segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Enviada especial a Berlim

A Helena Araújo é uma moça que conheci no Facebook. Vive em Berlim, Alemanha, e tem um blogue, 2 Dedos de Conversa, que visito com alguma regularidade desde que a conheci. Não sei muito sobre ela, excepto que vive apaixonada por música e que já me ofereceu guarida em Berlim caso eu vá lá correr a maratona.
Nos últimos tempos, tem prestado um serviço à comunidade blogonáutica portuguesa, dando não só a sua visão sobre o que se passou em Colónia, como traduzindo do alemão artigos publicados por lá.

Aqui ficam os quatro últimos:
  1. Críticas feministas às reacções da sociedade aos ataques em Colónia (dois artigos);
  2. A"rape culture" não foi levada para a Alemanha - sempre esteve lá;
  3. Debate sobre as notícias relativas a Colónia - temos de falar sobre isso;
  4. O Ministro da Justiça alemão admite que tenham sido ataques combinados ou planeados.

12 comentários:

  1. "Ich bin ein Berliner." -- só hoje!
    https://www.youtube.com/watch?v=hH6nQhss4Yc

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    1. Bem, que John F. Kennedy se considerasse uma bola de Berlim ("Berliner" em alemão) é lá com ele. Este discurso ficou na História, mas esconde a realidade menos entusiasmante de que o Muro de Berlim só foi erigido devido, em grande parte, às hesitações e pusilanimidade de JFK face às prepotências de Nikita Khrushchev em violação do estatuto de Berlim.

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    2. Neste contexto, Berliner não se refere a "bola de Berlim". Houve um alemão que até escreveu um artigo sobre isso. :-)

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    3. Já houve dois alemães que me confirmaram a versão de Alexandre Burmester.

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    4. Claro que, neste contexto, "Berliner" se refere a natural de Berlim. Mas sucede que, no alemão do dia-a-dia, "Berliner" quer dizer, mais frequentemente, "bola de Berlim". Daí o trocadilho. ;-). Ou seja, tivesse JFK sido bem aconselhado, e teria usado outra expressão, como, por exemplo, "Ich liebe Berlin". Just a thought.

      Mas não vale a pena, acho eu, tentarmos gabar que o "o meu alemão vale mais que o teu" :-)

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    5. Do que não pode haver dúvidas é que as nossas Bolas de Berlim são bem melhores que as bolas de berlim dos berlinenses.
      Daí a distinção entre maiúsculas e minúsculas.

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    6. Plenamente de acordo, caro Luís. Mas, quando eu era miúdo, as bolas de Berlim tinham recheio de marmelada. Infelizmente, desapareceram, e hoje só as há com aquele recheio de creme, as quais, para meu gosto, não são tão boas.

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    7. Mas, ainda no mesmo contexto linguístco, deixem-me dar-vos um exemplo mais facilmente inteligível em Portugal. Um natural de Hamburgo é um "Hamburger". Como reagiria a generalidade dos portugueses a alguém que dissesse "Ich bin ein Hamburger!"? ;-)

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  2. Outra contribuição para o debate:

    "A MIGRAÇÃO NA ALEMANHA
    Texto de uma médica tcheca.Ela é anestesiologista e trabalha num hospital de Munique. Vejam o que está acontecendo no atual ambiente multicultural da Alemanha, segundo o que ela relata.
    ..........
    "Ontem tivemos uma reunião sobre como a situação aqui e em outros hospitais de Munique ficou insustentável. As clínicas não conseguem lidar com emergências e assim começam a enviar tudo para os hospitais.
    Muitos muçulmanos estão recusando ser tratados por funcionários do sexo feminino e, nós, as mulheres, estamos nos recusando a trabalhar entre africanos especialmente. As relações entre a equipe e os migrantes está indo de mal a pior. Desde o último fim de semana, migrantes que vão a hospitais têm que ser acompanhados por policiais.
    Muitos migrantes têm AIDS, sífilis, tuberculose aberta e muitas doenças exóticas que, aqui na Europa, nem sabemos como tratar. Se recebem uma receita, aprendem na farmácia que têm que pagar em dinheiro. Isto leva à explosão de insultos inacreditáveis, especialmente quando se trata de remédios para crianças. Eles abandonam as crianças com o pessoal da farmácia e dizem: Então, curem-nas vocês! Portanto, a polícia não tem que proteger apenas clínicas e hospitais, mas também grandes farmácias.
    Só podemos perguntar: Onde estão todos aqueles que, nas estações de trem e na frente das câmeras de TV, mostram cartazes de boas-vindas?Sim, por enquanto as fronteiras foram fechadas, mas um milhão deles já estão aqui e, definitivamente, não seremos capazes de nos livrar deles.Até agora, o número de desempregados, na Alemanha, era de 2,2 milhões. Agora vai ser 3,5 milhões. A maioria destas pessoas é completamente não empregável. Um mínimo deles tem alguma educação.
    E mais: suas mulheres não fazem coisa alguma. Estimo que uma em dez está grávida. Centenas de milhares trouxeram consigo lactentes e crianças menores de seis anos desnutridas e negligenciadas. Se isto continuar, e a Alemanha reabrir suas fronteiras, eu voltarei para casa, na República Tcheca. Ninguém vai poder me segurar aqui, nem com o dobro do salário. Eu vim para a Alemanha e não para África ou Oriente Médio.
    Mesmo o professor que dirige o nosso departamento falou da tristeza em ver a mulher da limpeza fazendo seu serviço, há anos por 800 Euros, e depois encontrar homens jovens estendendo a mão, querendo tudo de graça e, quando não conseguem, se alteram."

