Mas a adopção da máscara agora indica que há qualquer coisa a mudar, apesar de ser por ordem do condado. Antes também houve alturas em que era obrigatório e pouco caso faziam. Parece que aos poucos as coisas entram nos eixos.
Um blogue de tip@s que percebem montes de Economia, Estatística, História, Filosofia, Cinema, Roupa Interior Feminina, Literatura, Laser Alexandrite, Religião, Pontes, Educação, Direito e Constituições. Numa palavra, holísticos.
quinta-feira, 30 de setembro de 2021
Finalmente diferente
quarta-feira, 29 de setembro de 2021
Concordámos em discordar à vezes
Instead, as the Duke scientist Gavin Yamey told The Lancet, “rich countries behaved worse than anyone’s worst nightmare.” They bypassed Covax — either completely or by slow-walking their financial contributions — cut multiple deals directly with vaccine manufacturers and bought up many more shots than they would need, long before any had been authorized for use. As a result, not only did Covax never amass the purchasing power at the heart of its plan, but also by the time the initiative secured enough funds to start buying shots, it was at the end of a long queue.
De nada valeram estes argumentos para persuadir a minha amiga, dado que nos EUA não há falta de vacinas, foi a lógica dela. Ela ainda disse que era a favor de se partilhar a receita das vacinas para que os países pobres as pudessem fabricar. Só que os países pobres não só não têm as fábricas, como não têm a mão-de-obra porque uma das coisas que os países ricos fazem bem é captar a mão-de-obra qualificada dos pobres. Foi nessa altura que ela avançou o argumento dos contribuintes americanos pagarem impostos logo têm direito a que o governo lhes forneça vacinas.
Discordo na teoria, mas não subscrevo na prática, dado que na minha vida pessoal não sou apologética da pobreza franciscana, e muito menos vivo assim. Como dizia a minha amiga, sou contribuinte pagante e não pago assim tão pouco, mesmo assim, a não ser que me digam que as doses que já tomei não oferecem protecção nenhuma, irei evitar tomar a terceira dose.
O sabor amargo da terceira dose, que o Biden já foi tomar -- conflito de interesse! -- não me sai da boca porque isto de salvar os ricos e deixar morrer os pobres é digno do século XIX, não do XXI, e é mais um pontinho que marco contra o Biden. Até o Bush se preocupou em ajudar os países de África a combater o vírus do SIDA, logo como é que o Biden tem desculpa para agir assim?
terça-feira, 28 de setembro de 2021
Preparem-se agora
Desde a Administração Obama, mais precisamente em Maio de 2011, que os EUA se tornaram exportadores líquidos de gás natural por causa do "fracking" (usando água), uma tecnologia que remonta a 1947 e que começou a ser mais estudada durante a Admininstração Bush I, mas que só com o Obama atingiu o seu potencial. Se calhar, até se recordam de ocasiões esporádicas em que houve preços negativos de gás natural, quando havia excesso de oferta, sem que houvesse como transportar tanto produto. Este ano não deve ser assim.
Como é que os americanos se tornaram exportadores de produtos derivados do petróleo? Por causa das crises do preço do petróleo na década de 1970. O Presidente Jimmy Carter foi o primeiro a contemplar a ideia de os americanos se tornarem independentes em energia. Os presidentes que se seguiram começaram a trabalhar nas políticas de diversificação de produção: fracking, biodiesel e etanol, e energias renováveis. Só demorou uns 35 anos, que é menos de uma ditadura em Portugal.
Há muita gente ainda a celebrar os resultados das autárquicas, mas se o inverno for muito frio, os novos autarcas poderão ter em mãos uma situação catastófica poucos meses após assumirem funções, logo há que precaver-se. Há que fazer um levantamento dos pontos mais fracos de cada autarquia o quanto antes e depois delinear um plano para lidar com os problemas antes que eles apareçam. O governo central tem de coordenar os esforços e fazer triagem de recursos. É mesmo preciso haver plano B porque ainda nem nos livrámos da pandemia.
