segunda-feira, 1 de julho de 2013

Já vai tarde

Gaspar devia ter saído do governo em Setembro/Outubro de 2012 depois do falhanço da mudança da TSU, como o próprio reconheceu na sua carta de demissão. Tentar transferir mais de 2000 milhões de euros de uma classe social para outra com um decreto-lei mal explicado é um acto de loucura. Não posso dizer que o homem seja louco, mas que se passou da cabeça, passou. Mas esquecendo essa loucura, o que fica?

O principal legado de Vítor Gaspar é a estratégia de ataque ao défice. A terapia de choque seguida teve duas consequências principais. A primeira foi a redução brutal da actividade económica, que criou centenas de milhares de desempregados e centenas de milhares de emigrantes. A segunda consequência é que o défice não desceu.

Que faça boa viagem.

1 comentário:

  1. Gaspar era teimoso. Podia ser uma qualidade, porque lhe podia permitir alterar e cortar com certos poderes instalados. Mas não foi. Seguiu um caminho: decidiu apostar tudo nos números, trabalhar apenas para os números esquecendo as pessoas. Mas, como disse Ricardo Araújo Pereira, os números fizeram-lhe um manguito.
    Não podemos negar a realidade: um défice superior a 10% no 1º trimestre só podia ter este final para o ministro das finanças.

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