segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Uma grande vitória

O PS está contente com a vitória nas eleições autárquicas; o PSD está triste, a CDU também. Dado que o PS governa com uma Geringonça que depende da boa vontade da CDU, não convém estar muito contente. 


A governação do PS não é assim tão diferente da governação do PSD: os impostos aumentam, a despesa é contida, o modo como é implementada são detalhes. Ou seja, não há razão nenhuma para a CDU não dar uma facadinha no PS. 


Se é para perder poder político, como está a acontecer depois da implementação da Geringonça, então mais vale a CDU causar estragos pelo caminho e retirar o apoio ao PS. Até nem seria uma opção desinteressante que nas próximas legislativas a CDU formasse uma Geringonça Alternativa com o PSD e o CDS. 


A Democracia fica mais rica com opções; a falta destas leva a ditaduras. 

14 comentários:

  1. Agora há que trabalhar muito para a maioria Absoluta. Se não der não faz mal porque temos a doutora Cristas, a prometer ao eleitorado que vai trabalhar em dobro para retribuir toda a confiança nela depositada. Todos conhecemos o histórico do CDS portanto o futuro será coligação com Cristas e quem sabe quem mais quiser se juntar à festa da Democracia :)

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  2. O Passos, não tomou medidas nos primeiros meses do mandato porque afinal não conhecia a realidade do país ao contrário do que andou a dizer antes das eleições " se há pessoa que conhece a realidade do país sou eu".... Era mentira! Foi por isso que ele nada fez nos primeiros meses do mandato e não por causa dessa coisa dos comentaristas dizerem que foi por causa do entendimento com Portas.... Passos não conhecia porcaria de realidade nenhuma do país ao contrário da mentira que dizia e que o fez ganhar as eleições !!!! Outra mentira é os comentadores dizerem que os portugueses são uns ingratos com Passos Coelho, porque não conheciam a realidade do País.... Eu diria que os tugas conheciam a realidade de 2011 contada pelo Passos Coelho e acreditaram na sua versão e acreditaram sempre no Passos, até ao fim do mandato pois de outra forma teria havido uma revolta generalizada após tantos cortes salariais, impostos colossais, falências, despedimentos, agravamento do Estado Social.... Se assim não fosse tinham votado nele de novo? O problema do passos é outro, é aquele dos tugas terem aberto os olhos e já não acreditam no seu modelo de crescimento para o país.... aquele que o privado e o público não podem existir na mesma moeda e de ter de haver cortes nos funcionários públicos, impostos colossais, redução de dívida a todo o custo que depois acaba por crescer e por aí fora..... Até na equidade que ele tanto pregava falhou..... basta ver as assimetrias na economia e desigualdades, Estado Social para perceber isso.... Os tugas preferem até pagar mais impostos em coisas como açucar, alcool e drogas do que terem de novo aquelas reformas desiguais que o Passos, andou a promover provocando um clima de medo nas pessoas. A economia são as pessoas e as empresas e não essa coisa da dívida e da Merkel... Passos exagerou.... esticou a corda até não poder mais porque não tinha noção até que ponto os tugas podiam acreditar cegamente nele e na ideologia que prometia às pessoas " não existe alternativa blalalal".... Abusou da sorte e agora não tem grandes soluções.... Ou vem o diabo e há um ataque terrorista e os estrangeiras deixam de passar férias em Portugal.... Ou então deve começar a promover uma estrategia junto da CDU de forma a romper a corda com a coligação de uma forma mais depressa e quase de certeza que o PCP e os sindicatos vão começar a ladrar mais alto no futuro mais próximo e o Passos, se for inteligente devia começar a pensar na forma como roer a corda e ainda para mais em 2019 o orçamento dificilmente vai passar.... Passos, deve deixar o discurso enrolado e bonito e passar a ser um pitbull agressivo coisa que é pouco provável acontecer... Ou então deve ir embora e arranjar uma nova cara de forma a construir a confiança de junto do eleitorado. Começar de novo.... Mesmo sem Passos, não vejo ninguém com esse perfil necessário...

