Um blogue de tip@s que percebem montes de Economia, Estatística, História, Filosofia, Cinema, Roupa Interior Feminina, Literatura, Laser Alexandrite, Religião, Pontes, Educação, Direito e Constituições. Numa palavra, holísticos.
sexta-feira, 30 de junho de 2017
Uma Portaria de Milhões de Euros
Bom e mau
"All feelings that concentrate you and lift you up are pure; only that feeling is impure which grasps just one side of your being and thus distorts you. Everything you can think of as you face your childhood, is good. Everything that makes more of you than you have ever been, even in your best hours, is right. Every intensification is good, if it is in your entire blood, if it isn’t intoxication or muddiness, but joy which you can see into, clear to the bottom. Do you understand what I mean?"
~ Rainer Maria Rilke, "Letters to a Young Poet"
quinta-feira, 29 de junho de 2017
Homem à beira de um ataque de nervos
"The encounter, described by four people familiar with what happened, was so explosive that Kushner approached Peterlin afterward and told her that Tillerson’s outburst was completely unprofessional, according to two of the people familiar with the exchange, and told her that they needed to work out a solution."
Fonte: Politico.com
Parece que o problema é que Tillerson está mal acostumado e acha-se um grande carapau de corrida:
"It was the loudest manifestation yet of how frustrated Tillerson is in his new role. He has complained about White House attempts to push personnel on him; about the president’s tweets; and about the work conditions in a West Wing where he sometimes finds loyalty and competence hard to come by. Above all, the former ExxonMobil CEO, accustomed to having the final word on both personnel and policy in his corporate life, has balked at taking orders from political aides younger and less experienced than he is."
[...]
Tillerson’s frustration with White House meddling began early and has been a persistent issue. “He went into this with a very negative attitude towards the White House,” said a former senior State Department official familiar with his thinking, who recounted that during the transition, Tillerson opposed a candidate proposed by Trump’s team simply on the grounds that Trump’s team was proposing him.
He has sometimes conducted talks with potential job candidates without telling the White House, said one person familiar with his actions. Tillerson has told senior officials that Trump promised him autonomy, and that he wanted it, according to people who have spoken to him.
Fonte: Politico.com
Que alívio!
"O governo suspirou de alívio, pelo menos para já. Depois da tragédia dos fogos, a popularidade de António Costa não foi beliscada. Pelo menos é esse o resultado das primeiras análises dos “focus group” encomendadas pelo governo na sequência dos incêndios."
Fonte: Jornal i, 29/6/2017
Bendito controle do défice!
quarta-feira, 28 de junho de 2017
Perguntas sem resposta...
A de bartender tem 77%, o que não compreendi de todo. Então uma pessoa vai a um bar para descontrair e ter sempre alguém com quem falar de coisas banais -- o bartender é sempre o conversador de último recurso --, como é que faz isso com o robot? Já sei que posso ter uma conversa com a Siri do meu iPhone, mas ela nem acerta quando eu lhe peço para tocar os Wham! (OK, pronto, viva o progresso! Pedi agora e acertou, quando não me tinha acertado há uns meses.)
Para testar o meu ponto novamente, perguntei à Siri algo pessoal: "Are you gay?" Perguntei porque não sabia se havia de perguntar do namorado, namorada, marido, ou esposa. Responde-me a Siri, bruscamente: "We were talking about you, not me, Rita". Mas eu sei se sou gay ou não, logo não é um tópico que me interesse. (Também não estou a ser muito razoável, pois se fosse um bartender a sério não perguntaria isso, mas nos filmes o pessoal vai para os bares queixar-se dos parceiros e ocorreu-me que eu não sabia que parceiro teria a Siri e a palavra "gay" é mais curta do que a palavra "straight" e não pensei que a Siri levasse a mal.)
