quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Caro Mário Centeno,

Hoje estava a ouvir música no iPhone e ocorreu-me o que lhe queria dizer. É isto:

I want to hold the hand inside you
I want to take a breath that's true
I look to you and I see nothing
I look to you to see the truth
You live your life
You go in shadows
You'll come apart and you'll go blind
Some kind of night into your darkness
Colors your eyes with what's not there.

Espero que brevemente encontre a luz e explique aos senhores que constituem Governo consigo que a matemática não está lá. O Voodoo Economics do PS não funciona: estatelou-se com o PM Sócrates, ir-se-á estatelar com o PM Costa. Falta apenas saber se o Dr. Mário Centeno irá comprometer os seus princípios profissionais e ser cúmplice da loucura ou usará os seus conhecimentos e reputação para conduzir o governo para um percurso com alguma probabilidade de sucesso.

29 comentários:

  1. Ò Rita, esta pequena historieta já tem final conhecido e, inclusive, já há outras canções sobre ela.

    https://youtu.be/WL0269xbykQ

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    1. Mas eu gosto da Hope. Que fazer? Enquanto há vida, há Hope!

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    2. Eu adoro a Hope (não a reconheceste no vídeo? ;) )

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    3. Ha! Vi agora. Pois, and now he's back... E acho que não vai meter água; vai meter Hundred Waters e não sei se será Innocent (https://www.youtube.com/watch?v=EhCnepe3YBY).

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  2. É tarde, Inês é morta:

    https://www.youtube.com/watch?v=GlAfh6rJM40

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  3. Bem observado o "Voodoo Economics", aqui na versão "bottom-up" em vez de "top-down". Continuamos gratos a George H.W. Bush, inventor da expressão. ;-)

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  4. O que é que se estatelou com o PM Sócrates? Foi Sócrates que andou a empacotar crédito imobiliário pôdre e a embolhar o preço das obrigações do tesouro americanas, foi? É ele o responsável pela maior crise financeira dos últimos 80 anos, é? O que é que ele poderia ter feito diferente? O que a oposição ou o BCE deveriam ter feito para impedir a catástrofe todos sabemos. Precisamente aquilo por que ele lutou.

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    1. Se calhar ter aumentado os salários dos funcionários públicos 2,9% em 2009 não deve ter ajudado muito a resolver o problema, pois não? Querem ver que também foi o BCE ou a comissão europeia que o obrigaram a tomar uma medida "tão dura" em ano de eleições. A mim, isso parece-me o equivalente a apagar um fogo com gasolina. Foi a maior crise financeira dos últimos 80 anos? Foi. Mas quantos países foram tão afectados pela crise como Portugal? Isso também deve querer dizer que havia problemas internos, não?

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    2. Foi um erro aumentar os funcionários públicos em 2009? Foi. Não há governo que acerte sempre. Menos ainda num momento tão esquisito e com tanta gente a andar aos papéis por esse mundo fora. Mas também näo me lembro de ver, na altura, os actuais pafes a mobilizar-se e a gritar impropérios contra essa medida. Ouvem-se melhor agora que deram pela falta do pote.

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    3. Eu concordo com o Zé Carlos: a crise subprime apenas antecipou o problema de Portugal. Se não tivesse existido, Portugal e Grécia estariam sozinhos e provavelmente o BCE não teria implementado todas as facilidades que implementou.

      Portugal estava pior do que estagnado: só gastando uma fortuna imensa em dívida pública é que conseguia estar estagnado!

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    4. E qual era o problema de Portugal antes da crise do subprime?

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    5. O NG pergunta, candidamente, qual era o problema de Portugal, antes da crise do subprime, e eu respondo: A dívida, sobretudo a dívida, e o défice. E foi por isso que a Comissão abriu, contra Portugal, um procedimento por défice excessivo em 2009 - repare, em 2009. Em Outubro de 2009.
      Quem disse que a Comissão aconselhou PORTUGAL a aumentar o défice e, consequentemente, a dívida pública?

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    6. Dívida? 71% do PIB em 2008. Défice? 3,6% em 2008, compara com 4,5% em Espanha ou 3,3% de França, Se esses eram os problemas, que dizer de dívida a valer 130% do PIB e défice de 7,1% como o último governo deixou?
      A Comissão Europeia passou e passa o tempo a abanar milhões de euros em fundos que obrigam as contrapartes nacionais a endividar-se, privadas e públicas. Se não fizesse essa política de cenoura à frente muito dinheiro teria sido gasto com outro critério.

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    7. NG, nem sei o que lhe diga. Repito o que se ouve com frequência: tem pai que é cego!

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    8. Há os cegos e há os que esperam que aldrabices se convertam em verdades pela sua repetição musicada ou que figuras de estilo dobrem a aritmética.

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  5. Quantos países? Todos, praticamente. Os que puderam, saltaram a pés juntos para cima do botão das impressoras dos bancos centrais. Foram os que sofreram menos. Os que tiveram que ficar à espera que outros carregassem no botão, por terem cedido o equipamento de impressão, em maior ou menor grau, segundo o grau de unidade responsável dos parlamentos em torno dos seus governos, sofreram mais. E há outros que só agora estão a sentir na pele. A capa da Economist da outra semana, com os livros a cair em dominó, vale por mil artigos.

