Domingo, de manhã:
Depois de uma semana miserável de chuva intensa e um céu cinzento, eis que este fim-de-semana, o sol deu um ar da sua graça e podemos apreciar o verde das folhas recém-aparecidas nas árvores. Hoje vou à caça de mais verde, mas estas árvores são as das traseiras da minha casa, quando se olha para o céu, à saída do quarto principal (como é que se diz master bedroom em português?)
Um blogue de tip@s que percebem montes de Economia, Estatística, História, Filosofia, Cinema, Roupa Interior Feminina, Literatura, Laser Alexandrite, Religião, Pontes, Educação, Direito e Constituições. Numa palavra, holísticos.
segunda-feira, 30 de abril de 2018
sábado, 28 de abril de 2018
Desconforto
Ando um bocado chateada com a imobiliária da qual arrendo a casa. Pedi para que me limpassem o jardim antes de eu me mudar e não o fizeram, pedi outra vez depois de me mudar e nada. As folhas do outono já estão a apodrecer e aquilo parece-me uma grande confusão. Na cozinha, as tomadas não funcionavam. Mandaram um rapaz da manutenção muito simpático que não conseguiu arranjar e disse que tinham de chamar um electricista-mestre. Veio o mestre, arranjou a cozinha e agora não funciona a tomada da máquina de lavar roupa, que funcionava perfeitamente antes.
segunda-feira, 23 de abril de 2018
Um vaidoce não dava tanta comichão
Sinto-me dividida. Por um lado, gostaria de ver Portugal a ser melhor mais bem gerido e a crescer, por outro lado penso que, se calhar, por ser assim, lá se vai aguentando há mais de 900 anos. De uma forma ou outra, arranja-se maneira de continuar na mesma como a lesma: pessoas incompetentes no governo.
Isto a propósito de todo o circo em redor de José Sócrates-- ele é sociopata, não é? Já penso isso dele há muito tempo, antes de ele admitir ser vaidoso e só ser essa a razão que se dedicou à política. Será que isso é apenas a opinião dele? Deus nos livre de haver alguém que ache que quer fazer algo pelo país, uma pessoa de boa índole, que goste de Portugal e dos portugueses: um "vaidoce", em vez de um vaidoso.
Depois pensei que ao menos com o PSD o Miguel Relvas não vai voltar a ser ministro, mas reconsiderei. Se há sítio onde um fulano como o Relvas ia a ministro outra vez seria em Portugal. Ele ainda anda por aí, como se fosse uma pessoa respeitável, com quem os outros têm orgulho de se associar.
Bem, mas quando a esmola é muita, o santo desconfia e eu ando para aqui desconfiada de toda esta imprensa em torno de Sócrates quase sete anos depois de ele sair do Governo. Porquê agora? É altura da comichão dos sete anos (seven year itch) ou é ele a ser vaidoso porque má imprensa é sempre melhor do que nenhuma imprensa...
Isto a propósito de todo o circo em redor de José Sócrates-- ele é sociopata, não é? Já penso isso dele há muito tempo, antes de ele admitir ser vaidoso e só ser essa a razão que se dedicou à política. Será que isso é apenas a opinião dele? Deus nos livre de haver alguém que ache que quer fazer algo pelo país, uma pessoa de boa índole, que goste de Portugal e dos portugueses: um "vaidoce", em vez de um vaidoso.
Depois pensei que ao menos com o PSD o Miguel Relvas não vai voltar a ser ministro, mas reconsiderei. Se há sítio onde um fulano como o Relvas ia a ministro outra vez seria em Portugal. Ele ainda anda por aí, como se fosse uma pessoa respeitável, com quem os outros têm orgulho de se associar.
Bem, mas quando a esmola é muita, o santo desconfia e eu ando para aqui desconfiada de toda esta imprensa em torno de Sócrates quase sete anos depois de ele sair do Governo. Porquê agora? É altura da comichão dos sete anos (seven year itch) ou é ele a ser vaidoso porque má imprensa é sempre melhor do que nenhuma imprensa...
quarta-feira, 18 de abril de 2018
Frases famosas 84
Ricardo Coração de Leão voltou das cruzadas para um reino arruinado pela sua teimosia em pelear nelas.
domingo, 15 de abril de 2018
Notícias
Acabei de levar um raspanete da minha vizinha em Houston por não ter escrito durante mais de uma semana. Quer dizer, eu comecei a escrever na Sexta-feira passada, mas não cheguei a terminar e, consequentemente, a enviar o email. Ontem decidi mesmo deixar de procrastinar e fui comprar um computador novo para poder escrever mais facilmente, mas ainda tenho de ligar a Internet lá em casa.
