sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Ser de direita e/ou de esquerda

O Luís Aguiar-Conraria recorda na Destreza das Dúvidas um post que escrevi sobre um encontro que tive em Campanhã, numa manhã invernosa, com um jovem de esquerda radical: estava revoltado e acreditava que um outro mundo é possível (não existiriam aí, por exemplo, nem moeda nem mercados financeiros). Tinha-me visto na noite anterior na RTP1, no Prós e Contras, a defender a inevitabilidade das políticas de austeridade. Para ele, as barbaridades que eu tinha dito só podiam vir de um economista e de direita. Com economista devia querer sugerir que eu era um básico ou um 'economicista'. Com ser de direita devia querer dizer que eu era socialmente insensível.
Mas, como o Luís sabe, social e politicamente as desigualdades e a pobreza são o que mais me preocupa. E acredito que o Estado tem um papel essencial na resolução desses problemas. Não sei se isso faz de mim uma pessoa de esquerda. Mas sei que não me fará votar nos nossos partidos de esquerda. De facto, as medidas que defendo para resolver aqueles problemas são usualmente classificadas como sendo de direita. Mas admito que a classificação direita/esquerda é muito limitada.

1 comentário:

  1. Enfim, somos quase todos social-democratas! (com excepção dos Partidos Comunistas)

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