quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Não é separação; é confusão

Ontem, Donald Trump reuniu-se com representantes de algumas das maiores empresas de tecnologia americanas. Na reunião, comme il faut, estavam também os seus três filhos mais velhos. Acho que Trump não funciona sem os filhos, os negócios dele até ficaram mais rentáveis depois dos filhos crescerem. Imaginem: ele tem cinco, logo podemos ter mais cinco presidentes Trump.

Quem não estava na reunião dos techies era um representante do Twitter porque, diz o pessoal de Trump, não havia lugar na mesa -- será que chamaram gordo ao CEO do Twitter? Também há quem ache que a razão da ausência do Twitter foi ter-se recusado a deixar a campanha de Trump introduzir um emoji para a hashtag #crookedHillary.

Ivanka Trump vai mudar-se para Washington, D.C., com a família e especula-se que irá ocupar o gabinete da Casa Branca que normalmente é usado pela Primeira Dama. Depois da CNN noticiar que Ivanka "assumiria" funções de Primeira Dama, a equipa Trump negou; mas isto é o seu modus operandi, como se pode ver pelos nomes que estão a ser considerados para a administração: primeiro, deixam a notícia escapar, depois vêem a reacção à notícia e, se não gostarem, negam ou arranjam uma notícia nova.

Inicialmente, Ivanka ia tratar dos negócios da família, mas isto da separação dos assuntos familiares e presidenciais parece não estar mesmo no programa. A todos aqueles que se babaram com a ideia de Melania, que até é tão linda, elegante, etc., ser Primeira Dama, olhem, temos pena... Eu também tenho pena porque, se a Melania fosse Primeira Dama, reciclava-se os discursos da Michelle Obama e poupava-se o dinheiro de um "speech writer".

Acho que nem o recreio da minha escola primária era tão dado a confusões como estas Presidenciais.

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