Tentei outro caminho e perguntei de forma politicamente correcta: "How's your significant other?" e ela responde-me "Who, me?" Nem faz sentido esta resposta! Mudei de assunto e fiz mais outra pergunta: "Would you like to be a bartender?" E responde-me ela "I really have no opinion." Com conversas deste nível, os bares robotizados irão à falência...
Se eu quiser que me inventem uma bebida, vou pedir ao robot? Mas que robot é que iria inventar o Sex on the Beach, Long Island Iced Tea, ou o Grasshopper? Perguntei à Siri se me podia inventar uma bebida e ela fez uma busca da pergunta no Bing e apresentou-me os resultados. Ficámos conversadas.
terça-feira, 27 de junho de 2017
O nosso falhanço
No programa de rádio Sinais, de Domingo, falava-se de uma reportagem publicada no JN (não sei se é Jornal de Notícias ou de Negócios) acerca das pessoas de Soito, que foram atingidas pelo fogo no ano passado e que ainda não receberam apoio. Também se mencionou que em Pedrógão Grande, o apoio psicológico não chegou, apenas havia apoio psico-social pedido pela própria autarquia e prestado por Fuzileiros.
Estamos a falhar como sociedade e os "erros" de PPC não são a causa do falhanço: são apenas um sintoma.
segunda-feira, 26 de junho de 2017
Trovoadas e dificuldades
What have I got to do to make you love me
What have I got to do to make you care
What do I do when lightning strikes me
And I wake to find that you're not there
What do I do to make you want me
What have I got to do to be heard
What do I say when it's all over
And sorry seems to be the hardest word
It's sad, so sad
It's a sad, sad situation
And it's getting more and more absurd
It's sad, so sad
Why can't we talk it over
Oh it seems to me
That sorry seems to be the hardest word
Luto
Só para verem o quão chegada eu era à minha avó, basta saberem que a minha primeira grande discussão com os meus pais, quando eu tinha uns sete anos, foi eu a argumentar que eu não era filha da minha mãe: dizia-lhes eu, com toda a veemência que se pode ter aos 7 anos e provavelmente com os olhos muito arregalados, prestes a engolir o mundo, como anos mais tarde me diria a minha mãe que eu faço quando discuto com alguém, que a minha avó é que era a minha mãe pois era a pessoa que cuidava de mim. Eu era filha da avó; não era filha da mãe...
Coitada da minha mãe; era um bocado injusto ter ouvido aquilo porque a minha avó adorava-me tanto que basicamente me tirou à minha mãe e a minha mãe, que andava tão stressada e não sabia para onde se virar, entre trabalho, marido, mãe, filha, e doença, não se intrometeu entre mim e a minha avó. Nesse luto, talvez ir para casa das primas tivesse ajudado a minha mãe também, pois durante alguns dias não precisava de se preocupar com as filhas, enquanto vivia o luto da perda da sua mãe. Não sei bem o que ela sentiu, mas agora que penso nisso, tenho pena de não lhe ter perguntado como é que foi o luto dela. Depois das pessoas morrerem, há tantas perguntas que aparecem e que ficam por responder. Também nunca lhe perguntei a sua cor preferida, mas acho que devia ser azul.
No ano a seguir, morreu o meu avô, mas eu não era a preferida dele e ele nem era muito próximo de mim, se bem que tivesse maior afinidade com a minha irmã, só que ela era uma criança muito mais feliz do que a macambúzia da Rita, que parecia viver um drama constante, separada do mundo real, em que as pessoas frequentemente lhe diziam que era triste e aborrecida, para além da banalidade de ter olhos e cabelos castanhos. (Os adultos dizem cada parvoíce às crianças que até as crianças percebem que os adultos são parvos.)
Apesar de morar connosco desde que ficara incapacitado de viver sozinho, os meus pais acharam que a morte do meu avô não me afligiria muito e pude ficar em casa e viver o luto da família, que consistia em a minha mãe vestir preto por uns dias e não se ligar a televisão, nem se tocar música. Lembro-me de a minha mãe e as vizinhas conversarem acerca do número de dias que era adequado para se observar o luto, mas não me recordo da resposta.
