sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Happy Thanksgiving!

Mais um dia do perú, acho que foi o meu vigésimo-sexto que passei nos EUA. O meu primeiro foi em 1995 e passei-o em Dallas, TX; o segundo, dois anos depois foi em Ponca City, OK, que é uma cidadezinha bastante pobre na altura. É engraçado pensar no contraste dos dois locais agora, mas quando visitei era tudo novo e interessante, logo ambas as experiências foram igualmente boas. A comida é sempre o tradicional perú com o recheio, mais uma combinação de outros pratos da época: doce de arandos, puré de batata, batatas doces assadas, feijão verde com sopa de cogumelos, pudim de milho, salada, pãezinhos, pão de milho. Depois há variações, por exemplo, hoje no meu jantar o feijão verde era fresco (o tradicional é de lata) e tinha sido cozido e depois aromatizado com especiarias.

O Dia de Acção de Graças e toda a sua tradição é capaz de ser uma das minhas coisas preferidas de viver aqui. É uma altura do ano em que toda a gente está preocupada com os outros. Todas as pessoas que nos encontram perguntam que planos temos para o Dia de Acção de Graças e os americanos não gostam de ver ninguém a passar este dia sozinho. Mesmo quem escapa à pesca do convite acaba por frequentemente receber um prato de comida.

É paradoxal que um povo que tem a reputação de comer mal passe vários feriados em redor de comida e a organizar eventos para comer em comunhão com os outros. O dia da Independência dos EUA é piqueniques e cachorros quentes, a final do campeonato de futebol americano é uma tarde de petiscos, o 17 de Março -- dia da S. Patrício na Irlanda -- é comida irlandesa, o 5 de Maio, que nem é importante no México, é comida mexicana. E depois há os tradicionais potlucks nos escritórios, nas igrejas, nas universidades, etc. só para promover a camaradagem. Portugal devia pensar em criar uma coisa tipo o dia do pastel de nata; era capaz de ter sucesso na terra do Tio Sam.

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