segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O peculiar ano de 2013

O Público pediu-me para fazer um balanço do ano em 5000 caracteres, para ser inserido no seu dossier 1973-1993-2013. Sem quaisquer falsas modéstias, reconheço que o meu texto não está à altura das reportagens que o Público tem vindo a publicar sobre o tema. De qualquer forma, bom ou mau, o meu balanço pode ser lido aqui

4 comentários:

  1. Diz que "Não é claro se o TC salvou o Governo das suas próprias políticas, ou se, pelo contrário, salvou a oposição do seu discurso". Ha algum argumento economico plausivel para defender a ideia de que a decisao do TC esta na base da recuperacao?
    A decisao do TC e de 5 de Abril, mas o pagamento do subsidio reposto so aconteceu em Novembro, enquanto que a recuperacao se iniciou no 2o trimestre e continuou no 3o. Como a decisao nao aumentou a liquidez de ninguem que desejasse mas nao pudesse aumentar a sua despesa, qualquer efeito teria de operar atraves de uma expectativa de maior rendimento futuro. Mas o governo anunciou imediatamente a seguir a decisao do TC que as medidas chumbadas seriam repostas por outras de igual valor, e os objectivos para o defice foram mantidos (alias nao foram alterados ate hoje). Ou seja, para que a decisao do TC esteja na base da recuperacao parece-me que e preciso que as pessoas tenham tido a sofisticacao de incorporar nas suas decisoes no 2o e 3o trimestres uma expectativa de aumento de rendimentos em Novembro, mas que ao mesmo tempo tenham ignorado o anuncio do governo de medidas substitutivas e de manutencao do montante de austeridade. Parece-me um argumento pouco plausivel. Ha outro melhor?

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    1. "Ha algum argumento economico plausivel para defender a ideia de que a decisao do TC esta na base da recuperacao?"

      Há, claro. Aliás é essa a minha opinião, apenas quis deixar ambas as opções em aberto por uma questão de honestidade intelectual, dado que a resposta definitiva (?) a essa pergunta terá de esperar uns anos. De qualquer forma, o argumento plausível fica para o próximo ano. Para este ano, já não há paciência.

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    2. Entao esse argumento? Fiquei curioso. Ja agora, um bom ano cheio de paciencia.

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    3. Espere sentado e cheio de paciência também. Quanto tiver tempo, paciência e me apetecer escreverei sobre ele.
      De qualquer forma o argumento é tão óbvio que só não o percebe quem não quer e, aliás, basta ler o seu primeiro comentário para ver que o percebe perfeitamente.
      Abraço e bom ano também.

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