terça-feira, 15 de novembro de 2016

Contem comigo!

Fiz umas contas por alto e o plano fiscal do Presidente Trumpeta, perdão Trump, irá reduzir os meus impostos federais de rendimento em $10.000 por ano, pelo menos; mas não tenciono gastar o dinheiro. Estima-se que o plano Trumpeta, perdão Trump, irá aumentar a dívida nacional americana em $7,2 triliões curtos ao longo de 10 anos e isso é só do corte de impostos e dos respectivos juros. Ah, e contem com as taxas de juro dos EUA serem aumentadas mais rapidamente, o que significa que a dívida soberana de outros países também irá ser financiada a yields mais altas. Booyah, vai ser uma festa!

6 comentários:

  1. Em vez de contas por alto e quanta dívida irá ser criada, faça contas á dívida criada nestes últimos 8 anos, ou essa era boa dívida e agora esta é má. Sou sempre contra a criação de dívida seja por quem for, mas atacar o Trump por causa da dívida sem atacar o obama parece ridículo.

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    1. Luís Barreiro, fale-me de orçamento suplementares e poderemos conversar. Se não fizer isso, acho-o mal informado e até acho o seu comentário ridículo.

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  2. A vitória de Donald Trump está a fazer-te disparar erraticamente em todas as direcções. Perdes totalmente o tino e a objectividade que este consente. Mais cabeça fria, por favor!

    Neste comentário todos os valores estão em milhões excepto se se ler outra unidade.

    Comecemos pela dívida pública.

    1 - No Q4 2008, ou seja, último Q de Bush filho temos uma dívida pública de US$10699805.
    2 - No Q2 2016 temos US$19381591.
    3 = 2-1 = US$8681786

    E ainda não acabou o mandato de Obama. Vamos ver onde termina em 31 de Dezembro deste ano. Logo, se Trump incrementar a dívida pública em apenas US$7,2*10^12 é, em todo o caso um progresso em relação ao anterior.

    Mais pode dizer-se sobre a dívida pública durante a administração Obama. Nomeadamente que presidiu ao crescimento mais rápido da dívida pública de toda a história Americana como facilmente pode ver-se em qualquer gráfico. Sendo isto também válido em percentagem do PIB. No Q4/08 tinhamos 73,54% do PIB e no Q2 2016 já vamos em 105,05% do PIB. O mais rápido crescimento da história Americana, enfatizo. Que não é mais do que a expressão do que escrevo adiante.

    Prossigamos olhando à eficiência da dívida contraída.

    1 - Com Obama a dívida pública aumentou US$8681786 para um crescimento do PIB de US$2145100. Ou seja, cada US$1 de crescimento do PIB requereu US$4,05 de dívida.
    2 - Com Bush filho a dívida pública aumentou de US$5662216 para US$10699805, ou seja, um incremento de US$5037589. O PIB por seu lado foi de US$12679300 para US$1457700, um crescimento de US$1897700. Temos então que cada US$1 de crescimento requereu US$2,66 em dívida, US$2,98 em valores actuais.
    3 - Com Bill Clinton o cálculo leva-nos a US$0,54 em dívida por cada US$1 de crescimento, US$0,73 actuais.
    4 - Com Bush pai temos US$1,87, US$2,95 actuais, em dívida por cada US$1 de crescimento.

    Com um pormenor nada dispiciendo; Bill Clinton foi um presidente democrata mas que na economia fez o mesmo que qualquer republicano. Hillary é, assumidamente, herdeira de Obama. Não do marido.

    Concluamos este brevíssimo exercício:

    A - A administração Obama presidiu ao mais rápido crescimento da dívida pública Americana, tanto em valor como em % do PIB;

    B - Mostro apenas os rácios pd/gdp para os últimos quatro presidentes mas basta olhar para o gradiente das linhas no gráfico da dívida pública em percentagem do pib para ver que a administração Obama teve a menor eficiência no uso da dívida pública também de toda a história.

    E é com este pano de fundo e assumidissimo apoio a Obama que vens falar de Trump que, se as previsões estiverem certas, aumenta a dívida pública num valor inferior ao aumentado por Obama e, ainda por cima com um crescimento superior do gdp? Mais devagar, não é?

    Quanto às taxas de juro subirem mais rapidamente, bom, isso é função do comportamento da economia. É que a crítica que fazes é o mesmo que dizeres que defendes que a economia Americana deve crescer mais devagar para não prejudicar os países mais débeis. Nesta, Rita, não tenhas qualquer dúvida de não ser acompanhada pelos teus concidadãos. É demasiado estapafúrdio. E digo isto assumindo que as economias dos emergentes não vão também nalguma medida a reboque do crescimento Americano que é normal que suceda.

    Um golpe de olho, agora, aos mercados financeiros. Contrariamente às previsões de muitos os mercados financeiros estão a reagir com muito optimismo à vitória de Donald Trump. Para mim o melhor indicador para isto nem sequer é o comportamento do mercado accionista (muito positivo) ou das dívidas públicas. É o do ouro. A cotação do ouro é, historicamente, o melhor indicador para medir o medo dos investidores. E como se comportou o ouro? A onça de ouro cotou a US$1291,97 no fix de 7 de Novembro, dia anterior às eleições. Cota a US$1225.5 neste momento em que escrevo. É a queda mais rápida dos últimos dois anos. Indicador claro (mais um...) de que os mercados financeiros estão francamente optimistas com a administraçao Trump.

    A terminar; porque é que o meu último comentário de resposta ao teu post sobre o politicamente correcto foi censurado?

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    1. It's called "freedom of expression", darling. E eu já tinha a reputação de ser maluca. Não é novidade...

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    2. Vai ver os Orçamentos Suplementares do Bush e deixa de dizer disparates. Quanto custou a Guerra do Iraque e qual o seu contributo para a dívida pública do Bush? Aliás, acho um insulto que me tenhas dado informação tão mal-amanhada. Achas-me estúpida ou ignorante, porventura?

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    3. HEIN?!

      As contas foram todas feitas a partir dos dados estatísticos - finais de cada exercício, evidentemente - que podem ser acedidos no site da St Louis Fed, um dos que uso com maior regularidade dado ser muito intuitivo e fácil de consultar.

      Para o GDP foi usado o gráfico "Real Gross Domestic Product". Para a dívida pública o gráfico "Federal Debt: Total Public Debt". Ambos gráficos permitem obter os valores exactos passando o rato. Para a cotação do ouro usei o gráfico da correctora que uso.

      Por descargo de consciência e após ler o teu comentário furioso fui passear até ao Trading Economics para confirmar tudo isto. Confirma-se que não estou ché-ché.

      Onde está o mau amanho?

      De resto, Rita, é muito fácil ver a eficiência da dívida contraída no gráfico da dívida pública enquanto percentagem do PIB. Quanto maior o gradiente da recta ascendente é quanto mais desproporcionado foi o crescimento da dívida em relação ao PIB, ou, por outras palavras, quanto a dívida cresceu mais do que o PIB. Num simples golpe de olho por qualquer gráfico da dívida pública Americana com escala de várias décadas podes confirmar tudo isto por ti mesma.

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