional, ele recusou-se a cumprir a lei. Só um megalomaníaco e uma pessoa sem princípios age assim.

Eu nasci numa ditadura, mas não tenho estômago para ditadores. Vou votar com os meus euros e um governo PS nestas condições não leva o meu voto. Só vou a Portugal se o PS conseguir formar um governo com o apoio declarado e inequívoco de mais de 50% do voto popular. Em Portugal, "O Povo é quem mais ordena", não é António Costa.

1 comentário:

  1. Pergunto-me se não seria interessante que se demitissem, os actuais Secretários-Gerais dos partidos com representação parlamentar, nomeadamente Pedro Passos Coelho, António Costa, Paulo Portas, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa (nos dois últimos não sei se faria diferença) e verificar, se depois de eleitos novos S.G' s os entendimentos parlamentares se manteriam inalterados ou se, pelo contrário, passariam a existir outras hipóteses de entendimento entre partidos.Se o argumento para a convergência à esquerda é de base programática então nada deveria objectar a que descartássemos estes possíveis "outliers" para confirmar a veracidade da hipótese. É claro que tal só seria possível com a colaboração dos mesmos, mas como todos concordam que apenas se interessam pelo bem do país, não deveriam rejeitar esta possibilidade de desbloqueio.

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