Os meus pais enganaram-se. Depois do meu avô morrer, ganhei uma fobia temporária e durante alguns anos não consegui tocar em nada que pertencia ao meu avô ou à minha avó. Tinha medo dos objectos das pessoas mortas, especialmente do chapéu que o meu avô tinha usado. Por vezes, ficava parada a olhar para as coisas e a pensar, com um ligeiro nó na garganta, que não lhes podia tocar. Nunca disse a ninguém na altura que tinha esse medo. Percebi desde cedo, que não convém partilhar os nossos medos com os outros, especialmente quando somos pequenos e as pessoas grandes parecem tão complicadas e não nos oferecem grandes evidências de saberem o que estão a fazer.
É muito difícil controlar a nossa reacção a tragédias porque não obedece à lógica e muitas vezes ilustram mais os nossos medos do que outra coisa. O que é a reacção normal? Às vezes nos funerais, vê-se as pessoas a chorar e a falar com os mortos. Isso aconteceu no funeral da minha mãe, em que uma das suas melhores amigas ficou muito emocionada e, a certa altura, encontrei-me entre o caixão da minha mãe e a amiga a consolá-la e achei um bocado estranho estranho estar ali a vê-la ter uma reacção que eu nunca teria. Muitas vezes não sei como reagir, mas tenho medo de reagir mal e então fico num estado de suspensão, à espera que as coisas mudem até me sentir mais confortável e à vontade para reagir.
No dia do enterro, a minha mãe estava no meio da sala, no mesmo sítio onde estivera a mãe dela. Eu lembro-me de estar ali com a minha avó e de pedir à minha mãe para me deixar ver a cara da minha avó. Mas com a minha mãe não consegui olhar para a sua cara; depois do enterro pensei que talvez tivesse sido um erro. Talvez eu aos nove anos, com a minha avó, que foi a minha primeira perda e o meu primeiro luto, tivesse tido uma reacção melhor do que a que tive 24 anos mais tarde...
Com a cobertura da tragédia de Pedrógão Grande, anda tudo com os nervos em franja, e não há reacções que agradem a toda a gente; é como se o país estivesse numa competição de luto, em que cada um acha que sofre mais e melhor a tragédia do que o outro. Talvez fosse bom que as pessoas pudessem ir para casa de uns primos espairecer, ou desligar a TV, os computadores, e telemóveis por uns dias. Será que não há uma regra de etiqueta que se aplique ao luto moderno?
Perdas e chuva
Hoje apeteceu-me ouvir Tori Amos, "Northern Lad", de "From the Choirgirl Hotel", talvez porque fala de perdas, mas também fala de chuva...
domingo, 25 de junho de 2017
O working man
Os empregos que tem são blue collar, duros fisicamente, e, sendo ele obeso, comendo mal, e não se cuidando muito bem, já tem problemas no corpo. Tem artrite, de vez em quando desenvolve tendinite, etc. Diz-me sempre que é desta que vai fazer dieta, vai deixar de beber bebidas gaseificadas, vai fazer exercício, mas esses planos futuros nunca se materializam num presente. Meses atrás, recebi notícia de que, finalmente, os planos eram mesmo seguros, havia sucesso garantido, assim que melhorarasse de saúde. Nos três meses anteriores, ele que se queixa do estado papá, tinha ficado incapacitado e teve de pedir "food stamps" e Obamacare. Tinha de fazer uma operação ao ombro antes que Trump fosse presidente, mas não fez porque diz que o enganaram quando foi comprar seguro de saúde e não comprou um que estivesse dentro do Obamacare: ou seja, comprou um caro sem grandes benefícios.
