quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Ainda bem que ele se ri!

"O despacho do Ministério Público (MP) junto do Tribunal Administrativo de Lisboa, ao qual o CM teve acesso, diz, segundo a mesma fonte, que "no caso verificou o incumprimento de todo o procedimento legalmente exigido para a atribuição de equivalências". E isso "acarreta a nulidade dos atos subsequentes", ou seja, "todo o percurso académico", nomeadamente "o ato de atribuição das suas licenciaturas".

O Ministério Público (MP) mantém, contudo, o título de engenheiro a José Sócrates, considerando que o princípio de segurança jurídica se sobrepõe à legalidade: muitos outros estudantes da Independente estão na situação de Sócrates e poderiam ver "cassados os seus diplomas"."

Fonte: Diário de Notícias

Espero que as outras pessoas que estão na situação de José Sócrates também se riam muito. É que isso é sinal de competência em Portugal. Depois, quando alguém se aleijar por causa de um projecto destes licenciados que não obedeça a normas de segurança, que essa vítima seja atendida no hospital por um médico sorridente.

Como é que os interesses privados destas pessoas se sobrepõem à segurança pública ? Ou a segurança jurídica assegura a segurança pública?

Num mês apenas, Portugal está a tornar-se ainda mais patético! É exactamente o que um país com a terceira população mais envelhecida do mundo precisa.

3 comentários:

  1. Rita, este género de notícias chateia-me a diversos níveis e é enganosa.

    1º ponto - Engenheiro é alguém inscrito (e com quotas pagas) na Ordem dos Engenheiros ou na Ordem dos Engenheiros Técnicos (sendo, neste caso, Engenheiro Técnico de título).

    2º- Por convenção, que discordo mas compreendo, é normalmente apelidado de engenheiro todo o detentor de curso de Engenharia (Licenciaturo/Mestrado) ou Engenharia Técnica (Bacharelato).

    3º- Sócrates é bacharel em Engenharia Civil pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra. Logo é (desconheço inscrição numa das Ordens), por convenção informal, engenheiro. E tem direito a sê-lo independentemente da licenciatura posterior que terá ou não (na minha opinião, não!) obtido.

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    1. Não precisas de agradecer. Este meu comentário é quase uma reacção pavloviana ao mau uso e frequente abuso dos títulos académicos em Portugal.

      O que devia escandalizar as pessoas não é tanto o Sócrates ter tirado uma licenciatura com exames ao Domingo e por fax - é o porquê, de um político destacado, sentir a necessidade de ser licenciado (i.e. ter o canudo) por uma universidadezeca de terceira categoria. Mesmo sendo o curso tirado na perfeição, Sócrates mereceria SEMPRE maior respeito da minha parte como bacharel do ISEC do que licenciado pela "Universidade Independente".

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