sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Daqui a um milénio, qual será o lado civilizado?

"The scholasticism of medieval Catholic Europe, focussed entirely as it was upon ancient authority, was unable to inform scientific inquiry until the revolutionary libraries of Islam were made available to the Catholic world. All western advances in civil engineering, mathematics, chemistry, medicine and astronomy were founded upon the medieval sciences of Islam, which were themselves built upon the classical traditions lost to the west during the Germanic destruction of the Roman Empire."

Do preâmbulo de "The Islamic Foundation of Renaissance" de Hugh Bibbs.

5 comentários:

  1. Rita,

    Se o seu apontamento vem a propósito do caso do "Charlie", parece-me, perdoe a franqueza, que vem pouco a propósito.
    Porque o que está em causa não é o ascentente civilizacional em cada turno da história desta ou daquela parte do globo. O zénite civilizacional tem percorido ao longo dos milénios, vá lá saber-se porquê, praticamente todo o globo em que vivemos. Talvez, se a rotação continuar, a próxima vaga seja preenchida pela Oceania.

    O que está em causa não é, no caso do Charlie, uma questão civilizacional. E não é porque é inerente ao desenvolvimento social a prevalência de um conjunto de leis a que se subordinam os cidadãos, os residentes ou os visitantes de cada país civilizado.

    E é esta a elementar razão pela qual só há uma lei em França à qual os jornalistas, os cidadãos, os residentes, os vistantes, se têm que submeter: a Lei Francesa. O resto é irrelevante.

    Sugere "The Islamic Foundation of Renaissance". Sei do que se trata. A civilização árabe teve o seu arco de esplendor e um dos pólos mais notáveis localizou-se na Andaluzia. Foram os árabes que deram a conhecer parte da cultura grega clássica aos europeus.

    Sugiro-lhe, para troca: Heaven on Earth. Aqui
    http://www.barnesandnoble.com/w/heaven-on-earth-sadakat-kadri/1104154869?ean=9780374168728
    por exemplo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Rui, não estará a elaborar demasiado?
      É verdade que há uns séculos o mundo árabe era um pólo de tolerância, onde várias comunidades cristãs, e não só, (con)viviam pacificamente, enquanto na Europa cristã grassava a intolerância. Parece-me que é só para isto que a Rita está a chamar a atenção.

      Eliminar
  2. Caríssimo Luis,

    É verdade.
    Mas pareceu-me ver no comentário da Rita I Carreira uma justificação dos ataques terroristas em Paris, por reequilíbrio de contas: eles fazem isto, os cristãos fizeram aquilo, eles agora estão na mó civilizacional de baixo mas já estiveram na de cima,

    E, como diz o Luís no post seguinte, "ataques terroristas simplesmente não podem ter justificação".

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Acho que um acto de terrorismo não pode ser justificado racionalmente e é completamente ridículo presumir que eu o tentaria justificar. O meu ponto era exactamente o inverso, era o de não pecarmos por excesso de auto-confiança e pensarmos que tudo o que fazemos tem autoridade moral superior e/ou absoluta. Não tem. Nunca tivemos e não a temos hoje. Hoje em dia, há coisas que são feitas que são escandalosas e que causam mais perda de vida do que este atentado causou. E por mais horrível que este atentado tenha sido, não apaga, nem invalida a crueldade de outros eventos actuais.

      Contrasto a reacção a este acto de terrorismo em Paris com a reacção ao acto de terrorismo em que o avião da Air Malaysia foi abatido sobre o espaço aéreo da Ucrânia. Houve mais fatalidades com o atentado ao avião, mas a resposta das autoridades e do público não foi tão visceral como a resposta a este atentado. Pergunto-me porquê. Pela minha parte, fiquei extremamente chocada que a União Europeia tivesse parecido tão fraca e tenha tido tanta falta de apreço por essas vidas perdidas com a queda desse avião.

      Também fiquei extremamente chocada com a forma como a União Europeia tratou os cidadãos gregos aquando da intervenção da Troika--permitir que os cidadãos gregos tenham de queimar mobília e roubar electricidade para poderem sobreviver o inverno é do mais desumano que eu já ouvi e passou-se nos nossos dias e ninguém se manifestou. E não tenho qualquer dúvida que, se Portugal não conseguir endireitar a sua economia e a sua dívida pública, os nossos cidadãos serão tratados abaixo de animais por uma União Europeia que hoje se diz tão humana.

      Eliminar
  3. Outras versões da História:

    Modernity developed only in the West—in Europe and North America. Nowhere else did science and democracy arise; nowhere else was slavery outlawed. Only Westerners invented chimneys, musical scores, telescopes, eyeglasses, pianos, electric lights, aspirin, and soap.

    The question is, Why?

    Unfortunately, that question has become so politically incorrect that most scholars avoid it. But acclaimed author Rodney Stark provides the answers in this sweeping new look at Western civilization.

    How the West Won demonstrates the primacy of uniquely Western ideas—among them the belief in free will, the commitment to the pursuit of knowledge, the notion that the universe functions according to rational rules that can be dis­covered, and the emphasis on human freedom and secure property rights.

    Taking readers on a thrilling journey from ancient Greece to the present, Stark challenges much of the received wisdom about Western his­tory. How the West Won shows, for example:

    •Why the fall of Rome was the single most beneficial event in the rise of Western civilization
    •Why the “Dark Ages” never happened
    •Why the Crusades had nothing to do with grabbing loot or attacking the Muslim world unprovoked
    •Why there was no “Scientific Revolution” in the seventeenth century
    •Why scholars’ recent efforts to dismiss the importance of battles are ridiculous: had the Greeks lost at the Battle of Marathon, we probably would never have heard of Plato or Aristotle
    Stark also debunks absurd fabrications that have flourished in the past few decades: that the Greeks stole their culture from Africa; that the West’s “discoveries” were copied from the Chinese and Muslims; that Europe became rich by plundering the non-Western world. At the same time, he reveals the woeful inadequacy of recent attempts to attribute the rise of the West to purely material causes—favorable climates, abundant natural resources, guns and steel.

    How the West Won displays Rodney Stark’s gifts for lively narrative history and making the latest scholarship accessible to all readers. This bold, insightful book will force you to rethink your understanding of the West and the birth of modernity—and to recognize that Western civilization really has set itself apart from other cultures.

    .How the West Won: The Neglected Story of the Triumph of Modernity
    By Rodney Stark

    ResponderEliminar

Não são permitidos comentários anónimos.