Um blogue de tip@s que percebem montes de Economia, Estatística, História, Filosofia, Cinema, Roupa Interior Feminina, Literatura, Laser Alexandrite, Religião, Pontes, Educação, Direito e Constituições. Numa palavra, holísticos.
quarta-feira, 6 de agosto de 2025
Quase a encerrar
domingo, 28 de julho de 2024
Apreciação e anulação
~ Mark Rothko
domingo, 17 de setembro de 2023
Mandem para mim!
Notas:
Bem sei que alguma da arte tem vidro que reflecte, mas foi porque as peças foram compradas assim. Os que comprei sem moldura e mandei arranjar estão com vidro anti-reflexo. Só em molduras para as três peças inferiores na parede da La Femme Nue gastei quase $1500 -- bem sei que é mais do que muitos portugueses ganham num mês, mas quem vos manda eleger governos incompetentes?
Ah, a escultura de alabastro comprei na Etsy e veio da Grécia. Encontro muito pouca coisa portuguesa por lá, mas já comprei uns tapetes.
Pois é, ensanduíchado entre os dois livros de fotografia do Richard Avedon estão dois livros do Tito Mouraz, fotógrafo português que eu adoro!
Sim, sim, a escultura por cima dos livros é parecida com uma gata, mas também é uma mulher nua porque cada um vê o que quer.
segunda-feira, 15 de novembro de 2021
Interrupção
Também implementa projectos anuais publicados no Instagram, em que todos os dias há uma publicação. Já houve fotos a preto e branco, outro projecto era em filme fotográfico, há uns anos as fotos foram tiradas com a Fuji Instamax Mini, etc. O deste ano é fazer 10 segundos de filme por dia e é simplesmente magnífico, vale mesmo a pena ir espreitar. Só que tudo está em suspenso porque a Ana anunciou que vai fazer uma interrumpção para poder lidar com alguns problemas de saúde. Estou triste, mas também feliz por ela ter decidido cuidar de si. As melhoras a ela.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
Art Basel Miami
domingo, 10 de novembro de 2019
O Ídolo Eterno
segunda-feira, 12 de agosto de 2019
O Douro em Memphis
terça-feira, 16 de abril de 2019
Contra-ciclo
A minha atitude pessoal é ser pessimista quando as coisas estão bem, isto é, preocupo-me com o que pode correr mal, e optimista quando as coisas correm mal, pois quase sempre se pode fazer alguma coisa para melhorar quando estamos perante o pior. Por isso, se ao longo de 800 anos tinha de arder, arder agora, quando a tecnologia de combate aos fogos está avançada, os bombeiros estão bem treinados, os conservadores de arte também, etc., não é o pior que podia ter acontecido.
Notre-Dame não só irá ser recuperada, como iremos descobrir bastantes coisas acerca da sua construção. Os franceses irão ser confrontados com escolhas difíceis, mas é um povo que está habituado a fazê-las. Entre 1844 e 1864, Notre-Dame foi sujeita a uma restauração que na altura foi bastante controversa.
Em 2014, o Museum of Fine Arts Houston, fez um exposição com as fotografias de Charles Marville, que tive oportunidade de visitar. No início dos anos 1860s, Marville foi nomeado fotógrafo oficial de Paris e documentou o projecto de reconstrução da cidade, quando a cidade medieval foi arrasada para dar lugar a uma urbe planeada e modernizada.
Aqui vos deixo uma foto do pináculo de Notre-Dame tirada por Charles Marville, que está disponível no espólio da Biblioteca do Congresso americano. Ontem o pináculo caiu, mas brevemente irá ser re-erguido.
domingo, 23 de setembro de 2018
Outono
Sou completamente a favor deste esforço e gostaria de dar o meu contributo: sugiro o Man Ray, americano, que foi um pioneiro em fotografia, uma área em que obteve grande sucesso, mas também trabalhou em outros media. Tal como Miró pertenceu aos movimentos Surrealista e Dada. Se tiverem umas horas, podem ver algumas das peças dele online.
