terça-feira, 12 de maio de 2015

Um dilema insolúvel

Há 150 anos, Dostoievski desafiou Deus a justificar o sofrimento dos inocentes. Escreveu o genial escritor: “Ou Deus não é bom ou não é todo-poderoso. Em qualquer caso, está comprometido com o mal.” É um dilema insolúvel.
Eu cada vez mais me inclino para a visão do compositor Wagner: não há um Deus, há deuses que fazem o que podem em condições extremamente adversas.

2 comentários:

  1. Dostoievski fez isso há 150 anos mas os judeus não o leram e só se começaram a defrontar com o mesmo dilema após o Holocausto. Tornou-se nessa altura um importante tema da teologia judaica.

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  2. Já Epicuro levantou muito antes a mesma questão...
    " Deus deseja prevenir o mal, mas não é capaz? Então não é onipotente. É capaz, mas não deseja? Então é malevolente. É capaz e deseja? Então por que o mal existe? Não é capaz e nem deseja? Então por que lhe chamamos Deus?"

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