quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Uma vida simples segundo Sócrates

Peguemos apenas nos valores dados por Sócrates na sua entrevista à TVI. 120 mil euros (empréstimo CGD) + 450 mil (doação da mãe = 0,75 x 600 mil)) + 500 mil (empréstimos do “amigo fraterno”, que, segundo a comunicação social, admitiu ter emprestado este montante a Sócrates, o qual, por sua vez, disse já ter devolvido 250 mil) + 460 mil (salários, entre janeiro de 2013 e novembro de 2014 = 20 mil x 23 meses). No total, Sócrates teve, pelo menos, ao seu dispor um montante de um milhão e quinhentos e trinta mil euros entre junho de 2011 e novembro de 2014, o que dá uma média de 41 mil euros por mês. Repito: 41 mil euros por mês, a acreditar, claro, nos valores dados por ele e pelo seu “amigo fraterno”. Eis uma vida simples, sem luxo ou fausto. Eis alguém que viveu modestamente com 41 mil euros por mês, como qualquer estudante de doutoramento ou mestrado no estrangeiro, como Sócrates sublinhou. Só mesmo gente “louca” ou “cheia de ódio”, como os jornalistas do “Correio da Manhã” e os procuradores do Ministério Público, pode ver aqui sinais de uma “vida faustosa” ou algo de suspeito.

34 comentários:

  1. Não tenho a certeza destas contas (principalmente porque só sabemos o lado das receitas, não das despesas). De qualquer forma embora tenha a certeza que não me importaria de receber mesmo que fosse só o salário de 20k€ mensais, não sei se o JCA está a propor que toda a gente que tenha acesso a valores de 40k€ por mês tem necessariamente "uma “vida faustosa” ou algo de suspeito"

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    1. Estas contas são, claro, uma estimativa (penso que por baixo) tendo, sobretudo, em conta o que Sócrates disse na entrevista. Por exemplo, ele disse que recebia 25 mil euros em novembro e eu até calculei como tendo recebido uma média de 20 mil e só contei 23 meses - não faço ideia se recebeu comissões, prémios e se só contei 12 meses de salários por ano. Sobre a vida faustosa, digamos que gostava de ter uma vida simples como a de Sócrates, com mais de 40 mil euros à minha disposição por mês. Sobre as suspeitas, à mulher de César não basta sê-lo, deve parecê-lo. Sócrates não chegou ontem à política e aceitar receber centenas de milhares ou milhões de um amigo fraterno, que ganhou 20 concursos públicos no tempo em que ele era primeiro-ministro, não é nem eticamente (embora Sócrates, ainda ontem o disse, não queira a moral na política, o que se compreende) nem politicamente aceitável. Admitamos que se trata de facto de empréstimos, Sócrates devia ser o primeiro a dizer ao seu amigo que jamais poderia aceitar um centimo que fosse de ajuda ou empréstimo, porque as pessoas, legitimamente, iriam considerar isso suspeito ao terem conhecimento dessas operações. O iv acha isso normal? Um primeiro-ministro receber centenas de milhares de euros de "empréstimo" de um amigo que teve uma data de negócios com o Estado durante esse mandato?

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    2. "iriam considerar isso suspeito"

      Quem tem a consciência pesada com crimes ou com inveja iria considerar suspeito. Quem acredita na liberdade de cada um, cumprindo a lei, fazer o que lhe dá na real gana, o que acha suspeitos são 3 anos de investigação, centenas de investigadores, milhares de horas de escutas a alimentar milhares de páginas de devassa e escárnio, produzir apenas insinuações anedóticas e esquemas para manter vivo o processo por tempo indefinido.

