terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Rothko at Tate Modern (2008-2009)

8 comentários:

  1. Tive a oportunidade de ver os "Seagram Murals" durante a sua exibição desde Dezembro de 2011 a Julho de 2012 na National Gallery of Art. Pelo menos uma dezena de vezes dediquei a minha concentração na visualização das telas e não me senti tocado por aquela vibração que, dizem, faz estremecer os fiéis.

    Vejo Rothko porque me intriga a minha falta de acuidade sensorial que sobra a tantos outros.

    Mas não desisto.
    Pode faltar-me sensibilidade mas não me faltará persistência, espero.

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  2. "Mark Rothko elevava as cores à ignorância de Deus" Entende? Eu não.
    Se a sua curiosidade é tanta pode ver aqui

    http://aliastu.blogspot.com/2012/01/vermelho.html
    e aqui
    http://aliastu.blogspot.com/2007/05/rothko-national-gallery-washington-dc.html

    alguns tópicos com que se debate a minha insensibilidade.

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  3. A mudança das cores em Rothko teve a ver com ele achar que as pessoas tinham começado a dar significado à cor. Ao tirar a cor e começar a pintar com cores mais escuras--cinzentos, pretos, violetas, castanhos, etc., Rothko quis dificultar o trabalho do espectador em relacionar-se com a pintura. Associa-se à escores mais escuras, tristeza, mas quando contemplados com as obras de Rothko, nem todas as pessoas respondem com sentimentos de tristeza. Foi apenas uma forma de ele forçar o espectador a olhar para dentro de si mesmo. Parece-me que o Rui quando olha para um Rothko quer ver o que os outros vêem, mas isso é impossível. É essa a inovação de Rothko. Não há nada nos seus quadros que digam ao espectador o que deve ser visto, é por isso que a experiência é íntima e única para cada um. E depois há a intemporalidade dos quadros: daqui a 100 anos um Rothko terá a mesma frescura que tem hoje, assim como se alguém de há 300 anos atrás olhasse para um Rothko poderia ligar-se ao quadro sem se distrair com o que era característico quando o quadro foi criado. Não há pessoas, roupas, paisagens, objectos que indiquem quando foi pintado. Todas essas fontes de distração da experiência estão ausentes nos quadros característicos de Rothko.

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  4. Adorável Rita,

    Agradeço-lhe novamente o seu esforço mas continuo sem perceber aquela tirada que EPC citou "MarK Rothko elevava as cores à ignorância de Deus"

    É essa a questão: o que eu não consigo abrir é o hermetismo de afirmações feitas.
    Como o miúdo da parábola, não digo que o rei vai vestido se o vejo nu.

    A Rita diz-me que "A mudança das cores teve a ver com ele achar que as pessoas tinham começado a dar significado à cor ..."

    Tinham começado, Rita? Não entendo. Alguma vez na caminhada da humanidade a cor esteve ausente de significado para os caminhantes?

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    1. Rui, veja isto: http://www.businessinsider.com/what-is-blue-and-how-do-we-see-color-2015-2

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    2. Obrigado, Luís, pelo seu contributo.
      Já li, mas não me parece que responda à minha interrogação a propósito das hossanas a Rothko.

      Aliás (isto internet é uma desinquietação) veja o que é dito aqui:
      https://en.wikipedia.org/wiki/Blue
      na parte "History - In the ancient world)

      Blue was a latecomer among colours used in art and decoration, as well as language and literature.[5] Reds, blacks, browns, and ochres are found in cave paintings from the Upper Paleolithic period, but not blue. Blue was also not used for dyeing fabric until long after red, ochre, pink and purple. This is probably due to the perennial difficulty of making good blue dyes and pigments.[6] The earliest known blue dyes were made from plants – woad in Europe, indigo in Asia and Africa, while blue pigments were made from minerals, usually either lapis lazuli or azurite.

      Lapis lazuli, a semi-precious stone, has been mined in Afghanistan for more than three thousand years, and was exported to all parts of the ancient world.[7] In Iran and Mesopotamia, it was used to make jewellery and vessels. In Egypt, it was used for the eyebrows on the funeral mask of King Tutankhamun (1341–1323 BC).
      ....


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    3. Não não responde. Apenas quis dizer que a forma como percepcionamos as cores tem evoluído. Só isso.

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    4. Rui, antes dos quadros escuros, Rothko produziu muitos quadros em amarelos, laranjas, e outras cores vibrantes. As pessoas chamam a isso o período feliz de Rothko. Quando os espectadores começaram a identificar essas cores com o artista, como se ele quisesse criar uma sensação no espectador com a cor, ele mudou as cores para tons mais escuros. Identifica-se isso com a depressão de Rothko, mas ele não pintou em tons escuros porque estava deprimido. A cor não era um sintoma da depressão. Era um progresso na linguagem do artista.

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