terça-feira, 2 de novembro de 2021

Mudança ou não?

Com o Carlos Moedas a "ganhar" a CML e mais recentemente o chumbo do OE no Parlamento, uma pessoa fica tentada a pensar que o país quer mudar de vida, mas não me parece. Não se procura mudança, mas sim continuação do mesmo, um sistema que entretanto se tinha deteriorado bastante. Mudar de liderança serve para ver se quem vem a seguir consegue fazer as coisas voltar para trás. É uma fantasia, quanto mais esforço dedicam a prolongar o passado, mais atrasado o país fica e mais incapaz é de cumprir as promessas feitas numa altura em que as coisas eram muito melhores do que agora.

Depois, todas as ideias que têm estão ultrapassadas. Após anos a fio de Websummit, ainda não há nada de concreto e positivo para o país; há apenas o custo do evento e a ocasional vergonha quando alguém mete o pé na poça. Mesmo assim, o Carlos Moedas sonha com unicórnios, o que só indica que o homem está atrasado uns 20 anos. O único unicórnio minimamente interessante para o país seria algo que combatesse a corrupção porque, enquanto não tratarem disso, o país continuará a ter bastantes recursos desviados para as mãos de quem não os merece.

Obviamente, que o mundo está em forte mudança e é muito difícil tentar adivinhar o que por aí vem, dado que o processe é inerentemente um de tentativa e erro. Se estivessem mesmo interessados em melhorar o país, duas coisas podem ser feitas: a energia tem de ser mais barata e as condições de vida do imobiliário têm de ser melhoradas, no sentido de os edifícios serem mais confortáveis em termos de temperatura e humidade. Com essas duas coisas, os portugueses seriam mais saudáveis e não precisariam de ir tanto ao médico.

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