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    3. Caro NG,
      Também acho que será muito mau para a credibilidade da justiça se não for apresentada uma acusação sólida, como acho lamentável certas práticas da justiça portuguesa, a começar pelo tempo que demoram a apresentar a acusação. Sócrates não é, infelizmente, caso único, mas ninguém quer saber do sr. Manuel da mercearia ou do sr. Silva da oficina, que, ao contrário de Sócrates, não têm meios de defesa ou não podem contar com "meios de fortuna" de um amigo. O NG acha mesmo que só quem tem a consciência pesada ou inveja de Sócrates é que acha estranho que ele tenha aceitado receber tanto dinheiro de um amigo envolvido em negócios de milhões com o Estado? Se acha tudo isso normal, lamento imenso. Espero ao menos que não seja essa a opinião da maioria dos portugueses - e, felizmente, parece que não é.

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    4. Caro José Carlos Alexandre,
      Não interessa se muitos ou poucos acham que é normal. Interessa se foi cometido, ou não, algum crime que justifica o maior enxovalhamento público da nossa geração e o condicionamento definitivo das escolhas políticas do país. E, do que é público, esse amigo está envolvido em negócios internacionais que geraram muitos milhões de euros para empresas portuguesas, muitas centenas de postos de trabalho e muita receita fiscal para o Estado português. Algum dia, ainda alguém fará a conta quanto mereceria quem obteve esses negócios se deles recebesse comissões pelo mesmo critério com que receberam os "consultores" que venderam as melhores empresas nacionais, e seus lucros garantidos, a chineses, angolanos e outros especuladores.

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  2. "O iv acha isso normal? Um primeiro-ministro receber centenas de milhares de euros de "empréstimo" de um amigo que teve uma data de negócios com o Estado durante esse mandato?"

    Não, não considero normal, e mais, não considero legítimo. Como também não consideraria legitimo se em vez de um empréstimo tivesse sido fornecido um lugar num qualquer conselho de administração (ou vários) com direito a remuneração e particularmente capacidade de fazer negócios vantajosos não escrutinados.

    No entanto, isto não tem muito a ver com o rendimento mensal auferido pelo ex primeiro ministro. Ganhasse ele muito ou menos desta forma, a acção continuaria a ser ilegítima. Ter acesso a um valor elevado de remuneração não é em si mesmo uma coisa ilegal ou imoral, o mecanismo pelo qual se tem acesso a essa remuneração é que pode ser. A minha critica (que não desculpa de forma alguma os potenciais actos ilegítimos que possam ter sido cometidos) era em focar o problema no valor da remuneração e não no mecanismo pela qual foi obtida.

    (Note que posso admitir que por razões sociais não seja conveniente valores elevados de remuneração ou particularmente valores desproporcionados de remuneração entre indivíduos - mas isso seria uma questão geral, e não dependente de ser ou não a pessoa X ou Y a auferir)

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  3. Por amor de Deus, deslargarem o "menino de ouro"! É inveja, é uma cabala, uma "biolência" o que estão a fazer a este "estadista"!

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  4. Permitam-me um desabafo: não vi a entrevista e estou-me nas tintas para o homem que, a meu ver, sofre de uma doença de que não sei dizer o nome.
    Digo isto por que ele, além de não se enxergar, tem uma enorme facilidade para construir estórias sem-pés-nem-cabeça sobre a sua vida e, depois, não tem pejo em andar a “vendê-las” como se fossem verídicas, sem reparar que a esmagadora maioria das pessoas não acredita minimamente no que ele diz, a respeito da sua pessoa.
    E ainda sonha, este maluco, com uma sua eventual candidatura a presidente da República, sem reparar que, para se candidatar, teria de estar no pleno uso das suas faculdades (o que me parece não acontecer), e não poderia sofrer de doença incapacitante, como julgo ser essa a de que ele padece, que é a de mentir compulsivamente. Seria bom, penso eu, que os amigos o aconselhassem a abandonar essa extravagante ideia, para bem dele e para nosso bem.

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    1. Porque é que é mais sociopata do que, por exemplo, você?

