quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Strauss-Kahn sem taras

Taras sexuais à parte, Dominique Strauss-Kahn até parece um tipo sensato.

Uma empresa chinesa de internet, com certeza pouco impressionada com as façanhas sexuais do homem, convidou-o para falar de economia. E o Dominique não desiludiu. Comparou o euro a uma jangada à deriva – reparem bem na metáfora: uma jangada, o mais frágil dos transportes marítimos.

Isto vindo do ex-director do FMI é bem capaz de ter deixado algumas pernas a tremer. A começar pelas da Sra. Merkel.

10 comentários:

  1. Estamos a passos largos de ser a tábua em que o Dicaprio se apoiava quando morreu afogado no titanic.

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  2. E no entanto, enquanto lider do FMI deu aval a construcao desta jangada.
    Bolas... que tarado brilhante.

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  3. LAC, OK. Nao viu a jangada a ser construida.
    Mas, ouviu-se-lhe alguma critica a arquitectura do euro? Rumo seguido desde o inicio da crise? Obcessao com a inflacao do BCE que por duas vezes aumentou taxas de juro no meio de uma gigantesca crise economico-financeira com cenario de armadilha de liquidez?
    E foi eleito presidente em 2007, muito bem, sera que o fez fazendo palestras "brilhantes" como esta?
    Pois... e mesmo assim cantam-se loas ao tarado.

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  4. Eu não o conhecia antes, pelo que não o ouvia nem a criticar nem a elogiar (mea culpa pela ignorância). De qualquer forma, na altura era muito novo para acompanhar esses debates académicos. A posteriori, com base numas leituras que fiz nos últimos 2 ou 3 anos, concluo que durante o debate sobre o lançamento do Euro, anos 90, houve muitos economistas que previram o desastre. Em especial, economistas americanos. As previsões a esse respeito de Milton Friedman são apenas o exemplo mais famoso. Até Christopher Sims, que ganhou agora o Nobel, já nos anos 90 tinha alertado para a arquitectura errada do Euro, dizendo que não se dispunham dos instrumentos fiscais e orçamentais necessários para garantir uma adequada união monetária. Nesse ponto, sou obrigado a concluir que não foi por falta de aviso dos economistas que os políticos tomaram as opções políticas que tomaram.

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  5. Prever que a estrutura do Euro não era a ideal não foi um grande feito intelectual. Seria praticamente impossível desenhar de raiz a arquitectura “certa“
    do Euro que é um projecto novo sem precedentes. O que é desesperante é a falta de humildade de todas as partes (críticos e apoiantes) para reconhecer a evidência: o Euro e a sua estrutura teriam sempre de evoluir em função das lições que se vão aprendendo ao longo do tempo. A política é a arte do possível, não é a das decisões nas condições ideais. As dificuldades e os sobressaltos são a norma, basta recordar a história da união norte-americana. Não foi há tanto tempo assim. É amplamente conhecida. E
    não se deve perder de vista que o Euro faz parte de um projecto eminentemente político (não apenas económico) que compreende a visão de uma futura união política da Europa, inevitavelmente de caracter inédito, e não uma simples cópia dos EUA. Agora essa ideia peregrina de que seria possível desenhar um Euro perfeito de uma vez por todas (tomando os EUA como modelo ou outro) e que não seria de esperar grandes dificuldades pelo caminho é digna de um Kim Jong-il. Pode resultar de uma de duas coisas: ou um enorme cinismo, ou uma gera
    ção de políticos e economistas completamente estragados por várias décadas de vida fácil a todos os níveis.

    Miguel

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  6. Parece-me que as previsões que refiro são bem mais interessantes, abrangentes e precisas do que o sugerido pelas suas primeiras duas frases.

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  7. Nao percebo LAC. Eu falo especificamente do tarado e voce fala-me dos americanos? Esta a tentar atirar areaia para os meus olhinhos ou e so distraido?

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  8. Caro lowlander, diz que não percebe, mas eu nem percebo o que há para perceber ou deixar de peceber. Você escreve o que lhe apetece. Eu respondo ao que me apetece, e o que me apetece, pegando no que considero mais interessante, o que no meio das suas diatribes muitas vezes não é fácil.

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  9. Sabe como e, as minhas diatribes sao um gosto adquirido.
    Ja as suas respostas esquizofrenicas, como corajosamente admitido acima, sao de gosto aleatorio. :)

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