terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Não oito, mas trinta-e-um

Quando eu andava no oitavo ano, na aula de história, aprendemos a matéria dos descobrimentos. Como estivemos algum tempo sem professora de história, se calhar não aprendemos tudo o que devíamos, mas do que me recordo era uma lista que tinha para aí umas oito razões pelas quais Portugal se fez à vida, por assim dizer. E lembro-me da questão da inovação e dos portugueses terem desenvolvido instrumentos de navegação que lhes permitia navegar em alto mar, sem terem de ter terra à vista. 

Recordei-me disto por causa do LA-C, no Facebook, que falava na falta de estudo dos dados da pandemia nesta altura do campeonato. Eu já achava que os dados deviam ser analisados há ano e meio e é pena que ainda estejamos tão atrasados -- analisar não é só contar casos, mortes, e testes. Para um país que tem a mania de ter sido um grande descobridor, hoje em dia podem chamar-lhe um cobertor, daqueles de papo, que são muito pesados e ásperos e quase que não nos deixam mexer. 

Ainda por cima, não é só na pandemia que andamos à deriva. O tuíte do Galamba do outro dia também nos demonstrou que ele, na posição que ocupa, estando o país a atravessar uma das maiores crises económicas, e na véspera de eleições, ou não tem acesso aos dados da economia portuguesa ou então não os estuda, preferindo invocar matemática que claramente desconhece. Até escrever português lhe é estranho, pois numa frase invoca o pressuposto "tudo o resto constante" para chegar a uma conclusão e na conclusão diz que tudo o resto não ficou constante. Quer dizer, se há coisa que foi constante foi a sua estupidez ao longo do tuíte. Talvez fosse isso que necessitava de ser demonstrado.

Não me conformo como é que estamos reduzidos a tanta idiotice. Que merda de 31 em que nos enfiámos...

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