terça-feira, 10 de novembro de 2015

Escrever um post político e voltar a hibernar

Tenho passado os últimos dias a assistir pacatamente ao frémito político desta estrepitosa Nação. De todos os argumentos, o meu preferido é aquele que afirma não fazer sentido haver partidos excluídos da área da governação. Vamos ver o que dizem os mesmos se Marine Le Pen e a Frente Nacional ganharem eleições em França. Mais, não fora a minha preferência pelo marido de Carla Bruni, pagava para ver uma segunda volta entre Hollande e Le Pen, só para ouvir os que hoje rasgam as vestes pela democraticidade da extrema-esquerda em lancinantes gritos para que o partido de Sarkozy não se alie à extrema-direita, porque é sua obrigação moral unir-se ao centro-esquerda que com ele partilha os valores da democracia e da Europa. Fica a nota de que não desejo tal desfecho, já que eu, facho inveterado (ou invertebrado, como todos os que não são de esquerda), escolheria sempre o centro-esquerda à extrema-direita. Sim, já sei, só os nazis e os fascistas é que foram pessoas horriveis, os comunistas foram sempre jóias de moços, da Albânia ao Cambodja.

5 comentários:

  1. Está explicado: és fofinho porque és invertebrado! Aprendi tanto hoje...

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  2. "pagava para ver uma segunda volta entre Hollande e Le Pen"

    Não seriam situações equivalentes - equivalente seria uma segunda volta entre Hollande e Sarkozi com este último ser apoiado pela FN.

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    1. equivalente seria uma segunda volta entre Hollande e Sarkozy, em que Sarkozy negociasse com a FN para obter o seu apoio

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  3. Sim, tens razão, o paralelismo é tosco, até porque compara sistemas de governo diferentes. Mas essa alegoria remetia menos para a equivalência das situações e mais para o argumento de que não se devem excluir partidos do arco da governação.

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    1. Mas a questão é justamente que existem vários graus de afastamento. Ser apoiado por um partido é diferente de apoiar esse partido ou entrar numa coligação com esse partido.

      Na analogia com a FN, nunca ouvi dizer nenhum candidato que rejeitava os votos vindo de eleitores da FN. Mas geralmente penso que não existem alianças à direita para apoiar candidatos FN na segunda volta das eleições, antes pelo contrário (posso estar enganado, mas essa era a convenção até há alguns anos).

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