quinta-feira, 14 de maio de 2015

Um pouco mais de Wilde. Para intelectuais e outros que tais.

"A inteligência é em si um modo de exagero e destrói a harmonia do rosto. Quando uma pessoa se senta para pensar, torna-se toda nariz, ou toda testa, ou alguma coisa horrenda. Veja os homens a quem o êxito sorriu em qualquer das profissões intelectuais. Que hediondos são! Exceptuam-se, já se vê, os da igreja. Mas é que na Igreja não se pensa. Um bispo continua a dizer aos oitenta anos o que lhe ensinaram a dizer aos dezoito; e, por isso, como consequência natural, é que ele conserva sempre uma aparência absolutamente deliciosa."
Oscar Wilde, "O Retrato de Dorian Gray"

4 comentários:

  1. Bem, pelo menos, no Reino Unido a observação de Wilde é bem capaz de ser certeira. Pelo menos bate certo com o que a Filomena Mónica escreveu nas suas memórias, "Bilhete de identidade". Quando andava a fazer o doutoramento em Oxford, foi a um jantar da universidade e ficou horrorizada com a fealdade das luminárias lá do sítio. Até ter conhecido um argentino (mas lá está, não era britânico) pensava que a beleza era incompatível com a academia. Em Portugal, é diferente, nós somos de outro mundo

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    1. Eu acho os académicos portugueses todos muito sexy! São mesmo de outro mundo...

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  2. João, este é o meu livro de cabeceira, literalmente: está sempre na minha mesinha, mesmo à mão de se consultar. Até acho que o devia ler outra vez.

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