terça-feira, 1 de outubro de 2024

Um mês e cinco dias

Amanhã vamos ter o debate entre o Tim Walz e o J.D. Vance e daqui 36 dias talvez já tenhamos uma ideia de como foi a eleição. Normalmente (e ouço na minha cabeça o Peter Mayle a dizer "normalment" no audiolivro "A Year in Provence"), estaríamos agora a debater propostas de políticas e a avaliar o mérito de cada candidato, mas este ano não há propostas, apenas "conceitos de um plano". A minha dúvida para o debate de amanhã é ver se Vance também vai dizer disparates à Trump ou se irá ser coerente.

Há dias, vi um vídeo no Instragram sobre Cincinnatti, no Ohio, cujo nome homenageia George Washington e Cincinattus, ambos considerados virtuosos por não se terem deixado corromper pelo poder. Vance ainda não tem poder, mas parece estar embriagado com a perspectiva de estar perto dele, já que apenas Trump o terá. Ou talvez o plano seja despachar Trump caso chegue a número dois. E essa perspectiva nem é de todo má, porque dificilmente ele seria pior do que Trump.

Mas não sou tão boa pessoa quanto pareço: há uma parte de mim que não se importaria de ver Trump ganhar e governar. Iria ser péssimo, mas talvez quem votasse nele aprendesse qualquer coisa. Claro que estou a ser muito optimista -- não aprenderam à primeira, dificilmente aprenderiam à segunda.