domingo, 12 de novembro de 2017

"Web Summit Dinner with the Dead"

Não percebo tanta polémica em torno do Panteão.
Teófilo Braga, Amália, Eusébio ou Sophia podiam era ter feito uso dos seus dotes e animar aqueles senhores tão importantes.
E não consta que o barulho incomode os mortos.
Se estas luminárias gostam de comer "bacalao" por entre túmulos, isso é lá com elas. Lembrei-me de Hannibal Lecter...
E sempre entram uns tostões para efeitos de défice. Se aqueles mortos, assim como assim, mesmo não comendo, só dão despesa, porque não amortizá-la?
O Paddy é que sabe: é tudo uma questão de cultura e para estas mentes brilhantes é "very typical" uma coisa assim. Para que conste, também já jantei no Museu Soares dos Reis. É certo que não havia mortos e que se discutia o futuro da arquitectura das cidades. Mas, mesmo assim, será que também tenho de pedir desculpas?
E a lata desta gente que culpa a legislação que em lado algum obriga a que o arrendamento se faça e que até contém uma norma que facilmente poderia impedir o dito evento?
Mais um episódio deste imenso "Perdoa-me" em que o país está transformado.
Já estou a imaginar a Amália toda contente a sair da tumba e a dizer "obrigado, obrigado, batam palminhas", com aquela voz de bagaço que a caracterizava já para o final da vida e com a cabeça para trás e os braços estendidos a agradecer que gente tão "cool" lhe tenha vindo animar "uma estranha forma de vida" tão chata...

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