sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Tempos interessantes


No dia 13 de Julho de 1932, ante uma plateia de universitários de Paris, disse Paul Valéry:

“Viveis tempos interessantes. (…) Os tempos interessantes são sempre tempos enigmáticos que não prometem descanso, nem prosperidade, continuidade nem segurança. (…) Nunca a humanidade juntou tanto poder e tanta desordem, tanta apreensão e tantas diversões, tanto conhecimento e tanta incerteza.”

Oitenta anos depois, as palavras de Valéry tornaram-se ainda mais lúcidas.

8 comentários:

  1. pois, normalmente uns anos depois isso costuma dar barraca

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  2. Será? Hoje estamos sem dúvidas mais descansados (trabalhamos menos horas), mais prósperos (temos mais bens e serviços para consumir) e mais seguros (todos os indicadores de violência estão em níveis mais baixos do que em 1932).

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    1. Palpita-me que o mesmo poderia ser dito em 1932 a respeito de 1852.

      OK, em 32 tinham-se passado 14 anos sobre o fim da guerra talvez mais sangrenta que a Europa tinha conhecido, mas 1852 também não estava tão longe como tudo isso das guerras napoleónicas

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  3. Caro PR
    Tudo o que diz é verdade, estamos de facto mais ricos, trabalhamos menos horas e estamos mais seguros, no sentido em que não há nenhuma grande guerra no horizonte. Mas vivemos tempos de mudança e incerteza - e as coisas mudam a uma velocidade cada vez maior- e, por isso, de insegurança. O conhecimento entretanto aumentou exponencialmente mas não dimunuíram os riscos e a incerteza em relação ao futuro, bem pelo contrário.

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  4. é delírio pazinhos

    This
    requires a big push of basic investments between now and 2015 in public administration,
    human capital (nutrition, health, education), and key infrastructure (roads, electricity, ports,
    water and sanitation, accessible land for affordable housing, environmental management).”
    (UN Millennium Project, 2005, 19)
    Change the dates, and this passage could have been right out of the big push literature of the
    1940s and 1950s. After 60 years of failure for this social engineering approach to development
    assistance, what is one to do? Recommend rereading Hirschman? Here I will take the different
    approach of going back to the basics of the assistance or helping relationship. Over the ages, many
    social thinkers, educators, and philosophers have wrestled with the fundamental conundrum of
    helping self-help. Most external “help” actually overrides or undercuts the budding capacity for
    self-help and thus ends up being unhelpful. The big push schemes of the major development
    assistance agencies are for these reasons “unhelpful” on a grand scale.—…—
    não seja retro boss se quer ler palermices economicas sem aplicação num mundo finito leia Ellerman né...
    21 de Dezembro de 2012 at 22:29

    nã sey se bossês choux de xelles leêm anglais but i can put in kraut s’il te plait ó gran chou des chouans de xelles

    en simplex é um problem FOR Superman Dr. Maiju Johanna Perälä
    Department of Economics
    The University of the West Indies, Mona
    Prepared for the presentation at
    Association of Caribbean Economists’ conference on ”Economic Growth and Transformation—Reassessing Challenges and Prospects at the Datwn of the 21st Century…este ao menos põe xxIº nisso né…

    é que boss tamos no apocalipse newtoniano do XXIº

    sai a sorte grande en 2060 newton is the newtowniano tipique…

    en retard en retarde mas non retardé…

    alles klar der kommissar?

    do filme der hunter…a musik é chata mas…é como as receitas económicas com uns caldas de carne avec mercuriales alles marcha

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  5. E esta é que eu não sabia: http://bandalargablogue.blogspot.pt/2012/12/alemanha-emitiu-euros-como-falsa-moeda.html

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  6. "... O conhecimento entretanto aumentou exponencialmente mas não dimunuíram os riscos e a incerteza em relação ao futuro, bem pelo contrário."

    É, e será sempre, inevitavelmente assim.
    O futuro é, por inerência, incerteza. Incerteza e futuro, não sendo a mesma coisa, andam de mãos dadas. Mesmo quando a incerteza, o futuro, se reporta a uma descoberta do passado. Aliás, todo o conhecimento científico, é sempre uma
    revelação ou aplicação de uma realidade que existiu sempre.

    Essa revelação descreve uma sinusoidal crescente de desenvolvimento humano que só terminará se a humanidade, por aplicação do conhecimento, se auto destruir.

    A citação de autores passados maravilha-nos pela pontaria certeira com que descrevem a fase do ciclo que vivenciaram levando-nos a pensar que anteciparam o futuro ou, dito de outro modo, congelaram o presente. Mas não é verdade. O homem tem uma capacidade enorme para mudar o mundo mas uma incapacidade não menos enorme para se mudar a ele próprio. É desse desfasamento de velocidades que resulta a aparente repetição da história.

    Penso eu, que não tenho a certeza de nada.

    BOAS FESTAS!
    BOM ANO!

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  7. Rui Fonseca
    Gostei como sempre de ler os seus comentários. No que ao futuro diz respeito, também não tenho a certeza de nada.
    BOAS FESTAS E BOM ANO.

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