sexta-feira, 2 de julho de 2021

Oklahoma is OK, Portugal is not

Ora viva. Estou em Oklahoma, depois de quase 10 horas de viagem. Sair de Memphis foi um pesadelo por causa da ponte M estar avariada. O trânsito no acesso à outra ponte estava muito pesado e quase metade era camiões. A zona entre Memphis e Little Rock é sempre penosa, mas assim ainda é mais. E tivemos alguma chuva. Também houve a particularidade de esta ser a primeira longa viagem do meu cão, logo tive de fazer quatro paragens. Acho que ele não ficou com grande apreço por viagens longas.

Contava ouvir alguns livros audio durante o caminho, mas o Audible não fez o download e não deu para ouvir nada. Em vez disso, ouvi alguns podcasts portugueses, que já não ouvia há uns meses. Nada mudou em Portugal: toda a gente continua a ser extremamente competente, mas o país não vai para a frente. A novidade é que os empresários têm escolaridade abaixo da média, grande choque. 

Também falaram das medidas supostamente anti-Covid, mas que eu julgo serem anti-inteligência. Fechar os restaurantes ao jantar de fim-de-semana é completamente ridículo nesta altura da pandemia. Há muitos restaurantes que podem perfeitamente servir refeições ao ar livre, logo não faz sentido estarem fechados. Mesmo os que servem no interior, basta fazerem-no com capacidade reduzida. Se o pessoal ainda não aprendeu a conviver com o vírus ao fim de 15 meses, não vai aprender nunca. Logo, vão ficar doentes com ou sem restaurantes abertos. Idem para circulação entre a zona de Lisboa e o resto do país.

Incomoda-me também a falta de noção: abriram o país a turistas e agora fecham os restaurantes ao jantar do fim-de-semana, logo que sentido faz? Ao fim-de-semana, estas pessoas não podem ir a supermercados, muitos nem têm acesso a frigorífico. É completamente idiota porque é uma péssima publicidade ao país. Diga-se que o governo governa com o consentimento do povo, logo os portugueses têm o que escolhem repetidamente.

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