O último emprego de que me falou foi um de principiante num talho, onde ficou menos de um ano. No emprego anterior, chateou-se com o gerente porque estava com problemas nos ombros e não o deixaram trocar de função. Despediu-se no momento, sem ter poupanças, alternativa de emprego, ou seguro de saúde. Quando conseguiu o emprego no talho, chateou-se porque não lhe deram um emprego melhor, mas ele nunca tinha trabalhado com carne. Eu disse-lhe que era um princípio, ele podia fazer disso aquilo que quisesse, se se investisse pessoalmente no emprego. Não fui muito simpática quando lhe disse isto porque ele está nesta situação por escolha própria. Um homem formado podia perfeitamente sair dali e ir ensinar no secundário ou regressar à universidade e fazer um mestrado.
Ficou chateado comigo e com a minha "straight talk", mas alguns dias depois regressou e disse que eu tinha feito bem em malhar nele. Decidiu que ia manter uma mente aberta no talho e que o objectivo dele era eventualmente estudar e, daqui a dois anos, submeter-se aos requisitos para ser inspector de carne na USDA. Achei um plano bom, até lhe disse mais tarde que, quando se candidatasse à USDA, podia dizer que, como tinha trabalhado mesmo no manuseio de carne, teria uma perspectiva mais rica de quais os problemas que podiam ocorrer e de como conversar com as pessoas nesses empregos. Ele achou que eu era genial e que devia ter mais pessoas como eu a falar com ele.
Mas ser genial com os amigos não adianta nada: ele ainda está na mesma situação, pois desistiu do talho...
sábado, 24 de junho de 2017
Respeito pela propriedade privada
Morder a bala
sexta-feira, 23 de junho de 2017
Eu não sou comunista
Mas tudo isto tem explicação fácil: ignorância.
Desculpem a arrogância, mas é mesmo assim.
Cuidem-se!
Sendo assim, é mais honesto as pessoas terem noção de que o sistema falha e, quando falha, pode morrer alguém. Ou seja, cuidem-se e não contem com o estado português para vos salvar a vida de incêndios.
Call for papers 1
quinta-feira, 22 de junho de 2017
SIRESP: o país numa rede de interesses
quarta-feira, 21 de junho de 2017
Tlaloc
Um autodidacta louco
“.... lições dos fogos florestais de 2005, em álbum fotográfico..."
Uma condição necessária do socialismo democrático
As desigualdades de remuneração e de poder são em princípio injustificáveis, a não ser que delas decorra algum benefício público evidente, que de outra forma não poderia existir. Este argumento é invocado, nomeadamente, por John Rawls na sua Theory of Justice. A eliminação das desigualdades injustificáveis é, geralmente, considerada uma das condições necessárias para o chamado socialismo democrático.
terça-feira, 20 de junho de 2017
As tragédias
Depois de uma tragédia há uma parte de nós que morre e o resto tem de encontrar forma de continuar a viver apesar de tudo o que sucedeu. Ninguém se torna forte sem passar por tragédias: é esse o preço que se paga para ser forte. Às vezes, as pessoas ficam chateadas quando alguém é forte demais, dizem que é preciso ser mais sensível, mas não é a sensibilidade que permite que alguém sobreviva. É preciso ter cabeça fria, ser calculista, e não hesitar, coisas feias que, em tempos normais, as pessoas tentam suprimir.
Uma gargalhada assustadora
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Fiquei triste
Contei às minhas companheiras de viagem que se solidarizaram com a desgraça nacional. Uma delas tem um irmão que é proprietário de um rancho no Kansas e contou-me que, durante a época de incêndios, o irmão tem sempre alguém de vigia, dia e noite, caso haja um relâmpago que atinja a vegetação, pois o rancho arderia todo se ninguém impedisse o fogo de se alastrar. Durante a época mais húmida, é normal fazer queimadas de prevenção.
Era bom que, dado que as eleições autárquicas se aproximam, os candidatos se comprometessem a fazer algo mais pela segurança das pessoas durante a época de incêndios. Mas comprometam-se, rodeiem-se de pessoas capazes, e cumpram.
sexta-feira, 16 de junho de 2017
O toque de "merdas"
O Centeno inventou a roda!