Por motivos de copyright, não me deixam publicar aqui fotos, mas o Man Ray tem uma série de fotos de 1929 da qual gosto muito -- há um Outono que deviam ver, mas também há um Inverno que não vos deixará descontentes; se sim, há sempre a Primavera, e o Verão. E, pronto, podem ver o Maplethorpe à vontade...
domingo, 22 de julho de 2018
Arte longa, vida breve
Uma amiga perguntou-me, na Sexta-feira, o que ia fazer no fim-de-semana e respondi-lhe que ia ao Brooks, um dos museus de Memphis, o qual apenas visitei uma vez, quando houve uma exposição de gravuras do Salvador Dalí; interessava-me ver as de "Alice no País das Maravilhas". Da colecção permanente, apenas me recordava de um quadro de William-Adolphe Bouguereau. Gosto do trabalho dele, especialmente de "O Primeiro Beijo", em que Cupido beija Psique, versão infantil. Esse quadro se fosse feito hoje, seria um escândalo. A mitologia é um escândalo, como a escultura de "O Rapto de Proserpina", de Bernini, que à primeira vista parece deslumbrante -- como é possível a um pedaço de mármore parecer mais vivo do que a maioria das pessoas que se encontra na rua? Mas depois há os que, quando sabem do que se trata, acham uma desgraça, como se fosse um elogio à violência contra as mulheres.
É uma visão um bocado optimista que apenas as mulheres fossem alvo de violência. A mitologia é, acima de tudo, muito democrática e o que não falta é violência contra homens, mulheres, e crianças. Se calhar estas histórias revertem de um tempo em que o mundo era extraordinariamente violento e talvez a história oral não servisse de ode à violência, mas de alerta contra a violência: se não te portas bem, os deuses castigam-te; se és muito atraente, os deuses cobiçam-te... Conclusão, não dês nas vistas e talvez te safes.
A arte serve de memória colectiva, de reflexão. Nem tudo o que parece é e, por vezes, há coisas que são umas coisas agora e tornam-se coisas diferentes mais tarde. Ou talvez o que as coisas são não tenha nada a ver com as coisas em si, mas sim connosco. Fui ao Dixon depois do Brooks e no jardim há uma escultura de Rodin: os três homens que estão no topo de "As Portas do Inferno". São figuras de homens fisicamente fortes, mas contorcidos em dor. O que me cativa são as suas mãos: seis mãos e quase todas têm os dedos como que a formar uma mudra. A procura da paz interior, mesmo quando tudo em redor os oprime.
Mas talvez seja só eu que veja isto e quando Hipócrates disse que a arte é longa e a vida curta, não estava a falar do tempo que dura uma versus a outra, mas sim da multitude de experiências de uma e de outra: a nossa vida está reduzida a ser vista à luz da nossa experiência; já a arte é vista pela experiência de cada um, e qualquer uma peça inspira algo muito mais longo do que qualquer uma vida.
domingo, 15 de julho de 2018
Geografia da alma
Esta semana um colega meu levou uma maçã verde para o gabinete e eu pensei em Le fils de l'homme e deu-me uma nostalgia enorme. No gabinete de Houston, tinha uma maçã verde de esponja (um brinquedo anti-stress) que encontrei no parque de estacionamento na mesma altura em que havia um programa de exposições sobre o Magritte no Menil. À noite, as nuvens eram claras e as árvores negras contrastavam contra o céu, como em L'Empire des lumières.
Nada é o que parece e talvez seja essa a minha realidade: o corpo está num sítio, a alma em outro, como se a minha vida fosse um quadro surrealista...
segunda-feira, 2 de julho de 2018
domingo, 25 de fevereiro de 2018
Azul
Érika Circé-Perrault: Bleu (2012)
domingo, 3 de dezembro de 2017
Quinta-feira
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
Um apontamento
Ultimamente, tenho ido a palestras sobre arte. Depois da palestra sobre Alexander Calder, as minhas duas amigas com quem fui, uma artista, outra que trabalha em conservação de papel num museu, brincaram comigo e disseram que eu devia saber mais sobre história da arte do que elas, ambas com mestrados no assunto. Na área, apenas sou uma amadora, quase auto-didacta.
