domingo, 17 de maio de 2015

Segurança e bom senso

Esta semana houve duas histórias de violência entre adolescentes que chocaram os portugueses. Convém sublinhar que as histórias não têm nada a ver uma com a outra. O caso de Salvaterra de Magos é um daqueles exemplos de “mal radical”, cuja natureza continua tão pouco conhecida por nós. Isto não impediu que hordas de comentadores e psicólogos misturassem tudo e chamassem a atenção para o famigerado “contexto”. Pedro Santos Guerreiro, geralmente moderado e lúcido nos seus comentários no “Expresso”, chegou ao cúmulo da idiotia e associou estes casos à austeridade e à troika (palavra de honra). Esta gente nasceu ontem. No meu último post, escrevi que o mundo sempre foi cruel. Basta saber um bocadito de história para chegar a essa conclusão. Como é sabido, hoje, a novidade reside em que a televisão e a internet exibem, à vista de toda a gente, o espectáculo dos massacres, das catástrofes naturais e dos sofrimentos.

Em relação à violência nas escolas, a solução não passa por contratar mais psicólogos ou auxiliares, como às vezes se sugere. A solução passa por contratar seguranças com cabedal e regras claras. Isto, que qualquer pessoa com bom senso percebe, não entra, infelizmente, na cabeça dos génios que nos pastoreiam.

2 comentários:

  1. Convém notar que nenhum dos casos da semana passada tem, diretamente, ver com violência nas escolas.

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    1. Directamente, não. Mas nas notícias apareceu tudo misturado e aproveitou-se a ocasião para chamar a atenção para o problema da violência nas escolas.

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