"A política que hoje diz ter dado certo, defendeu [Mário Centeno], “foi durante bastantes meses denegrida, quer em direcção ao Governo, mas também prejudicando a imagem de Portugal”. Essas opiniões, continuou, “provaram ser enganadoras no sentido de que não mostravam um conhecimento da realidade portuguesa – e muitas vezes foram baseadas, na verdade, no preconceito”.
[...]
O governante [Mário Centeno] confirmou ainda que Portugal espera receber luz verde para antecipar mais 10.000 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), contando fazer uma “amortização significativa” de mil milhões ainda durante este mês de Junho."
Fonte: Público, 6/16/2017
"Portugal vai reembolsar antecipadamente, já a 15 de Outubro, mais de 5.400 milhões de euros para abater na verba de 78 mil milhões concedidos pelo Fundo Monetário Internacional no âmbito do pedido de ajuda financeira internacional.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho esta tarde, em campanha no Alentejo."
Fonte: Rádio Renascença, 21/9/2015
Mas, efectivamente, Centeno tem razão, a política que segue foi bastante denegrida quando o PS estava na oposição. E andou Centeno a martelar os números e a inventar cenários parvos para depois se curvar à disciplina orçamental da Comissão Europeia. No entanto, a procissão ainda vai no adro. É que 2017 ainda não chegou ao fim...
quarta-feira, 14 de junho de 2017
Bipolaridade da violência
Mas Newt Gingrich e Donald Trump, Jr. já culparam a Esquerda e a Kathy Griffin, em particular, pelo tiroteio por ter incentivado as pessoas à violência com a foto da cabeça do Presidente Trump ensanguentada. Os bonecos do Obama enforcado parece que não incentivavam à violência; suponho que eram apenas um exercício de liberdade de expressão. Não sei se, em 2011, os Republicanos e a Direita se sentiram responsáveis pelo que aconteceu a Gabrielle Giffords, congressista Democrata que levou um tiro na cabeça.
Pela minha parte, não tenho ilusões: eu sei perfeitamente que posso levar um tiro a qualquer altura. Mas também sei que para morrer não é necessário que a causa seja um tiro.
Tiroteio
No outro dia, estavam a falar na rádio, aqui em Houston, acerca de duas propostas de lei que estão na legislatura no Texas: uma para reduzir a taxa de aquisição da primeira arma; a outra para aprovar financiamento para a compra de coletes anti-bala para a polícia (um à parte: isto é uma séria distorção dos incentivos económicos; seria mais justo e lógico aumentar a taxa de quem tem uma arma e usar a receita adicional para comprar os coletes anti-bala, do que ter pessoas que não têm arma a subsidiar os custos do comportamento de quem usa armas). Talvez depois disto haja uma nova proposta de lei, mas a nível nacional, para comprar coletes para os políticos.
Adenda: o WashPost acaba de identificar o atirador, como sendo um homem de 66 anos, inspector da construção civil, fã de Bernie Sanders.