Não pensem que terão tempo de esperar que a UE acuda Portugal porque a UE vai estar de mãos cheias. Sabemos que a Europa envia dinheiro se morrer muita gente, mas dá mau aspecto deixar morrer as pessoas só para se ter mais uma bazuca.
sábado, 25 de setembro de 2021
Texas vs. Portugal
O conhecimento mínimo que se deve ter dos EUA é que são uma imensa manta de retalhos, dado que há competição por poder entre o governo federal, o governo dos estados, e o governo local (cidades e condados). Para além disso, a Comunicação Social, o chamado quarto poder, é muito poderosa e tão eficaz que andam portugueses a fazer campanha contra o Texas nas redes sociais. Finalmente, a sociedade civil americana é muito activa e por isso anda tudo frequentemente à batatada. O próprio Texas é um estado muito heterogéneo: há sítios muito progressivos, bem mais progressivos do que Portugal, por exemplo, e outros bastante conservadores.
Como dizia a Ruth Bader Ginsberg, "Real change, enduring change, happens one step at a time," o que é ainda mais pungente nos EUA onde, para se mudar alguma coisa, é preciso muito esforço dada a fragmentação do poder. A realidade é que as coisas mudam e, quando mudam, já foram sujeitas a tanto escrutínio e a tantos desafios que é difícil desfazer o que já foi feito. Há décadas que se tenta repelir Roe vs. Wade, a decisão do Supremo Tribunal que concede às mulheres o direito ao aborto, e o caso ainda sobrevive, apesar do suspense contínuo.
Decidi fazer uma pesquisa acerca do aborto em Portugal e a situação não é assim tão diferente de muitos sítios na América, inclusive o Texas. Resume-se assim, de acordo com o abstracto de um estudo do Miguel Areosa Feio, publicado em 2021, no Sociologia: Problemas e Práticas:
A despenalização do aborto previu eliminar os abortos clandestinos, embora ainda existam barreiras ao aborto seguro que afetam mais as mulheres desfavorecidas: objeção de consciência, prazos demasiado curtos para o procedimento, períodos de reflexão obrigatórios ou a estigmatização. Foi investigada a relação entre a formulação legislativa e a sua implementação, sendo que eventuais discrepâncias atestam a falência parcial dos seus objetivos. Foram analisados os dados quantitativos da DGS e qualitativos provenientes de entrevistas e focus group com especialistas e profissionais de saúde. As evidências produziram orientações para debates futuros.No artigo mesmo, esta parte é de salientar:
Em Portugal existem hospitais em que a generalidade dos profissionais de saúde habilitados para a realização de IG declararam objeção de consciência (Chavkin, Leitman e Polin, 2013), aspeto que se concretiza nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Açores, Alentejo e nos distritos de Castelo Branco e Guarda por constrangimentos no funcionamento das consultas (DGS, 2016, 2018, 2019; Stifani, Vilar e Vicente, 2018). Nestes casos, o procedimento passa pelo encaminhamento para serviços privados, o que, na grande maioria das situações acontece para o centro da cidade de Lisboa, independentemente da zona de residência da mulher, numa manifesta iniquidade na garantia plena do direito à saúde em situações de aborto.Esta é a realidade portuguesa, o que me leva a pensar nas mulheres portuguesas a quem a lei portuguesa falha e que vêem a campanha que se faz em Portugal para mudar o Texas -- ou será para enxovalhar? Como é que estas mulheres se sentem ignoradas em Portugal? Mais vale emigrar para o Texas, ao menos todo mundo civilizado anda a defender os direitos de quem lá está.
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
Os cães ladram...
Como dizia a minha empregada que é das Honduras, a qualidade de vida aqui é muito melhor do que nos países de onde estas pessoas vêm, apesar de se suspeitar que muitos destes emigrantes estivessem em outros países da América Latina e aproveitaram a mudança de regime de imigração para os cidadãos do Haiti por causa do terramoto para tentar entrar.