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    2. Caro NG,
      Confesso que costumo ler os seus comentários com atenção. Nem sempre concordo consigo, mas acho que faz comentários moderados, inteligentes e pertinentes - aliás, a destreza tem vários comentadores excelentes: o Carlos Duarte, o Rui Fonseca, o Miguel Madeira, o Pedro Silva, a Isabel SP, o in fact, o iv, o Isidro Dias, etc. Por isso, confesso que não estava à espera que fizesse um comentário desagradável e deselegante como este - eu sei, a Rita sabe defender-se muito bem, e não precisa da minha ajuda, mas não podia deixar de manifestar o meu espanto. Mas, pronto, tenho de admitir que o Sócrates provoca este tipo de efeito, deve ser isso.

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    3. Caro JCA,
      De modo algum pretendo ser mais ofensivo com a Rita do que me parece que ela pretende ser com quem, genuinamente, acredita que assistiu, ontem e anteontem, a um monumento de dignidade cívica e bravura política raríssimo. Ou a quem até sente orgulho em ser português por um seu compatriota, perante a maior campanha de opróbrio e expiação dos males de uma sociedade, a ele dirigida, ter a força e coragem de se expôr e se bater, com inteligência, pela defesa da sua honra e pelos valores em que acredita. Só queria entender o ponto.

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    4. O NG diz-se admirador do José Sócrates por ele, “perante a maior campanha de opróbrio e expiação dos males de uma sociedade, a ele dirigida, ter a força e coragem de se expôr e se bater, com inteligência, pela defesa da sua honra e pelos valores em que acredita."
      Como é possível alguém escrever uma coisa destas? O NG não sabe ler? O NG não sabe ouvir? Ao considerar aquele senhor "um monumento de dignidade cívica e de bravura política" o NG desqualifica-se aos olhos de muito boa gente, eu diria aos olhos de toda a gente que não seja cega nem surda. Recomendo-lhe que leia o que hoje escreveu o insuspeito Viriato Soromenho Marques, no Diário de Notícias, onde considera aquela entrevista "um péssimo serviço à democracia que nenhuma guerra de audiências pode justificar". E modere-se, p.f.

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    5. "O NG não sabe ler? O NG não sabe ouvir?"
      Sei. O Tiro ao alvo é que declara ter opinião sobre aquilo que faz questão de dizer que não viu nem ouviu.
      Viriato Soromenho Marques é insuspeito de quê? Tem exibido, na sua coluna no DN, duranto o último ano, um ódio visceral e cínico a José Sócrates. Seria uma grande surpresa ter escrito um texto diferente daquele que escreveu. A propósito da frase que cita, há neste caso uma situação paradoxal. Acho que a entrevista de JS registou audiências extraordinárias, e por onde tem passado tem juntado multidões, precisamente porque aqueles que o odeiam, os Soromenhos, os J M Tavares, os J M Fernandes e as H Matos desta vida, e grande parte do jornalismo de sarjeta português, têm alimentado e mantido a chama do tema acesa, com as suas redacções viperinas de aproveitamento político da situação, na inferioridade do seu inimigo fidagal. Se tivessem sabido respeitar a condição humana diminuída de um cidadão, talvez agora houvesse menos gente com preocupação e interesse no seu destino.

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    6. NG, eu não tenho opinião sobre a entrevista, eu tenho opinião sobre o homem, e basta-me.
      Não quero acreditar que o NG tenha interesse especial para andar a defender o indefensável; mas que o NG anda a tentar tapar o sol com uma peneira, anda. E sei bem que não está só - conheço outras pessoas que também defendem o Sócrates e que, até, vão participar em jantares de desagravo/homenagem, que alguns promovem. Acontece, porém, que as pessoas que eu conheço e que andam metidas nessas andanças, é gente que não me merece muito respeito, sendo que algumas são mesmo meio amalucadas.
      Em conclusão, fique o NG com a sua (razão), que eu fico com a minha.

