quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Orçamento e alternativas (3)

O Fernando diz aí em baixo que eu coloco a minha "esperança no regresso do crescimento económico". Sobre isso gostaria de dizer duas coisas:
  1. O caminho que defendi como sendo razoável trilhar a curto e médio prazo é independente de a taxa de crescimento do PIB ser de mais 0,3% ou menos 2%. O que é relevante para a minha argumentação é o pressuposto de que qualquer que fosse o crescimento, o anunciado napalm fiscal faz com que seja ainda pior. Quando muito, o facto de as perspectivas futuras serem pouco animadoras apenas reforça a minha preocupação: quanto maior for a quebra do rendimento, mais estúpido é aumentar os impostos sobre o rendimento.
  2. O Fernando pega nas previsões do FMI para pôr de parte a hipótese de haver crescimento. Ora, ou as previsões do FMI são para levar a sério ou não. Se não são, não devem ser usadas como argumentação, se são então levemos as suas consequências até ao fim. Para Portugal o FMI prevê uma queda do PIB de 1%. Juntando esta informação aos multiplicadores fiscais estimados pelo mesmo FMI (mesmo considerando que o multiplicador é de 0,5 inicialmente estimado e não o de 1,3 reestimado no documento a que Fernando nos remete) conclui-se que a taxa de crescimento não seria negativa caso se mantivesse para 2013 a política fiscal de 2012.

1 comentário:

  1. Já percorremos várias capelas à procura de uma resposta. Será aqui que ficaremos a perceber porque esta não é uma ideia genial?

    http://olhodeboi.blogs.sapo.pt/19801.html

    aqui numa versão mais sofisticada

    http://notaslivres.blogspot.com.br/2012/09/medida-2-criacao-de-condicoes-para.html

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