quarta-feira, 31 de julho de 2013

Desemprego

Ainda é cedo para deitar foguetes, mas parece que o desemprego terá atingido o seu pico máximo em abril ou em janeiro, consoante se corrija para efeitos sazonais ou não. Que haja juizinho para não matar à nascença o pouco que se conseguiu.





6 comentários:

  1. O pouco que se conseguiu foi aumentar o nº de desempregados em cerca de 300.000, de acordo com o gráfico. Para um período de 2 anos não está nada mal, não senhor. Quanto à inversão da tendência: mais tarde ou mais cedo lá tinha de acontecer. Mas temos de aguardar os desenvolvimentos futuros antes de deitar foguetes. O governo e a troica ainda se lembrarão de tomar mais medidas conducentes ao aumento do desemprego. Aliás, parece que já estão a puxar pela imaginação. Haja juizinho!!!

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  2. Eu espero que dentro de um ano estejamos todos a lançar foguetes de estar a comprovar que o desemprego realmente diminuiu.
    No entanto, para além dos efeitos sazonais (verão-turismo) pode estar a ocorrer efeitos cíclicos (eleições autárquicas) e ainda outros fenómenos estranhos. Por exemplo 2/3 do aumento do emprego entre o 1º e o 2º trimestre acontecem na agricultura. Isto não é muito normal, nem pode ser explicado facilmente por aumento da produção agrícola (que aumentou mas não tanto assim). Houve um paralelo de forte aumento do número de empresas agrícolas no fim do primeiro trimestre, que em grande parte é atribuído ao estreitar das obrigações fiscais dos agricultores. Paralelamente há também num só ano uma redução muito forte da população activa (de cerca de 100 mil) que pode ter a ver com a emigração.
    No fim o desemprego baixa 60 mil, mas o emprego só aumenta vinte e tal mil, discrepância que é normal. Mas o aumento do emprego pode estar em linha com a sazonalidade, enquanto a redução do desemprego acima do efeito sazonal pode estar a ser explicada por outros fenómenos como os que referi, caso em que será demasiado cedo para assumir que se está perante um ponto de inflexão.
    Eu acredito que o ponto de inflexão é possível, se não até ao fim do presente ano, pelo menos ao longo do próximo. Mas apenas é possível se o próximo orçamento for um orçamento moderado. Caso contrário o mais provável é no próximo ano continuar a haver uma importante destruição liquida de emprego, e um aumento do desemprego, que pode ser moderado se for acompanhado pelo aumento dos desmotivados e emigrados, caso em que nada tem a ver com alterações de ciclo.

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    1. Totalmente de acordo. Uma razão adicional pode estar relacionada com o fim de apoios sociais que levem à aceitação de empregos em part time e com remunerações baixas, particularmente os oferecidos na agricultura. Noto que o mau tempo do 1º trimestre pode ter adiado muitos dos trabalhos agrícolas previstos.
      O emprego só diminuiu para trabalhadores com qualificações inferiores ao ensino superior.

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  3. O desemprego não baixou , o que diminui foram os inscritos nas listas dos centros de emprego. Houve uma limpeza destas no início do ano que levou a este milagre. Sei disso em primeira mão.

    cmpts


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  4. O desemprego não baixou , o que diminui foram os inscritos nas listas dos centros de emprego. Houve uma limpeza destas no início do ano que levou a este milagre. Sei disso em primeira mão.

    cmpts


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    1. Está mal informado. Os dados trimestrais do desemprego são obtidos por inquérito e não com base no número de inscritos nos centros de emprego.

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