quarta-feira, 24 de abril de 2019

De regresso

Ora viva! Estou de regresso à minha terrinha, depois de duas semanas de férias, onde fui a Washington, DC (pela quarta vez), e dei um salto a Nova Iorque (a minha terceira visita). Gostei muito da viagem a NYC porque nunca tinha andado num autocarro numa viagem de longa-duração nos EUA, pois normalmente desloco-me de avião ou carro. São cerca de 362 Km (saí de Bethesda, MD, e fui até Manhattan); o regresso demorou 4 horas, na saída demorámos quase 5 porque apanhámos imenso trânsito, dado que saímos às 17:40 horas, que é a hora de ponta. O bilhete custou $37 para cada lado e quando entramos no autocarro oferecem-nos garrafas de água.

Em Washington, DC, fui efectivamente à National Gallery of Art--West Wing, onde vi a exposição do Tintoretto, como sugeriu o Rui Fonseca num comentário ao post anterior, mas a minha galeria preferida é a 3, onde estão as esculturas de Rodin e Degas. Apesar de não ser a minha primeira visita, fiquei tão emocionada que quase chorei. Para quem desconhece a NGA, são dois edifícios e a ala ocidental tem arte até 1900.

Na ala leste da NGA exibem arte a partir de 1900 e há dois sítios que me encantam: a galeria onde estão os movimentos franceses do pós-impressionismo: Nabis, Fauvismo, Expressionismo e as galerias no topo do edifício que têm Alexander Calder, Barnett Newman, e Mark Rothko. Escusado será dizer que quando cheguei à galeria de Rothko estava tão emocionada que chorei mesmo a sério. Cresci tanto a olhar para as peças dele quando vivia em Houston, que é como se estivesse à frente de um espelho ou talvez de uma máquina do tempo.

Em DC, para além da National Gallery of Art, fui à Phillips Collection, ao Hirshhorn Museum, à Renwick Gallery, às Freer/Sackler Galleries, à National Portrait Gallery, que fica no mesmo edifício que o American Art Museum, ao jardim de escultura da NGA, ao jardim de escultura do Hirshhorn, ao cemitério de Arlington, e ao Belmont-Paul Women's Equality National Monument. Passeei à beira do rio Potomac para apreciar as cerejeiras em flor e visitei o Washinton Monument, o Lincoln Monument, e o National World War II Memorial.

Fui ao edifício do United States Department of Agriculture para o lançamento do relatório WASDE (quando os relatórios saem, somos fechados numa ala do edifício que fica completamente isolada do exterior, i.e., janelas, ninguém tem telemóvel, e nem há ligação de Internet) e antes de lá ir estive a fazer tempo no Wharf, que foi recentemente desenvolvido. É um espaço encantador, com mercado de peixe, resturantes, cafés, esplanadas, marina, e lojas à beira-rio, decorado com muitos vasos cheios de flores magníficas, que tive a sorte de poder apreciar no seu auge.

Nesta viagem, também visitei Baltimore, MD, onde nunca tinha estado e onde fomos comer marisco. Tem um Conservatório/Jardim Botânico muito engraçado e a zona à beira-rio também é muito agradável. Baltimore foi uma cidade muito rica, mas perdeu importância e entrou em decadência. Na Virginia, fomos fazer o trilho do Difficult Run, que é um dos tributários do Potomac River, e visitei o Great Falls Park, que é uma das zonas com maior biodiversidade do mundo--as quedas do Potomac são impressionantes e há também uma componente histórica muito interessante.

Em Nova Iorque só estive dois dias, mas visitei Central Park, a 5th Avenue, o Metropolitan Museum of Art (a entrada custa $25, mas se conhecerem alguém que seja membro e tiverem a informação de membro da pessoa podem entrar sem pagar), o Museum of Modern Art, o Jewish Museum, a Neue Galerie ($22 bilhete normal), e a Morgan Library.

Se gostam de visitar museus e planeiam vir aos EUA, DC é capaz de ser preferível a Nova Iorque. Ambas têm colecções de arte fantásticas, mas em DC quase todos os museus são grátis; em NYC, alguns são grátis um dia por semana ou durante algumas horas. Também notei desta vez que estive em Nova Iorque que havia muito mais filas para entrar. DC é mais calma, apesar de alguns museus serem super-difíceis de se conseguir entrar. Eu queria ir ao African-American Museum, mas é preciso obter um passe e estavam esgotados (os passes são grátis).

1 comentário:

  1. Que guia turístico maravilhoso, Rita!
    Desculpa, mas tenho de te vou roubar o post.
    Agora és seguidora da Greta Thunberg? Fiquei a pensar que seis horas para ir de Bethesda a NY não é muito. De avião, provavelmente demoravas o mesmo, se contares o tempo porta a porta. Ou não?

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