O comentário seguiu-se a eu dizer que elas teriam ficado muito orgulhosas de mim porque um amigo meu postou uma foto no Instagram de uma escultura em Nova Iorque, com LOVE, em que o O está inclinado, e eu comentei "Robert Indiana?" O meu amigo não fazia ideia de quem era o Robert Indiana, mas, por acaso, uns dias antes, eu tinha andado a pesquisar as esculturas do Robert Manzano para mostrar à amiga que trabalha no museu e nas minhas buscas tinham aparecido fotos com esculturas do LOVE de Robert Indiana e estava fresco na minha memória.
Ontem, fui à palestra sobre Helen Frankenthaler, onde se falava de Robert O'Hara e de James Schuyler, ambos poetas, mas o O'Hara também trabalhava num museu e organizava exposições de arte em galerias. Depois da palestra, disse às amigas com quem fui que conhecia o trabalho dos dois, até tenho as antologias poéticas de ambos aqui em casa, e perguntei se conheciam o poema "Having a Coke with You" de O'Hara. Nenhuma delas conhecia, mas é um poema muito giro, especialmente quando ouvido da boca de O'Hara: o vídeo está no YouTube.
Nestas palestras costumo tirar notas. Nem sempre é fácil, pois é costume a plateia ficar quase no escuro e eu já não vejo muito bem ao perto para escrever nestas condições. Notei que ontem, as minhas notas ficaram um bocado mais desarrumadas, mas paciência, foi o que se pode fazer. Para a próxima, a ver se me lembro de levar óculos. Mostrei as minhas notas às minhas amigas e disse-lhes: "I was born to take notes!" Adoro ir a aulas e tirar apontamentos...
Notas sobre Alexander Calder e Helen Frankenthaler
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
terça-feira, 1 de agosto de 2017
Alberto Giacometti
O Geoffrey Rush vai representar o papel de Alberto Giacometti num filme biográfico do artista. O Giacometti é famoso pelas esculturas elongadas e, pode parecer estranho, mas entrar numa sala com esculturas dele, causa-me uma grande emoção. Quando entrei nesta galeria, na National Gallery of Art, em Washington, D.C., até fiquei sem palavras. No The Guardian podem ler mais sobre o filme.
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Eu ia para vos escrever o que escrevi acima, mas achei uma merda, como se estivesse a trair algo sagrado e não consegui publicar. Meti em rascunho, fiz o jantar e fui passear o cão.
terça-feira, 20 de junho de 2017
As tragédias
Depois de uma tragédia há uma parte de nós que morre e o resto tem de encontrar forma de continuar a viver apesar de tudo o que sucedeu. Ninguém se torna forte sem passar por tragédias: é esse o preço que se paga para ser forte. Às vezes, as pessoas ficam chateadas quando alguém é forte demais, dizem que é preciso ser mais sensível, mas não é a sensibilidade que permite que alguém sobreviva. É preciso ter cabeça fria, ser calculista, e não hesitar, coisas feias que, em tempos normais, as pessoas tentam suprimir.
quarta-feira, 7 de junho de 2017
The Art Life
Surpreendeu-me que tanta gente fosse ver o filme; não sei se tanto interesse se deva à nova série do Twin Peaks. Pensando bem, talvez não seja de todo surpreendente, pois o objectivo dos produtores do documentário era angariar $30.000 em 2012 e acabaram por conseguir quase $180.000: só pessoas que contribuíram $1.000 foram 36, 6 pessoas deram $5000 cada, e alguém deu $10.000.
Eu apenas dei $50 e em troca recebo um DVD com o filme mais conteúdo exclusivo, o meu nome nos créditos do filme (em letra pequenina), e uma imagem digital de alta resolução de uma foto de David Lynch. Foi um óptimo investimento e hoje preenchi o inquérito, que enviaram ontem, com a minha informação para me enviarem o prometido.
Se estiverem interessados no documentário, sigam a página no Facebook para ver se está em exibição perto de vocês. Também podem ver no iTunes.