Há um ponto curioso que as pessoas parecem não compreender: quem define os valores da sociedade ocidental hoje em dia são os americanos. O que as pessoas valorizam é o que alguns americanos valorizam. As grandes questões actuais têm todas o marketing americano: o aquecimento global, o movimento MeToo, os direitos da comunidade LGBTQ, o multiculturalismo, o racismo, a violência, etc. Tudo isso é discutido na praça pública porque os media americanos fazem cobertura dessas questões. O facto de ser discutido em praça pública quer dizer que não é consensual, mas é preciso avançar estas causas e os EUA são um bom laboratório de questões sociais para o resto do mundo.
Finalmente, parem de dizer que o aborto é ilegal nos EUA: o aborto é permitido desde 1973, mas com restrições e as restições variam de estado para estado. O que está em causa é as restrições serem demasiado apertadas em alguns sítios, mas isso não significa que a sociedade americana é atrasada. Até 2007, Portugal tinha restrições ao aborto muito mais apertadas do que os americanos, logo os portugueses não estão mais avançados do que os americanos.
quarta-feira, 22 de setembro de 2021
Vai abrir
Estou bastante curiosa para ver como é que os portugueses vão reagir a isto, dado que no início da pandemia vi muitas pessoas a pedir informações nos grupos do Facebook acerca de como emigrar para os EUA. Perante tanta insistência em obter informação, a minha hipótese é que muitos irão sair -- ou então já saíram para outras paragens.
O desemprego americano recuperou bastante desde o início da pandemia: chegou a estar quase nos 15% e agora encontra-se em 5,2%. Há um enorme desajuste no mercado de trabalho que está a fazer pressionar os salários mais baixos para aumentarem porque não há muitos trabalhadores interessados nos empregos disponíveis, nem os patrões conseguem encontrar empregados com qualificações que desejam, ou seja, os emigrantes terão bastantes oportunidades.
A União Europeia não está a recuperar tão rápido como se deseja. Só para se ter uma ideia, de acordo com uma publicação da União Europeia, em que usaram preços correntes convertidos para euros para calcular a porção do PIB mundial que cabia aos EUA e à UE, e passo a citar o original:
In 2018, the United States accounted for a 24.0 % share of the world’s GDP. Although the United States’ share in 2018 was 0.9 percentage points less than it had been in 2008, it moved ahead of the EU-27 whose share fell from 25.6 % in 2008 to 18.6 % in 2018. Note these relative shares are based on current price series in euro terms, reflecting market exchange rates.
Se usarmos os números do Banco Mundial, com as séries ajustadas pela paridade do poder de compra e a preços constantes em dólares internacionais de 2017, em 2008, a UE detinha 19,12% do PIB mundial; em 2019, estava em 15,25%; e em 2020, estima-se ter estado em 14,8%.
É uma tempestade perfeita.
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
Húbris outra vez
Se não me falha, já vamos na terceira vez em que deitamos foguetes antes do tempo: primeiro, a pandemia não chegava a Portugal porque os portugueses eram geneticamente superiores; segundo, Portugal não ia ter muitos casos porque os portugueses eram pessoas que sabiam o que tinha de ser feito; terceiro, vencemos a guerra contra o vírus porque Portugal é o melhor do mundo a vacinar. Caminhamos para outro embate com a realidade porque ainda não aprendemos a lição.
Em primeiro lugar, há a qualidade dos dados. As vacinas são uma contagem efectiva, enquanto que os números da população são estimativas, logo estimativas têm erros. O erro mais óbvio é que os dados preliminares do censo da população de 2021 indicam que a população portuguesa é de 10.347.892, mas a estimativa oficial da população é de 10.297.081 em 2020, de acordo com o INE; mas se forem ver o que o Worldometers usa, por exemplo, encontram 10.160.514. Ou seja, no cálculo da percentagem da população vacinada, parece que o denominador usado é inferior ao real, logo a percentagem da população vacinada é superior ao real--não se espantem se começarem a ver percentagens superiores a 100%.