Quando eu era miúda achava que era tão glamoroso mudar de casa porque nos filmes americanos era tão comum haver sempre alguém que tinha acabado de mudar. Mas agora, depois de ter mudado de casa mais de 10 vezes desde que vim para os EUA, as mudanças já não parecem tão interessantes. Não há como evitar o nojo que sinto ao ver quantas coisas acumulei e, no fim, reverto sempre ao mesmo pensamento: tens isto porquê?
Não consegui re-encaminhar o correio da morada antiga, a primeira vez que tal me aconteceu. Desta vez, os correios enviaram uma carta para a morada nova com um código para meter online, só que eu não tinha feito a inscrição na página dos correios quando mandei parar o correio e, quando fiz a inscrição para meter o código, usei a morada nova e disseram-me que o código não era compatível com a minha informação. O progresso é uma coisa fantástica, tão fantástica que agora funciona pior do que antes. Vou ter de resolver esta confusão pelo telefone e não me apetece nada falar com ninguém ao telefone.
Ainda não liguei o meu plano de poupança reforma no emprego novo porque também envolve um telefonema, nem mudei a morada nos bancos, nem nos seguros, nem escolhi médico, nem dentista, não registei o carro, não me registei para votar... Ainda estou na fase em que me apetece hibernar durante uns meses e só entrar na civilização quando me apetecer, mas o mundo não quer esperar por mim.
Quando eu era miúda achava que era tão glamoroso mudar de casa porque nos filmes americanos era tão comum haver sempre alguém que tinha acabado de mudar. Mas agora, depois de ter mudado de casa mais de 10 vezes desde que vim para os EUA, as mudanças já não parecem tão interessantes. Não há como evitar o nojo que sinto ao ver quantas coisas acumulei e, no fim, reverto sempre ao mesmo pensamento: tens isto porquê?
Não consegui re-encaminhar o correio da morada antiga, a primeira vez que tal me aconteceu. Desta vez, os correios enviaram uma carta para a morada nova com um código para meter online, só que eu não tinha feito a inscrição na página dos correios quando mandei parar o correio e, quando fiz a inscrição para meter o código, usei a morada nova e disseram-me que o código não era compatível com a minha informação. O progresso é uma coisa fantástica, tão fantástica que agora funciona pior do que antes. Vou ter de resolver esta confusão pelo telefone e não me apetece nada falar com ninguém ao telefone.
Ainda não liguei o meu plano de poupança reforma no emprego novo porque também envolve um telefonema, nem mudei a morada nos bancos, nem nos seguros, nem escolhi médico, nem dentista, não registei o carro, não me registei para votar... Ainda estou na fase em que me apetece hibernar durante uns meses e só entrar na civilização quando me apetecer, mas o mundo não quer esperar por mim.
terça-feira, 10 de abril de 2018
Podíamos partilhar um giro
Ainda não liguei a Internet na casa nova, nem desliguei na casa de Houston, logo escrevo-vos do Starbucks. Bem sei que é um desperdício de dinheiro, mas ter de telefonar à AT&T e ter de aturar aquele pessoal também não me traz grande ganho, nem me poupa dinheiro. Este acesso condicionado leva-me a escrever posts na minha cabeça que nunca publico. E são bastante giros, mas somem-se no éter...
quinta-feira, 5 de abril de 2018
O primeiro (e provavelmente último) Quizz da Destreza!!!
É com muito prazer e preguiça que mais uma vez demonstro o porquê de ser o membro mais novo (e menos activo) deste blog, desta vez com uma iniciativa plena de originalidade, informação e, acima de tudoo resto, estupidez!
Senhores e senhoras, meninos e meninas, comunas e fascistas, o primeiro (e talvez último):
QUIZZ DA DESTREZA
O jogo é simples e funciona da seguinte forma: Vão ser apresentadas quatro citações, para as quais o leitor tem que escolher uma de duas opções relativas à sua autoria. Se acertar todas (ou se pelo menos tiver pachorra para chegar ao fim deste post - hey, fazer scroll down não vale!), terá acesso a uma conclusão sobre o futuro governativo do nosso estimado país à beira mar plantado de fazer inveja ao professor Karamba e capaz de rivalizar em grau de fiabilidade com as projecções dos resultados das eleições americanas de 2016 ou o mais recent post no facebook da Maya! Aqui vamos:
Declaração Número Um:
"Por razões profissionais, por compromissos que assumi, não tenho disponibilidade para o que essas funções exigem."