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    1. Nos EUA o problema era salários estagnados e falta de competitividade: mas isso era uma consequência normal dado que a China indexava o yuan ao dólar, o que permitiu a acumulação de défices comerciais avultados e a falência do tecido produtivo americano. Depois estar sujeito a altos preços de energia por causa da política desastrosa dos EUA no Médio Oriente não ajudou nada. Mas os americanos tinham riqueza acumulada na forma de valor acumulado em imobiliário. A monetização desta riqueza permitiu algum crescimento, mas depois o resto do mundo tornou-se muito ambicioso e quis fazer dinheiro à custa dos americanos comprarem casa, logo encheram os EUA de dinheiro para alimentar a bolha subprime.

      A Europa está estagnada desde 2001--por alguma razão as contas IceSave da Islândia tinham muito dinheiro que provinha de poupanças europeias.

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    2. Não entendo essa coisa da estagnação. Perguntei aqui, humildemente, no outro dia, como raio se fala de década perdida quando Portugal passou de um PIB de 118 mil milhões de dólares em 2000 para 262 mil milhões de dólares em 2008. A comparar com, por exemplo, o passar de 10 para 14 bilhões de dólares dos EUA, no mesmo período. Não tive resposta. Será desta?

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    3. Onde foi buscar esses números?
      Deixe-me dar-lhes os dados da AMECO
      - Em 2000 o PIB em Portugal era de 128 mil milhões de Euros.
      - Em 2008 o PIB em Portugal era de 179 mil milhões de Euros.
      O que dá uma taxa de crescimento de cerca de 4% ao ano. No entanto, estes valores estão inflacionados (precisamente por causa da inflação). Retirando o efeito da inflação, descobrirá que a taxa de crescimento real foi de 1%. Por exemplo, entre 1990 e 2000 a taxa de crescimento real anual média foi de 3%

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    4. Caro Luís, o NG tem fontes especiais e em dólares, para baralhar. Ele não quer saber como foi que o PIB cresceu naquele período, em boa parte à conta da dívida como se sabe, nem onde estava dívida pública escondida. Ele quer é pensar em dólares, embora a dívida pública seja quase toda em euros.
      Mas, o pior, é que o NG não está só...

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    5. A fonte dos números que indico são World Bank, apresentados no Tradingeconomics (uma coisa bem feita por um português). A cotação média do dólar em 2000 era 0,94 euro, em 2008 era 1,47. Todamaneira, seguindo esse mesmo critério e comparando com outros países (EUA, Japão, Euro), o desempenho desse período não justifica a lamechice da "década perdida" com que uma série de opinadores apressados pretende arrumar a Economia portuguesa e castigar os governos desse período. Veja que nessa bitola o PIB em 1990 era 78 mil milhões de dólares. http://www.tradingeconomics.com/portugal/gdp
      Algo se passa com os números.

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    6. NG, para isto não tenho paciência. Seja sério.

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    7. Luís, como repara, concerteza, não sou profissional desta área. Apenas queria entender um pouco melhor. Os números do Tradingeconomic estão errados? Não são coerentes?Porquê? A comparação entre Portugal e, por exemplo, os EUA, entre 2000 e 2008, não é lisonjeira? Porquê? A comparação entre 1990 e 2000 e 2000 e 2008, em Portugal, não é favorável ao último período? Porquê? Onde vê falta de seriedade deve estar apenas ignorância minha. Não leve a mal. Agradeço pistas e referências para a compreensão deste assunto. Não deve existir uma explicação muito complicada para uma apreciação tão díspar.

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    8. Tiro ao Alvo, se me indicar uma fonte de dados de referência que permita a comparação prática de diferentes indicadores, em diferentes países, actualizada ao dia, utilizando o mesmo critério, agradeço.

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    9. E estava a ver os números AMECO. Para o mesmo critério, Portugal, no período 2000-2008, cresceu a um ritmo superior à UE, aos países do Euro, a Áustria, Itália, Dinamarca, França, Suiça, Alemanha, e quase ao mesmo nível da Suécia , da Finlândia e da Holanda. Se a década foi perdida em Portugal, foi ainda mais por essa Europa fora. E voltamos ao princípio, onde estão os elementos que nos indicam que a crise do subprime foi menos importante para a catástrofe económica e social em Portugal do que alguma decisão política tomada?

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  6. http://issuu.com/freemagazinezone/docs/the_economist_-_november_14__2015

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  7. NG, repare no que escreveu: "há os cegos (que o amigo não aceita ser, apenas que 'vê' mal) e há os que esperam que aldrabices se convertam em verdades pela sua repetição musicada ou que figuras de estilo dobrem a aritmética (que sou eu e outros como eu)".
    Ora, se diz que tem dificuldade em entender estas matérias .- que não são fáceis de entender, diga-se -, como é que quer que se classifique a sua afirmação de "que aldrabices, (...) pela sua repetição musicada, ou que figuras de estilo, dobrem a aritmética" e se "convertem em verdades".
    Quem assim escreve não quer aprender nada, antes e apenas vender o seu peixe.

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  8. Tiro ao Alvo, deixe lá as minhas intenções para outra altura. Se tem as referências que acima pedi agradeço as indique. Se não tem, obrigado na mesma.

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