terça-feira, 13 de junho de 2017
Depois de Comey, Sessions
- Comey disse que se recusou a declarar publicamente que o Presidente Trump não estava sob investigação pois um anúncio desse tipo necessitaria de ser posteriormente refutado caso o Presidente viesse a ser investigado pelo FBI
- Na opinião de Comey, dado que os membros da campanha presidencial de Donald Trump estão sob investigação, é razoável presumir que, se o caso continuar a ser investigado, o próprio Presidente será alvo de escrutínio, pois ele é o responsável máximo pela sua própria campanha
- Comey, cujo supervisor era Jeff Sessions, pediu a Sessions que não o deixasse sozinho com o Presidente
- Tanto Comey, como a sua equipa, ocultaram informação a Jeff Sessions por presumir que este iria afastar-se voluntariamente da investigação da interferência da Rússia na campanha eleitoral
- Quando perguntaram a Comey que informação havia acerca de Sessions que sugeria o seu futuro afastamento, Comey recusou-se a partilhá-la em público, mas disse que o faria à porta fechada
- É esperado que alguém pergunte a Jeff Sessions publicamente o que é que ele fez que sugerisse ao FBI a ideia de que se iria afastar voluntariamente da investigação
- Comey afirmou que geriu a investigação da interferência da Rússia na campanha de forma a que esta fosse parar às mãos de um "Special Counsel"
- Robert Mueller, antigo Director do FBI, que precedeu James Comey, foi o nomeado "Special Counsel"
- Quando perguntaram a Comey se o Presidente Trump tinha obstruído a justiça ao insinuar que que Comey devia parar de investigar Mike Flynn, Comey deferiu tal apreciação para o Special Counsel Mueller
- Comey já havia dado todas as notas dos seus contactos com o Presidente a Robert Mueller, o que revela que na, opinião de Comey, o Presidente devia ser alvo de uma investigação de obstrução à justiça
sábado, 10 de junho de 2017
Peniche
sexta-feira, 9 de junho de 2017
A má fama dos portugueses
A conversa abordou várias questões sobre corrupção e de como é possível que um país tão rico tenha uma classe política tão corrupta. A certa altura, um dos apresentadores, o Daniel Moss, cujo sotaque não consigo identificar de onde é, mas é de um país anglo-saxónico sem ser os EUA, pergunta a Vivianne se a razão do Brasil ser tão corrupto se deve a ter sido colonizado por portugueses.
What a coincidence!
"Theresa May has said she will form a government with the support of the DUP, though it is not clear what kind of arrangement this will be.
Despite party leader Arlene Foster warning it would be difficult for the prime minister to stay in No 10, discussions are certainly going on behind the scenes.
The party has moved on to the political centre stage but most people will be in the dark about what it stands for.
The DUP website crashed on Friday morning after a surge of interest, and DUP was also one of the most searched terms on Google."
Source: BBC
Oops!
As facílimas:
Theresa May in dismay
May, the force is not with you
E agora, uma singela homenagem a Prince -- adivinhem o título, vá lá:
Little votes Corbyn didn't get
Sigh "of" the times
Don't wanna be your voter
May don't matter 2night
Not so darling May
Never in May's life
I wouldn't vote for you
Seen that May girl?
I wish you Mayhem
The most clueless PM in the world
Why you wanna defeat me so bad
U did not get the vote
The ballad of Theresa May
May, U off!
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Contradição nos mercados
Se isto fosse uma situação sustentável e de baixo risco, então nada impediria alguém de se endividar a baixas taxas de juro para investir no mercado accionista e aproveitar o diferencial entre as taxas de retorno da bolsa e as taxas de juro de empréstimos, o que aumentaria as taxas de juro até que se eliminasse esta oportunidade, pois cada vez seria mais difícil obter empréstimos para comprar as acções e apreciar o preço destas. Foi o que sucedeu com a crise dos empréstimos subprime.
Uma das preocupações actuais é mesmo o de haver empresas a endividar-se para financiar a compra das próprias acções, o que aumenta artificialmente o preço das acções -- satisfaz os accionistas e beneficia a administração, mas não melhora a performance da empresa -- e devia também aumentar a taxa de juro, travando a exequibilidade desta estratégia a longo prazo; mas as taxas de juro continuam bastante baixas. Gross acha que as baixas taxas de juro são culpa dos bancos centrais, que distorcem a percepção de risco.
Em períodos de taxas de juro baixas, há o risco de se aumentar a dívida além da capacidade de manutenção da mesma caso as taxas de juro aumentem. A estratégia aconselhada nestes períodos é refinanciar dívida antiga para aproveitar a baixa da taxa de juro, mas evitar a emissão de nova dívida para assim limitar os custos de manutenção da dívida caso as taxas de juro comecem a aumentar.