Mesmo a contagem das vacinas é problemática: o processo de vacinação já se arrasta há nove meses, logo nesse período, é natural que pessoas vacinadas tivessem morrido de outras causas, mas não tenham sido retiradas da contagem. Na proporção de vacinados por faixa etária, também haverá pessoas que agora estão numa faixa etária alta, mas que foram vacinadas numa faixa etária inferior -- é que em 9 meses, alguns que tinham 64 anos, passam a ter 65, por exemplo. Como eu dizia, não se espantem se começarem a ver percentagens superiores a 100%.
O esforço de vacinação não é apenas português porque houve residentes que se foram vacinar ao estrangeiro -- até vieram aos EUA, imaginem -- porque Portugal estava atrasado nas vacinas. Depois chegaram a Portugal e inscreveram a sua vacinação no respectivo centro de saúde. Parte dos emigrantes que viajaram a Portugal durante este verão fizeram isto porque mostrar o certificado de vacina é mais prático do que andar a fazer testes Covid para poder ir de um lado para o outro.
Um outro problema é que numa população envelhecida, a vacina não é tão eficaz e a população portuguesa é das mais envelhecidas do mundo. Depois combina-se isto com o facto de Portugal ter casas mal-preparadas para o Inverno, logo as pessoas passam frio, vivem com humidade, bolores, carunchos, etc., o que enfraquece o sistema imunitário.
Os preços da energia também contribuem para a falta de conforto das casas, dado que Portugal tem energia das mais caras da Europa, o que é agravado pelo fraco poder de compra dos portugueses. Há menos de duas semanas, João Galamba afirmou que o governo não descartava preços mais altos de electricidade para 2022. Na semana passada e em resposta à subida do preço do gás natural, a Espanha anunciou medidas de emergência para reduzir os custos de energia para os consumidores espanhóis.
Finalmente, temos de considerar que a pobreza aumentou com a pandemia, logo vai haver gente a passar fome para além de frio; ser vacinado não vai adiantar grande coisa quando não se tem energia para lutar contra uma infecção.
domingo, 19 de setembro de 2021
O fim
Fiquei acordada até às duas da manhã para terminar de ver A Cozinheira de Castamar. O início da série foi bom, mas tem algumas coisas que me incomodaram um bocado, pois não desenvolve bem as personagens secundárias, que depois irão ser bastante importantes para a história. Mereciam ter uns arcos mais detalhados. Para o fim, acabam por compensar essa falha e as coisas tornam-se mais complexas e dinâmicas.
Não sei se o fim é credível, pois parece mais sonho do que a realidade das personagens principais. Talvez seja indicação que estão a contar seguir a série. A Netflix diz que é a primeira época, o que pode indicar que possa haver uma segunda, mas a série não foi desenvolvida originalmente por eles.
Ainda não encontrei nenhuma produção portuguesa no catálogo de séries da Netflix, apesar de já ter visto filmes de países mais pequenos, como da República da Geórgia (The Trader e My Happy Family), que tem menos de 4 milhões de habitantes -- achei ambos fascinantes. Aliás o My Happy Family é capaz de ser um dos meus filmes preferidos.
sexta-feira, 17 de setembro de 2021
Franhol
Comecei a ver a dita série e mal conseguia entender uma palavra. Aquele pessoal parece que engole as palavras--dava jeito uma personagem tipo o Gordon do Twin Peaks, que gritava e falava devagar para toda a gente o compreender. O pior era a história, pois aquilo é bastante assustador e eu já não tenho 18 ou 19 anos. Além disso, o Twin Peaks tinha bastante sentido de humor e a estética era mesmo do outro mundo. A série francesa peca em ambas essas frentes. Desisti.
Ataquei a série Valéria, que tinha começado a ver há alguns meses, mas não me tinha entusiasmado no primeiro episódio. Desta vez persisti e acabei por gostar muito. Para além de ter muita graça, até tem o benefício de se ouvir calão. E depois passa-se em Madrid, o que acho uma mais-valia porque gostaria muito de voltar a visitar, desde que vi algumas gravuras do Goya quando estive em Miami, FL, em Dezembro de 2019.