Opção A): Durão Barroso, aquando do convite para se tornar o presidente da Comissão Europeia em 2014.
Opção B): Fernando Alexandre, em entrevista ao Observador em 2018, sobre a possibilidade de fazer parte do grupo de “porta-vozes” ou “coordenadores” temáticos de Rui Rio.
Declaração Número Dois:
"E em Portugal valoriza-se pouco o conhecimento. Valoriza-se os títulos, sejam reais ou inventados."
Opção A): José Socrates, em 2007, quando questionado sobre a validade da sua licenciatura.
Opção B): Resposta de um professor associado da Universidade do Minho a um entrevistador do Observador em 2018.
Declaração Número Três
"Acho errado que se diga que não há aumentos dos salários dos funcionários públicos. É preciso explicar isso."
Opção A): Pedro Passos Coelho, em 2013, quando questionado sobre a continuidade das medidas de austeridade.
Opção B): Um dos co-autores da Destreza, ao ser entrevistado pelo Observador este ano.
Declaração Número Quatro
"Na Função Pública (...) os funcionários têm de ter aumentos se a economia crescer"
Opção A): António Costa, aquando do anúncio do aumento dos salários da função pública no início de 2018 no seguimento da trajectória positiva da economia portuguesa.
Opção B): O meu professor de macro do segundo ano da licenciatura, numa entrevista ao Observador no outro dia, que só tive tempo para ler hoje.
Se escolheu a opção A) em todas as declarações, lamento informa-lo que sofre de uma patologia grave de nome técnico "viver no mundo da lua". Se respondeu B) a todas elas, no entanto, deve neste momento finalmente perceber porque é que a atitude financeira mais sensata a tomar neste momento é apostar todas as suas poupanças em como o Fernando Alexandre nunca mais na vida põe os pés no governo. You heard it here first folks. De nada!
50 anos
Escrevo-vos de Memphis, TN, e penso que tive muita sorte em poder estar aqui e sentir toda esta energia que paira sobre a cidade. Celebra-se hoje, 4 de Abril de 2018, os 50 anos do assassinato do Reverendo Martin Luther King, Jr., alvejado na varanda do Motel Lorraine, em Memphis, TN. Na comunicação social, o aniversário desta tragédia domina as notícias e os discursos que marcam a data exultam o povo para que seja mais participativo e, especialmente, que vote nas eleições deste ano.
Depois da mobilização dos jovens, com o tiroteio na escola da Florida, os adultos incentivam a juventude a fazer-se ouvir -- os adultos falharam, está na altura deles, os mais jovens, nos mostrarem o caminho, e os pais levam os filhos a marchas e manifestações para que aprendam que a sua voz é o mecanismo que constrói a sociedade. As palavras de MLK no seu último discurso, proferido a 3 de Abril de 1968, e que é conhecido por "I've been to the mountaintop", recebe hoje uma atenção redobrada:
Podem ler o discurso na sua íntegra na Internet; é considerado um discurso profético, no qual o Reverendo King falou da sua mortalidade:
Mas deixo-vos com a minha parte preferida do discurso:
Depois da mobilização dos jovens, com o tiroteio na escola da Florida, os adultos incentivam a juventude a fazer-se ouvir -- os adultos falharam, está na altura deles, os mais jovens, nos mostrarem o caminho, e os pais levam os filhos a marchas e manifestações para que aprendam que a sua voz é o mecanismo que constrói a sociedade. As palavras de MLK no seu último discurso, proferido a 3 de Abril de 1968, e que é conhecido por "I've been to the mountaintop", recebe hoje uma atenção redobrada:
Podem ler o discurso na sua íntegra na Internet; é considerado um discurso profético, no qual o Reverendo King falou da sua mortalidade:
"Well, I don't know what will happen now. We've got some difficult days ahead. But it really doesn't matter with me now, because I've been to the mountaintop.
And I don't mind.
Like anybody, I would like to live a long life. Longevity has its place. But I'm not concerned about that now. I just want to do God's will. And He's allowed me to go up to the mountain. And I've looked over. And I've seen the Promised Land. I may not get there with you. But I want you to know tonight, that we, as a people, will get to the promised land!
And so I'm happy, tonight.
I'm not worried about anything.
I'm not fearing any man!
Mine eyes have seen the glory of the coming of the Lord!!!"
Mas deixo-vos com a minha parte preferida do discurso:
"Let us rise up tonight with a greater readiness. Let us stand with a greater determination. And let us move on in these powerful days, these days of challenge to make America what it ought to be. We have an opportunity to make America a better nation. And I want to thank God, once more, for allowing me to be here with you."
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