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    7. NG, eu não tenho opinião sobre a entrevista, eu tenho opinião sobre o homem, e basta-me.
      Não quero acreditar que o NG tenha interesse especial para andar a defender o indefensável; mas que o NG anda a tentar tapar o sol com uma peneira, anda. E sei bem que não está só - conheço outras pessoas que também defendem o Sócrates e que, até, vão participar em jantares de desagravo/homenagem, que alguns promovem. Acontece, porém, que as pessoas que eu conheço e que andam metidas nessas andanças, é gente que não me merece muito respeito, sendo que algumas são mesmo meio amalucadas.
      Em conclusão, fique o NG com a sua (razão), que eu fico com a minha.

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    8. Desculpem lá a intromissão. Mas eu não percebo como se perde tempo a discutir com quem ainda defende o Sócrates. Estão à espera de quê? De dar o argumento decisivo que convencerá alguém que não vê tudo o que está à vista? Ao dar-lhe conversa estão a dar-lhe palco e eu não gosto que a Destreza seja palco para defesa de escroques deste nível.

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    9. Julgamento definitivo sem direito de defesa como se conhecesse todos os pormenores mas não apresenta factos só o veredicto final muito triste para alguém que pretende ser representante de uma certa intelectualidade dita moderna e sem desempoeirada.

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    10. Não gosta, tem bom remédio. Deixe de mosquitar este blogue.

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    11. Caro Luís, não tem que pedir desculpa pela intromissão, a casa é sua.
      Aproveito para lhe pedir uma informação: os meus comentários estão a aparecer em duplicado, será problema meu ou da minha máquina? Mesmo que os meus comentários tivessem muito valor, o que é de mais é erro...

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    12. Não se irrite que a vida é curta.

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  5. Permitam-me um desabafo: não vi a entrevista e estou-me nas tintas para o homem que, a meu ver, sofre de uma doença de que não sei dizer o nome.
    Digo isto por que ele, além de não se enxergar, tem uma enorme facilidade para construir estórias sem-pés-nem-cabeça sobre a sua vida e, depois, não tem pejo em andar a “vendê-las” como se fossem verídicas, sem reparar que a esmagadora maioria das pessoas não acredita minimamente no que ele diz, a respeito da sua pessoa.
    E ainda sonha, este maluco, com uma sua eventual candidatura a presidente da República, sem reparar que, para se candidatar, teria de estar no pleno uso das suas faculdades (o que me parece não acontecer), e não poderia sofrer de doença incapacitante, como julgo ser essa a de que ele padece, que é a de mentir compulsivamente. Seria bom, penso eu, que os amigos o aconselhassem a abandonar essa extravagante ideia, para bem dele e para nosso bem.

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  6. Interessante a direita portuguesa mesmo a dita moderna como se arroga mas na verdade continua igual e com todos os tiques da antiga mesquinha trauliteira e rural.
    O mais importante de tudo o que se passou é chegar à conclusão que o homem recebeu uma quantia elevada? Quer dizer se fosse da direita reaccionária invejosa teria sido fruto do seu trabalho da sua dedicação do seu mérito do seu talento?
    Então gaste muito ou pouco isso não é da vida privada do homem alguém tem alguma coisa com isso com que direito acham que devem basculhar a vida de um cidadão comum?

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    1. E é interessante que para a esquerda só a Sócrates não se aplica a tradicional inveja social e a suspeita pelo seu nível de vida claramente incompatível com os seus rendimentos. A mesma esquerda que não pode com os "queques" do CDS, não se importa que o Sócrates viva do dinheiro da mãe e do amigo Santos Silva (tal e qual...)? Não têm vergonha de ser tão hipócritas?

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    2. Estou-me nas tintas se Sócrates é de direita ou de esquerda. Não vou nessa treta, alimentada por ele, de que é perseguido politicamente. Acho que é ridículo ele querer fazer-nos acreditar que até levava uma vida modesta, chegando ao cúmulo de sugerir que era como qualquer estudante de doutoramento ou mestrado no estrangeiro. E Sócrates, ao contrário do que diz o António, não é nenhum "cidadão comum", foi primeiro-ministro. Acho, por isso, perfeitamente normal que num Estado democrático de direito, para usar as palavras dele, ele tenha de justificar donde lhe veio o dinheiro, sobretudo quando está metido ao barulho um "amigo fraterno" envolvido em vários concursos públicos de milhões de euros, e que ele, agora, admite que lhe "emprestou" centenas de milhares de euros.

