terça-feira, 6 de agosto de 2019

Auto-contradição

Estava a ler um comentário ao post do Zé Carlos ao qual achei muita piada porque é muito frequente a auto-contradição em Portugal. ATAV acha a esquerda moralmente superior porque é tolerante, pois supostamente defende mulheres e minorias, ao mesmo tempo que escreve demonstrando ter uma repugnância -- ou será um ódio -- a quem considera de direita. O ensino da língua portuguesa é muito deficiente.

1 comentário:

  1. Ora então muito bem! Por onde começar? Primeiro o seu post é um enorme ataque “ad hominem” e utiliza a falácia do espantalho (atribui uma opinião a uma pessoa e ataca-a com base nisso). Outro nome para isto é desonestidade intelectual. Em lado nenhum escrevi que a esquerda é mais tolerante ou que odeio a direita (que vai desde o Marcelo, Sá Carneiro, Assunção Cristas e o Cavaco Silva até o Salazar, Mussolini e o Hitler).

    Para sua informação nunca votei no Bloco ou PCP nem pretendo vir a fazê-lo e nas últimas legislativas votei no PSD do Passos Coelho. Aliás já votei mais vezes no PSD/CDS do que no PS.
    Isto é tudo para dizer o quê? Que eu não tenho problemas com a direita no geral, mas há uma parte da direita que eu não gosto e acho repugnante. Aquela direita que para conseguir implementar políticas plutocratas, promove o racismo, a xenofobia e incentiva terroristas. E quais são os resultados deste tipo de políticas? Não está em Houston? Vá a El Paso ver com os seus próprios olhos…
    E bem pode ter a certeza que me considero “moralmente superior” às pessoas que incentivaram aquilo!

    Vejo igualmente que não me refuta quando digo que o José Carlos Alexandre efectivamente defende que:
    1º A culpa da ascensão da extrema-direita é da esquerda identitária.
    Aparentemente a alt-right e aqueles da direita moderada que lhes deram cobertura (Boris Johnson, Manfred Weber, uma parte significativa do partido republicano, etc..) são todos uns inimputáveis!

    2º Podemos promover políticas que retirem poder negocial e rendimentos aos trabalhadores para ajudar uma minoria qualquer.
    Não é preciso muito para ver que isto vai fazer com que os trabalhadores se virem contra essa minoria. Em França a Le Pen ganhou imensos votos da classe trabalhadora que estavam na extrema-esquerda à pala deste tipo de discurso.

    O José Carlos Alexandre disse nesse post que a esquerda anda a brincar com o fogo. Vou pegar nisso e expandir a analogia: se as políticas identitárias da esquerda são como uma criança a brincar com fósforos, as políticas identitárias da direita são um maníaco com um lança-chamas. O José Carlos Alexandre viu o maníaco e acha que foi a criança que lhe deu o lança-chamas para mão. Eu acho que maníaco foi buscar o lança-chamas porque os guardas do paiol abriram a porta de boa vontade. E a Rita?

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