sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Direitos inalienáveis

Quem já foi à Alemanha com certeza que se terá deparado com avisos como o que mostro nesta fotografia.

Sinal fotografado à entrada de uma casa de banho pública na Alemanha
Depois de desistirem da peregrina ideia de que o homem tem de baixar o aro da sanita sempre que sai da casa de banho, os alemães iniciaram uma campanha para que o homem faça xixi sentado. Isto não é sequer admissível e, mais grave, vai contra a lei natural das coisas, ou seja, vai contra a vontade de Deus.

Sobre este assunto, vem contado na Bíblia uma história muito curiosa. Estava Deus a passear pelo paraíso, distribuindo graças, quando encontrou Adão e Eva e lhes disse:
Neste saco, tenho apenas mais duas bênçãos, uma para cada um de vós. A primeira é a possibilidade de urinar de pé.
Adão, rápido a reagir, correu, agarrou essa graça e foi muito feliz, aos saltinhos, fazer xixi em todas as árvores das proximidades, largando gritinhos histéricos de alegria. Finalmente, Deus virou-se para Eva e disse-lhe:
Bem, parece que fica para ti o último talento que tenho para distribuir. Orgasmos múltiplos.
Serve esta história verídica para dizer que os homens pagaram um preço muito alto pelo direito a urinar de pé. Não é legítimo questionar esse direito, pelo menos enquanto não nos derem a multiplicidade orgásmica. Sendo matéria de fé, é uma questão de liberdade individual.

Foi assim com um sabor vindicativo que li esta notícia vinda da Germânia:
Um tribunal alemão decidiu nesta quinta-feira que urinar de pé é um direito que assiste aos homens. Isto depois de o proprietário de um prédio ter retido parte de um depósito de três mil euros a um inquilino, alegando que este lhe tinha estragado parte do chão de mármore da casa de banho com urina, porque urinava de pé e não sentado.
Muito bem. É um tribunal alemão na vanguarda dos direitos do homem.

6 comentários:

  1. E... quanto ao número de sacudidelas, ficou estabelecido algum limite?!

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  2. Mas durante séculos, foi permitido às mulheres urinar de pé. Não havia calcinhas e as saias das senhoras eram largas, e elas abriam as pernas, enquanto de pé, e urinavam. Aposto que foi um homem que inventou as calcinhas...

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    1. Tem toda a razão Rita Carreira. Ainda hoje, nas aldeias mais recônditas do nosso país, é possível depararmo-nos com essa realidade, sobretudo as mulheres mais velhas. Quanto à invenção da peça íntima feminina - que ao longo dos tempos tem merecido a atenção e dedicação de quem se dedica à sua criação e confeção - penso que se deve à primeira mulher; Eva. Em todas as representações podemos vê-la cobrindo a púbis com uma parra. Não faço ideia qual seria a forma como Eva mantinha a parra-cueca no seu lugar, possívelmente, recorrendo a um impercetível fio que passaria entre as pernas e cruzaria sobre os quadris...
      No entanto, a ideia que deu origem à criação de tal peça íntima, perdeu-se na atualidade, passando de uma proteção para os orgãos genitais a um ornamento, nos casos do fio-dental e da asa-delta.

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  3. Que versão da Bíblia tens tu? É muito mais divertida do que a minha.

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  4. Ao concluir com um "muito bem" e ao lavrar a sua sentença, afirmando que "é um tribunal alemão na vanguarda dos direitos do homem", penso que errou por defeito, pois deveria ser mais preciso e escrever: é um tribunal alemão na vanguarda dos direitos do homem... macho!. Assim, sim.

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