Gross é bastante pessimista, afirmando que vivemos um período de alto risco comparável ao de 2008, pois os investidores estão a pagar preços muito altos para o risco a que se estão a expor -- se o preço é muito alto, então é cada vez menos provável que consiga aumentar indefinidamente, logo os investidores sofrerão duplamente quando os preços pararem de aumentar (ou diminuírem) e as taxas de juro aumentarem, se financiaram a compra com emissão de dívida a curto prazo.
Comey live feed
Costa e Ferreira
quarta-feira, 7 de junho de 2017
Coincidências
"There are signs that lenders have started to pull back from lending to car buyers. The latest Federal Reserve survey of senior loan officers showed banks tightening standards for auto loans. Santander Consumer USA Holdings Inc., one of the nation’s biggest subprime auto lenders, said in April that it stopped allowing borrowers to make payments with credit cards."
Fonte: Bloomberg
The Art Life
Surpreendeu-me que tanta gente fosse ver o filme; não sei se tanto interesse se deva à nova série do Twin Peaks. Pensando bem, talvez não seja de todo surpreendente, pois o objectivo dos produtores do documentário era angariar $30.000 em 2012 e acabaram por conseguir quase $180.000: só pessoas que contribuíram $1.000 foram 36, 6 pessoas deram $5000 cada, e alguém deu $10.000.
Eu apenas dei $50 e em troca recebo um DVD com o filme mais conteúdo exclusivo, o meu nome nos créditos do filme (em letra pequenina), e uma imagem digital de alta resolução de uma foto de David Lynch. Foi um óptimo investimento e hoje preenchi o inquérito, que enviaram ontem, com a minha informação para me enviarem o prometido.
Se estiverem interessados no documentário, sigam a página no Facebook para ver se está em exibição perto de vocês. Também podem ver no iTunes.
Programação
Contava o meu amigo Travis:
"A husband asked his programmer wife to go to the store to get a loaf of bread and, if they have eggs, get a dozen. She returned home with twelve loafs of bread."
terça-feira, 6 de junho de 2017
Ben Bernanke na Vox.com
"Over the course of a 75-minute interview, Bernanke pronounced the economy to be near full employment; worried about partisanship coloring confidence surveys; proclaimed slowdowns in productivity and economic mobility the great challenges of the era; assessed Trump’s tax and health care proposals; and riffed on the Laffer Curve and his newfound pleasure in blogging."
Fonte: Vox.com
We Are Still In!
Num dos episódios recentes do podcast da Anita no Trabalho, alguém dizia que o ritmo de trabalho dos americanos era de loucos. É, mas às vezes dá muito jeito...
Contos contrariados 11
Externalidades
A magnólia da minha vizinha está em flor. Não sei se já cheiraram magnólias, daquelas que são fragrantes, mas cheiram tão bem que, hoje de manhã, quando passei em frente da árvore, apetecia-me ir buscar um banco e passar o dia lá em frente só para poder desfrutar o aroma. Esta magnólia fez-me recordar as velas flutuantes de cera que comprei em 1996, no Cracker Barrel, que tinham a forma e o aroma de magnólias. Comprei duas: uma para mim e outra para a minha mãe. Naquela altura, velas na bagagem não levantava suspeitas; depois de 11/9/2001, levar velas, cremes, exfoliantes com óleos, etc., dá sempre lugar a que nos revistem a mala e recebamos uma notinha da TSA, como se vendo a desarrumação ao abri-la não adivinhássemos o sucedido.
Normalmente, cheirar as flores das magnólias é-me difícil porque as árvores são demasiado altas e os ramos mais baixos são cortados. Resigno-me, então, a usar o meu telefone e levantar os braços para tirar uma foto. Mas a magnólia da vizinha da frente é baixa e eu chego-me às flores que estão ao meu alcance e demoro uns segundos a cheirá-las, sempre que lá passo, e ainda ninguém me enxotou.