O espanhol até nem é uma língua muito feia e percebi mais dos diálogos da Valéria do que dos da Zone Blanche, a tal série francesa. Já me disseram que se passarmos um mês em Espanha, saímos de lá a falar espanhol, o que também me alicia muito. Andava assim um bocado indecisa entre o espanhol e o francês, mas não me impediu de começar a ver outra série espanhola, La Cocinera de Castamar, de que também estou a gostar muito. E a Netflix já me deu mais recomendações de coisas espanholas.
Hoje voltei a atacar o francês: decidi ouvir o podcast "Change Ma Vie". Não é que me interesse muito sobre o tema de mudar de vida -- eu, que me farto de mudar! -- mas a Clotilde Dusoulier foi das primeiras bloguers que segui por causa do seu Chocolate & Zucchini, logo tenho um fraquinho por ela.
No podcast, que compreendi para aí 85% ou mais, ela fala da importância de sonhar e de nos darmos permissão de desejar mais e melhor para podermos ter uma vida auto-realizada. Nos dias de hoje é muito difícil pensar e querer uma vida plena e, para além disso, muitas vezes quando se planeia tudo, acabamos por não valorizar outras oportunidades que vão surgindo. Ou seja, compreendi o que foi dito, mas não compreendi de todo ser tão detalhado na forma como se planeia a vida.
Ainda não consegui decidir-me entre o francês e o espanhol, mas se calhar o melhor é enveredar por podcasts em francês e séries em espanhol.
quinta-feira, 16 de setembro de 2021
P'rá-Frentex
quarta-feira, 15 de setembro de 2021
Orientação
Ela tem uma filha com uns problemas de saúde, que ficou recentemente uns quatro dias no hospital e depois foi transferida para o St. Jude. No St. Jude, que é um hospital para crianças com cancro, as famílias não pagam pelos cuidados médicos, dado que o hospital é financiado através de doações. Explicava-me ela todas estas reviravoltas de saúde, mas metade ficou por entender porque falava muito rapidamente e eu não quis interromper o entusiasmo.
No entanto, não parececia nada preocupada, nem sequer falou nos custos do hospital, mas também não lhe perguntei se tinha seguro de saúde. Em algumas cidades, há apoios para os imigrantes ilegais terem acesso a seguro de saúde a custo reduzido.
Os EUA são um país muito engraçado. Muitos imigrantes ilegais, mesmo não falando inglês, conseguem orientar-se relativamente bem e alguns até pagam impostos sobre o rendimento. Já certos americanos, apesar da vantagem de terem nascido e crescido no país, têm a vida de pantanas, como foi o caso do canalizador e da sua esposa.
terça-feira, 14 de setembro de 2021
Histórias
Há uma enorme hipocrisia da parte dos portugueses: ao mesmo tempo que se orgulham de terem sido um país de conquistadores, como cantam os Da Vinci, e de terem metido o nariz em todo o lado, nem queriam dar independência às colónias, acham de mau tom as incursões dos americanos. Não é que os americanos tenham tido razão em iniciar as guerras, mas achar-se moralmente superior é muito fajuto.
Quanto ao Bush II, que fez muita asneira e foi um péssimo presidente, tem o mérito de se ter arrependido e de, após ter saído da Presidência, se ter dedicado à causa dos veteranos, mas também tinha uma enorme dívida para com estas pessoas. Talvez quando morra, os portugueses digam bem dele porque está na moda. O pior é o Salazar, que está mortinho da Silva, e agora não se pode dizer mal dos mortos...
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
Normal, também
Muitos políticos republicanos fazem campanha contra as vacinas, ao mesmo tempo que se vacinam, mas é normal em todo o lado que os políticos digam uma coisa e façam outra. Do lado das empresas, muitas já tinham imposto regras restritivas porque têm medo de processos em tribunal, se as pessoas ficarem doentes no local de trabalho. Com a ordem do Biden, dá para se culpar o governo, em vez de se passar pelo mau da fita. Normal, também.
domingo, 12 de setembro de 2021
Vinte anos
Acho lamentável que o Biden tenha usado esta data para motivos políticos, dado que o plano era sair do Afeganistão antes de 11 de Setembro, custasse o que custasse, e nem sequer teve o cuidado de sair de cabeça erguida, saiu às três pancadas, arricascando a vida de muita gente.