    (continua)

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  3. (continuação do texto anterior)

    "Eu realmente não preciso disso! Mas estou com medo de, se voltar, encontrar o mesmo na República Tcheca. Se os alemães, com os seus recursos, não conseguem lidar com isto, lá seria o caos total. Ninguém que não tenha tido contato com eles pode ter uma ideia de que espécie s que são, especialmente os da África, e como os muçulmanos agem com soberba religiosa sobre a nossa equipe.
    Por ora, nosso pessoal ainda não foi reduzido, em consequência das doenças trazidas para cá, mas, com centenas de pacientes todos os dias, isso é apenas uma questão de tempo.
    Num hospital perto do Rheno, os migrantes atacaram a equipe a facadas, depois de trazerem um recém-nascido de 8 meses, que estava à beira da morte, arrastado através de meia Europa, durante três meses. A criança morreu, depois de de dois dias, apesar de ter recebido os melhores cuidados, numa das melhores clínicas pediátricas da Alemanha. O médico teve que passar por cirurgia e duas enfermeiras foram para a UTI. Ninguém foi punido. A imprensa local é proibida de noticiar. Nós ficamos sabendo por e-mail.
    O que teria acontecido a um alemão, se ele tivesse esfaqueado um médico e duas enfermeiras? Ou se ele tivesse jogado sua própria urina, infectada por sífilis, no rosto da enfermeira e a ameaçado de contaminação? No mínimo, iria ser preso imediatamente e depois processado. Com esse povo, até agora, nada aconteceu.
    Então, pergunto: onde estão todos aqueles que saudaram sua vinda e os recepcionaram, nas estações ferroviárias? Sentados, bonitos em casa, curtindo suas organizações não lucrativas, aguardando ansiosamente os próximos trens e o próximo lote de dinheiro em pagamento dos seus préstimos como recepcionistas???!!!
    Se fosse por mim, eu arrebanharia todos esses recepcionistas e os traria primeiro aqui, para a ala de emergência do hospital, para agirem como atendentes, depois para um alojamento de migrantes, para que possam cuidar deles lá mesmo, sem policiais armados, sem cães policiais, que hoje podem ser encontrados em todos os hospitais da Baviera, e sem ajuda médica."
    Eis o teor do desabafo desta profissional, que nos pode dar uma ideia do que está sendo preparado, como futuro, através da multiculturação, que está sendo impingida aos povos do Velho Continente, principalmente à Alemanha.
    Uma coisa é a solidariedade, e outra é a ingenuidade..."

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  4. Deixem-me cá ver se eu atinjo a lógica: portanto, visto que a "rape culture" já existia na Alemanha (confesso que eu, neto de alemão, nunca de tal coisa ouvira falar, mas adiante, posso estar mal informado ou ter uma visão enviesada da pátria dos meus antepassados paternos, embora esteja longe de ser germanófilo), só podemos relativizar os acontecimentos da noite de fim de ano em Colónia e alhures. Daqui a pouco, estaremos a dizer que os magrebinos e árabes que terão perpetrado tais actos foram, afinal de contas, vítimas, eles próprios, da tal cultura alemã.

    Acho que tão mal andam aqueles que imediatamente saltam enfurecidos da poltrona, bradando contra imigrantes e refugiados, como aqueles cuja principal preocupação parece ser o branqueamento dos actos vis por estes últimos praticados. Como de costume, a ideologia tolhe-nos a racionalidade.

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  5. Outros elementos de reflexão sobre o tema:
    http://www.courrierinternational.com/depeche/la-police-suedoise-reconnait-avoir-cache-une-vague-dagressions-sexuelles.afp.com.20160111.doc.7000j.xml?utm_campaign=Echobox&utm_medium=Social&utm_source=Facebook

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