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    1. Escreve o HD que " O problema do Passos é outro, é ele pensar que forçoso(...) ter de haver cortes nos funcionários públicos", esquecendo que foi o Sócrates quem fez cortes nos rendimentos funcionalismo do Estado, como se pode ver no DN de 30 de Setembro de 2010 (2010!!!), onde ele justificou o corte nos salários com a necessidade de fortalecer a “imagem internacional” da nossa República, argumentando que fazer isso “é indispensável, porque estamos a ser penalizados por sermos o único País que ainda não baixou salários na função pública”, acrescentando que (…) “as medidas atingem ainda o Estado social” e que, além do já anunciado corte de despesas no Serviço Nacional de Saúde (que incluem reduções das comparticipações dos medicamentos), o Governo vai cortar ainda em cerca de 20% as despesas com o rendimento social de inserção. No total, o Governo espera reduzir a despesa em 1,7 mil milhões de euros no próximo ano ( …) Além da despesa, o Governo lançou várias medidas para aumentar a receita, nas quais se destacam as da área fiscal: o estabelecimento de um tecto para as deduções fiscais no IRS, o aumento do IVA para 23% e a aplicação do Código Contributivo, que aliás já estava previsto no PEC.”
      Há quem tenha a memória curta e não se aperceba disso…

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    2. Eu também tenho memória. Com as eleições marcadas, Bruxelas e Frankfurt exigiram ao Passos, que assinasse o memorando e assim ficou condicionado todo o programa eleitoral do PSD... Quando chegou ao poder o victor Gaspar, viu que as contas do memorando não batiam certo e só cortando o 13º mês dos funcionários públicos e pensionistas seria possível cumprir metas... Preferiu encolher o Estado do que aumentar impostos. O país tremia e o Ulrich dava o mote perfeito que protegia o Governo " ai aguenta aguenta"... Até ao dia, em 2012, o Tribunal Constitucional chumbou as medidas e obrigou o Passos, a reagir a tempo da quinta avaliação da troika. Apareceu a TSU, sugerida pela Maria Luís Albuquerque a Victor Gaspar num avião, dita a Paulo Portas, que voltou ao país em reflexão... Paulo Portas era um problema necessário e a cada dificuldade do Governo repetia uma frase " A politica é a arte do possível" e como Portas, não era liberal nem revolucionário, sem CDS não havia medidas e sem medidas não havia tranches da troika... 1 milhão de pessoas foram para as ruas dizer não e a única saída foi o enorme aumento de impostos... outra vez as famílias e o sector privado a pagar a factura. Meio ano depois (2013) está o Portas, outra vez a colocar linhas vermelhas e o gaspar obrigado a ceder e a demitir-se de seguida... Portas, quis forçar Passos a uma mudança que não chegou e demitiu-se logo depois e o Governo ficou em perigo e o segundo resgate estava à porta, poucos meses depois de Portugal voltar a emitir dívida, vendo luz ao fundo do túnel....

