quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Um dia educativo

Não recomendo acordar e ver logo uma notificação a dizer que Trump endorsou Kevin McCarthy, mas o dia progrediu melhor do que pensei. McCarthy foi a votação duas vezes hoje e não conseguiu ter maioria, logo ainda não temos Porta-Voz da Câmara dos Representantes, apesar do apelo de Trump. Ficámos então com mais uma prova que o GOP se tornou num rebanho de gatos e Trump tem tudo menos erva gateira para os orientar -- nem os que foram eleitos com o apoio dele agora lhe obedecem. O meu receio era que McCarthy fosse eleito, o que iria fortalecer Trump. Em vez disso, continuamos em suspenso, mas com a forte suspeita que Trump já não é a ameaça que era. Menos mal.

Durante o dia, os americanos fizeram o que melhor sabem fazer: foram refrescar o seu conhecimento de história dos EUA para ver a última vez que a Câmara do Representantes esteve em situação semelhante. Foi há 100 anos, logo após a Primeira Grande Guerra Mundial. Desse episódio tentam retirar ilações, como se o passado servisse de consolo, mas também de fio condutor para o futuro. Lá diz o ditado que quem desconhece a história está condenado a repeti-la, logo era uma lição que já estava esquecida.

Enquanto não temos porta-voz, a linha de sucessão para a Presidência e Vice-Presidência dos EUA está ocupada por duas mulheres, ou seja, se Biden fica incapacitado para exercer funções, Kamala Harris toma o lugar dele e Patty Harris, a President pro tempore do Senado, fica Vice-Presidente, dado que não há um Porta-Voz da Câmara dos Representantes para ocupar a Vice-Presidência. Menos mal, também.

Para a história ficou este episódio caricato, graças a Kat Cammack, representante republicana da Florida:
“At one point, Kat Cammack rhetorically asked Republicans, “Are we the party of Reagan?” A chorus of Democrats called back, “No.””

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