Mas a realidade é mais complicada, pois os americanos não saíram completamente: a política oficial é que saiu, mas a verdade é que há várias organizações de fins não-lucrativos que ainda estão a tentar tirar refugiados do Afeganistão e muitas pessoas sentem-se moralmente obrigadas a cuidar de quem nos ajudou. É salutar ver a sociedade civil a divergir do governo, como se assistíssemos ao país a acordar de um longo pesadelo.
sábado, 11 de setembro de 2021
A propaganda
quinta-feira, 9 de setembro de 2021
Metidos num picle
Ou seja, este Presidente vai durar um termo e desgastar a imagem do Partido Democrata, o que dá grande vantagem a um candidato republicano. Pelo sim, pelo não, o Trump continua a recolher doacções para a sua causa.
quarta-feira, 8 de setembro de 2021
A má história
terça-feira, 7 de setembro de 2021
Nada a fazer
No final da semana passada dei-lhes $575 para comprar os materiais para o teto, mas não compraram tudo e ficaram sem dinheiro--já gastaram $1000 a reparar o carro. Tive de avançar $300 + $100 + $125 da parte de trabalho porque estão sempre sem dinheiro, apesar de, no total, eu já lhes ter dado mais de $3000 pelos vários trabalhos que já fizeram nas últimas duas semanas e também tiveram outros clientes. Depois combinam e aparecem atrasados, têm de sair por 10 minutos e só regressam passadas três horas, ou seja, passei o Domingo e o feriado sem ir a lado nenhum porque não sei quando aparecem.
Quando me pediram os $125 fiquei bastante chateada e disse-lhes que não era banco. Com os outros, uma pessoa paga no fim tudo de uma vez e não tem de andar com estas complicações de horários. Isto confunde-me imenso porque como é que eu conto as horas que ele trabalhou se eles está sempre a entrar e a sair.
Depois uma pessoa dá uma oportunidade pensando que os está a ajudar e eles pegam no dinheiro e enterram-se ainda mais comprando um carro que devia estar na sucata. Como é que se arranja maneira de orientar estas pessoas? É que isto é que alimenta a pobreza endémica americana, as péssimas escolhas. Por muitas oportunidades que o país tenha e tem bastantes, se as pessoas ecolhem mal, não há grande coisa a fazer.
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
Dejá Vu
A maioria dos americanos é a favor, mas há certos estados que insistem em limitar o acesso -- muitos americanos também são a favor de restrições a acesso. Não há legislação federal que garanta o acesso ao aborto e até agora o que garante é a decisão do SCOTUS em Roe vs. Wade. Ou seja, há bastante trabalho que pode ser feito do ponto de vista legislativo e da parte do governo federal, à semelhança do que aconteceu com o Civil Rights Movement e parece que a administração Biden se compromenteu a avançar a causa. Veremos se tem imaginação para tal.
sábado, 4 de setembro de 2021
Don't mess with Texas
sexta-feira, 3 de setembro de 2021
Ida em Nova Iorque
Estas últimas semanas, com as tempestades e a crise no Afeganistão, quase que dava para pensar que tínhamos saído da pandemia, mas é capaz de ser apenas um curto interregno.
quinta-feira, 2 de setembro de 2021
Uma família
Alguém sabe o que anda a fazer o pessoal do Ministério dos Negócios Estrangeiros? Nem ajudam refugiados, nem actualizam as páginas dos consulados/embaixadas. Ainda têm informação acerca do lançamento da Presidência portuguesa da UE, como se tivesse sido alguma coisa de jeito. Só gastaram dinheiro mal gasto e deram má publicidade ao país.