quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Y'all* need to learn this...

Bem, tenho de vos educar. Tenho muita pena, mas lá terá de ser. Não se preocupem, pois vocês vão ficar tão chocados com a desinformação da campanha eleitoral portuguesa que isto tudo ir-se-á varrer da vossa memória brevemente. Entretanto, prestem atenção. É assim:

O Garth Brooks é o maior artista country, ponto final! -- Oops, este foi de exclamação! -- E ele andou na minha alma mater, a Oklahoma State University, no final dos anos 80. De facto, uma das casas em Duck St., Stillwater, OK, tem um sinal que diz "Garth Brooks and Sandy lived here 1987-88". A casa deles é ao pé do Eskimo Joe's, um restaurante de projecção mundial. Não vos estou a enganar! Se prestarem atenção, um dia encontrarão alguém a usar uma t-shirt deles, pois estão espalhadas por todo o mundo.

A Sandy foi namorada e depois esposa do Garth Brooks: casaram-se em 1986. Em 1999, separaram-se, o que foi um choque nacional nos EUA. Era inconcebível aqueles dois separarem-se. E, se isto aconteceu ao Garth e à Sandy, que esperança haverá para o resto da humanidade? Nenhuma!

Eventualmente, o Garth encontrou "amor" -- eu já não acredito! -- junto de Trisha Yearwood, uma cantora country, que também escreve livros e apresenta programas de TV sobre *cough, cough* culinária.

Eu não conheço a obra do Garth, o que, por si só, é um grande feito porque eu passei quase oito anos em Oklahoma. No entanto, a minha canção preferida da Trisha (o que dá jeito porque é também a única que eu conheço) é aquela canção que tornou a Leann Rimes famosa aos 15 anos. É óbvio que a canção em questão, "How do I live", é infinitamente melhor cantada pela Trisha, que na altura era já uma mulher madura, mas o povo gosta de miúdas de 15 anos (consultar capítulo "Britney Spears", também conhecido por "oh baby, baby, tum-tum-tum").

Ah, o povo, o povo... Já sabem o que o Kenneth Arrow acha das escolhas feitas em democracia, não é? Até se chama "o teorema da impossibilidade de Arrow":

In social choice theory, Arrow’s impossibility theorem, the General Possibility Theorem, or Arrow’s paradox, states that, when voters have three or more distinct alternatives (options), no rank order voting system can convert the ranked preferences of individuals into a community-wide (complete and transitive) ranking while also meeting a pre-specified set of criteria.

Fonte: Wikipédia

Ou seja, em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. Seria bom reverem isto para as eleições, que é para depois não dizerem que a culpa é dos economistas. Considerem-se avisados!

Bem, mas vamos a coisas sérias: "How do I get through a night without you?" Dava-me jeito saber a resposta. E digam lá se isto não é romântico?!? Eu até vos escrevo isto precisamente à noite. É tão romântico!

No entanto, disperso-me, pois já me enfiei pela estrada menos viajada**: não era à Trisha que eu vos queria introduzir, era ao Garth.

Uma amiga minha postou um vídeo selfie a cantar Garth Brooks e eu lembrei-me que sabia mais da vida do homem do que da obra. E foi por isso que eu escrevi isto: para ter uma razão para me levantar do sofá e ir procurar a música dele no YouTube. E também para ver se vos fazia rir, porque a campanha eleitoral de Portugal é "boring as hell!" A verdade é que "we are all going to hell in a handbasket..."

Mas que seja uma viagem romântica, ao som de "The Dance", do Garth. Não se acanhem, agarrem lá o(a) vosso(a) querido(a), e amassem o(a) gajo(a). Irra que é preciso eu dizer-vos tudo...

* Se querem falar inglês à americana, têm de dizer "y'all". Pratiquem...
** Perceberam a referência ao Frost? Tenho mesmo de vos dizer tudo...

1 comentário:

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