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    3. Nesta altura o Passos, já era um líder diferente com popularidade ao nível do HOLLANDE, e tinha se afastado dos conselheiros dos tempos da candidatura à liderança...... Até Relvas saíu. A crise do Governo deu a Passos, o pretexto e a sua frieza permitiu-lhe dar um golpe que permitiu virar o jogo... Convocou os jornalistas e disse que não aceitava a demissão do Portas, do Governo. Cavaco empurrou e o CDS fez o resto, tornando em reversível o que não era. Já não havia tempo para colocar em pé o projecto liberal mas havia tempo de ir às legislativas de cabeça levantada. A coligação tirou o país do resgate e fez um plano para levantar a austeridade ( devagar em 4 anos). Fez o último orçamento com uma simbólica redução de IRS para as famílias com filhos, subiu salário mínimo, e começou a devolver salários e pensões que haviam sido cortados nos primeiros anos.
      Pelo caminho tinham ficado pequenas vitórias do seu projecto liberal: algumas privatizações, redução tamanho do Estado ( mais em funcionários do que nas funções), flexibilização das leis laborais, maior autoridade para reguladores, revisão de apoios sociais, alguma abertura para a economia ( nos estatutos das ordens profissionais, novas regras dos fundos comunitários). E o não ao Salgado, considerava o BES/GES como poder paralelo que asfixia a Economia. No projecto liberal houve mais derrotas do que vitórias, as leis laborais ficaram longe do ideal, o plafonamento da segurança social não se fazia sem dinheiro, redução de impostos só se fez no último ano ( apenas para empresas), o SNS acabou num foco de ataque politico e teve que ser protegido no limite do que permitia o dinheiro. A TSU nunca baixou, a RTP e CGD ficaram no Estado. A redução do Estado a funções essencias acabou numa ilusão, com confissão do último orçamento, de que seria impossível uma redução de despesa sem o acordo do PS.
      MESMO assim Passos, foi a eleições e ganhou? Costa, não aceitou o convite para ser vice primeiro ministro e vendeu a alma ao Diabo montando a gerigonça....
      Costa reverteu algumas bandeiras programáticas do Passos, na área laboral, nas cedências aos sindicatos, nas politicas de educação. Passos nunca perdoaria o truque pós eleitoral... os poucos conselheiros do Passos, passaram a ser ainda menos...Começou a ficar isolado.. Não ouviu carlos moedas, Balsemão, Marques Mendes, Governador do Banco de Portugal, ( estes tinham ouvido Dragui a defender uma CGD pública e assim Passos, Começou a prever diabos/crises... afastou a Cristas, disse que não a apoiaria em Lisboa.... Esperou por Santana Lopes, que o deixou em espera e depois negou.... Diabo não chegou e a Caixa recapitalizou-se... Nas suas últimas palavras prometeu não andar por aí a rondar: " Uma sociedade civil autonoma, socialmente responsável, uma sociedade com sentido de exigência e de rigor e disciplina". O Projecto liberal para Passos, não acabou -interrompeu-se: " se estas ideias básicas foram as ideias que lutei muito, não deixarei de lutar por elas. O facto de não me recandidatar, não significa que me vá calar para sempre". Por agora , o PSD seguirá noutra direcção.

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  3. Diz a Sra. Rita "a governação do PS não é assim tão diferente da governação do PSD ... os impostos aumentam ...". Pois é quando a realidade não serve a narrativa, reescreve-se a realidade se necessario com algumas "fake news" pelo meio!
    A geringonça alternativa? nada de novo, foi a coligação que levou Passos Coelho ao poder em 2011.

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  4. Reconheço que o HB tem boa memória. Um bocado selectiva, mas boa. Espero que continue atento e que nunca se arrependa das apostas que fez.

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    1. A memória do HB é como a nossa: chama-se Google. Até duvido que ele tenha escrito tudo o que publicou aqui; normalmente, usa coisas escritas por outras pessoas, que passa como suas. Eu e ele já tivemos a discussão da ética disto em outras paragens.

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    2. Não tivemos discussão em outras paragens porque nem amigos do Facebook somos. Pode deixar o seu endereço se quiser. Está tudo no jornal público para que possa consultar a verdade sobre Passos Coelho. Diga ao Tiro ao Alvo que não respondo a anónimos. Obrigado

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    3. Como se HB não fosse tão anónimo quanto Tiro ao Alvo...

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    4. Será que se terá perdido este meu comentário:
      HB saiba que também sou leitor assíduo do Público, mas também leio outros jornais e penso pela minha cabeça.
      HB é identificação perfeita, TA também, Tiro ao Alvo não, é alguém a escrever sob anonimato. Estou esclarecido.
      Passe bem.

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    5. "Será que se terá perdido este meu comentário:"

      Estava perdido, sim. Já o apanhei. Peço desculpa.

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    6. Luís, a publicação do meu comentário já serviria de pedido de desculpa.

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  5. HB saiba que também sou leitor assíduo do Públicos, mas também leio outros jornais e penso pela minha cabeça.
    HB é identificação perfeita, TA também, Tiro ao Alvo não, é alguém a escrever sob anonimato. Estou esclarecido.
    Passe bem.

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