sábado, 2 de março de 2019

Colagens

Não me recordo se vos disse, mas dei a minha TV a um dos moços que mudou a minha mobília. Não faz grande diferença, excepto sexta-feira à noite, que era quando muitas vezes via um filme no Netflix. Agora vejo no computador, mas tenho algumas saudades de um écran grande. Ontem, quase que vi alguma coisa no Netflix, mas deu-me a preguiça e fui ver as Histórias do Instagram. Uma das pessoas que sigo é a Sara Toufali, da Black and Blooms, que é basicamente sobre roupa e decoração do lar.

(E agora os apoiantes da Joana Bento Rodrigues gritam "'Tás a ver? É mulher, gosta de roupa e de decoração do lar!" E os detractores suspiram "Ó Rita, tem vergonha! Porque não aproveitas o cérebro para outra coisa melhor?")

Acho o caso da Sara Toufali interessante porque o blogue/Instagram não é muito antigo e ganhou projecção rapidamente depois de ela decidir adoptar um estilo mais boémio, que lhe permitiu fazer parcerias com marcas e também conhecer outras bloguers mais estabelecidas. Ou seja, parte é sorte, parte é ela ter um bom sentido estético, e outra parte é networking.

Então, ontem, nas histórias dela apareceu um link para uma peça da Domino, uma revista de decoração americana, em que ela fala sobre azulejos autocolantes. Quando li, quase que caí da cadeira. Então não é que o primeiro azulejo se chama "Porto"? Quando visito Portugal, é comum ver coisas decoradas com motivos de azulejos portugueses, mas são muito kitsch e não me agradam.

A Bleucoin, que é a empresa indiana que os produz, organizou a colecção por países e regiões: Itália, Portugal, Marrocos, Turquia, Europa... Os azulejos portugueses são mesmo giros. Ora vejam:

2 comentários:

  1. Realmente nós temos dificuldade em dar valor ao que é nosso. Será por estarmos a ver muito de perto? Às vezes quem está longe vê melhor.

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    1. O artigo da Domino chega ao ponto de dizer que o Porto é a cidade dos azulejos. O certo é que qualquer Instagram de fotografia, que tenha o mínimo de projecção, tem fotos de fachadas de azulejos do Porto.

      Quanto aos portugueses em si, acho que quem está à frente de negócios não conhece o mundo, nem tem sentido estético para aproveitar estas modas. Têm aparecido alguns negócios mais cuidadosos na área, mas por vezes temo que apenas aproveitem a estética do Ikea e não consigam adaptar a Portugal.

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