Nem toda a gente aprecia esta magnólia, pois a minha outra vizinha dizia-me que tinha de sugerir à dona da árvore cortar os ramos mais baixos para facilitar o trabalho do rapaz que corta a relva. Disse-lhe logo que nem pensar fazer isso porque, senão, fico sem acesso a uma das minhas externalidades preferidas. O rapaz safa-se bem com a externalidade dele.
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Poderia ser pior
"Through my role as the U.N. Secretary-General’s Special Envoy for Cities and Climate Change I will notify the Secretary-General and Climate Change Secretariat that U.S. cities, states, businesses, and others will aim to meet the U.S. commitment to reduce our emissions 26% below 2005 levels by 2025. We are already half-way there – and we can accelerate our progress further, even without any support from Washington.
My foundation, Bloomberg Philanthropies, will help coordinate the U.S. effort, which we are calling America’s Pledge, and together, we will submit a societal NDC – or nationally determined contribution – just as every other nation has done. Bloomberg Philanthropies has also committed to providing the $15 million that the UN Climate Change Secretariat will lose from Washington, to ensure that there is no disruption to its work. We will also fulfill the Paris Agreement’s reporting requirements, so the world can track our progress, just as they can with any other nation."
~ Michael Bloomberg, 2-6-2017
A pouco e pouco, a sociedade civil americana está a chegar-se à frente e o vácuo de liderança deixado pela administração Trump começa a ser ocupado. Michael Bloomberg, Enviado Especial da ONU para as Cidades e a Mudança Climática, está, através da sua fundação, Bloomberg Philanthropies, a fazer de liaison entre a comunidade internacional e as cidades, os estados, e as empresas americanas. É expectável que o papel da ONU ganhe importância na coordenação de esforços e na definição de um caminho a seguir, até porque as outras nações, ao opor-se ao Presidente Trump, terão um incentivo extra para que este esforço colectivo produza frutos.
Bloomberg está habituado a meter as mãos na massa e, enquanto Mayor de Nova Iorque, liderou a cidade durante uma administração republicana e uma democrata; melhor do que ninguém, pode identificar os limites do governo federal em situações de crise, pois estava no cargo quando eclodiu a crise financeira de 2008. Como é uma figura respeitada tanto por Republicanos, como por Democratas, pode ter algumas vantagens de negociação em estados liderados por governadores Republicanos e terá afinidades com os Mayors das grandes cidades americanas, muitos deles Democratas.
Apesar de tudo, poderia ser muito pior e não parece que os EUA estejam mal-entregues neste assunto.
Dobratella
domingo, 4 de junho de 2017
Closed circuit
sexta-feira, 2 de junho de 2017
a/c Correio da Manhã
António Mexia -- é este o arguido
Pedro Mexia -- não é arguido
P.S. Piada conjunta da Rita e da Vera Maria Gouveia Barros.
We'll always have Paris...
A longo prazo, nos EUA, o esforço de adaptação irá ser liderado pelos estados (e cidades) e não pelo governo federal americano, em especial pela Califórnia. A Califórnia já é o estado líder em termos de política ambiental -- é o laboratório experimental dos EUA -- e é também um dos estados em que há maior inovação. Os estados que levarão isto mais a sério são os do litoral. Se toda a inovação vier destes estados, é lá que se concentrará o crescimento económico, o que acelerará o êxodo populacional do Midwest e o seu empobrecimento.
Os estados ricos e os pobres afastar-se-ão cada vez mais um dos outros, em termos económicos, porque a política fiscal federal não será usada para aproximar os estados. Os EUA com Trump têm uma moeda comum, mas deixaram de ter uma política fiscal comum. Os europeus reconhecerão isto, pois este é o mesmo processo que foi desencadeado na União Europeia com a introdução do euro. E, se os europeus conseguem trabalhar assim, os americanos também conseguem.