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    3. "E Sócrates, ao contrário do que diz o António, não é nenhum "cidadão comum", foi primeiro-ministro. Acho, por isso, perfeitamente normal que num Estado democrático de direito, para usar as palavras dele, ele tenha de justificar donde lhe veio o dinheiro..."

      Bingo!

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    4. Precisamente por ter sido um primeiro-ministro e alguém na plenitude da participação política activa não lhe pode ser imputada a posse de bens com a ligeireza de quem leva 3 anos para apresentar essa simples demonstração formal. Rezemos por alma da cidadania que assiste a esta barbaridade entre a indiferença e os paus e pedras na mão.

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    5. No tempo de Salazar alguém que tivesse ocupado o lugar de ministro o povo lá da aldeia continua a considerá-lo o senhor ministro mesmo depois de morto, esse tempo, felizmente, não para todos é claro, já lá vai.
      A lei do enriquecimento ilícito apresentada pelo PSD foi chumbada pelo Tribunal Constitucional e continua em vigor que compete ao acusador provar a culpa do arguido e não o contrário ou será que pensam que a Lei foi aprovada?

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    6. É muito fácil compreender:
      Sócrates cortou mordomias aos juízes e o PSD/CDS viu a oportunidade política e usou-a na máxima força e deu mordomias aos juízes.
      O resultado é conhecido e quem desensarilhou foram os comunistas (não sou comunista). Os comunistas viram o perigo de Cavaco e Portas do mesmo lado da barricada e com um Passos à trela.
      Vai daí o apoio do PCP ao PS e toda a engrenagem que foi montada cuidadosamente desmoronou-se, o resto é conhecido.

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    7. António, penso que me já percebeu que eu não quero que usem este blogue para fazer campanha pelo Sócrates. Vá fazer isso para outro lado, por favor.

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    8. António, tal como na Nova Ucrânia ou na antiga União Soviética, aqui temos democracia e pluralismo para os que pensam como nós. Os outros são sociopatas. Falamos deles muitas vezes mas não queremos contestação nem contraditório. Não. Não estamos numa caixa de comentários do Correio da Manhã. Estamos num lugar frequentado da elite académica e intelectual portuguesa. Estás linda, Leonor.

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    9. Tem razão NG o PCP viu o perigo desta direita aqui tão bem representada e cortou-lhes as veleidades do retorno ao antigamente.

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  7. O mais grave disto tudo é que ele nem sequer pagou os impostos devidos, mesmo se tivesse arranjado o dinheiro legitimamente. Não percebo como é que a TVI lhe dá tempo de antena.

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  8. Eu não tenho grandes ilusões nos políticos: 90 por cento (talvez esteja a ser modesto) está lá para se servir a si do que servir o país. Dificilmente conseguirão provar algo contra Sócrates e casos deste tipo (porque os intervenientes sabem fazer as coisas bem feitas) e este caso tem contornos políticos, no entanto, também não sou idiota ao ponto de achar que quem anda a movimentar malas com dinheiro para cá e para lá fá-lo sem ser para esconder algo. Agora competia à justiça primeiro investigar e depois se tivesse indícios fortes acusar. O que fizeram foi o que a PIDE fazia prender para investigar. Também me espanta a curiosidade das pessoas acerca dos gastos de Sócrates, mas será que ele é obrigado a revelar de onde vem o dinheiro que gasta, a inversão do ónus da prova não existe em Portugal. Rita, quais impostos? Desde quando dinheiro recebido de empréstimos está sujeito a imposto. Alguém lhe disse que havia um juro neste empréstimo e mesmo que houvesse a parte que emprestou só teria a declarar a partir do momento em que os juros fossem pagos.

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