Tenho
andado distraído e por isso só hoje tive conhecimento da declaração de Catarina
Martins sobre o seu plano para o serviço nacional de saúde. Diz a simpática
líder bloquista que prefere um cirurgião risonho, que saiba dar uma gargalhada,
a um cirurgião competente. Confesso que também eu gostaria que os médicos
fossem todos simpáticos, os enfermeiros e as enfermeiras, o pessoal auxiliar,
etc., e, já agora, a humanidade em geral. Espero que a dra. Catarina Martins
não me leve mal, e peço desde já desculpa por qualquer ofensa, eu até a acho
muito risonha, capaz de dar gargalhadas e tudo, mas jamais aceitaria que me
operasse. Para operações, já basta a que estão a fazer a Portugal, com imensa
simpatia e gargalhadas, é certo, mas, pelos vistos, sem grandes preocupações
com a competência. É que eu não me contento com as gargalhadas dos outros
quando as dores me apertam.
"Diz a simpática líder bloquista que prefere um cirurgião risonho, que saiba dar uma gargalhada, a um cirurgião competente."
ResponderEliminarEla disse isso? De qualquer forma, isso em Portugal não é problema. Para um aluno entrar em medicina é preciso ter notas quase perfeitas. Não deve haver nenhum outra área onde haja estudantes tão bons a fazer exames.
Disseste exames, LAC! Quanto queres apostar que a CM irá tentar abolir os exames de entrada a medicina? Achas que os alunos de medicina são qualificados no que diz respeito ao riso? Pelos parâmetros de CM, eles são desqualificados; muitos até têm ataques de ansiedade, pelo menos era o que uma amiga minha tinha...
Eliminardisse, disse exames. Para entrar em medicina é preciso ter uma média superior a 18 valores com exames a mistura. Independentemente de achar um disparate a forma como aboliram os exames da 4ª classe (disparate semelhante à forma comoos criaram, diga-se), não consigo perceber como é que esses exames de 4ª classe são essenciais para a formação dos nossos médicos.
EliminarMas gostava mesmo de saber o que Catarina Martins disse. Tens o link?
Eu meti no DdD o tweet da CM: http://destrezadasduvidas.blogspot.com/2015/12/estou-revoltada.html.
EliminarO exame da quarta classe é praticamente irrelevante para os miúdos; mas seria uma boa ferramenta para o Ministério da Educação ver em que área do país havia mais problemas de aprendizagem, quais escolas deveriam receber mais apoio, etc. Julgo que o problema não é os miúdos; é os exames poderem ser usados para avaliar professores.
Em termos de avaliação do progresso de aprendizagem, a quarta classe seria uma altura interessante para se efectuar um exame porque no quinto ano os alunos têm um método diferente de ensino, com disciplinas especializadas e muitos mais professores. Mas tudo isto devia ter sido avaliado por profissionais da educação, usando dados concretos, que era a forma ideal de se tratar um tema tão importante para a luta contra as desigualdades sociais.
É por o exame poder ser útil para avaliar as escolas que achei francamente mau a forma como acabaram com eles, sem sequer sabermos o que o ministro da educação pensava sobre o assunto.
EliminarEu vi o teu 'post', mas eu estava mesmo curioso saber o que disse a Martins sobre os m+edicos fazerem exames de 4ª classe.
Luís, partiu deste artigo no Esquerda.net.
ResponderEliminarhttp://www.esquerda.net/opiniao/6-razoes-para-acabar-de-vez-com-os-exames-do-basico/39848
Muito obrigado! Fui ler, passo a citar:
Eliminar"Perguntaram-me se eu quereria ser operada por um cirurgião que em vez de testado na escola tenha sido feliz na escola. Não tenho nenhuma dúvida; quero que tenha sido feliz, porque se aprende melhor quando se é feliz a aprender."
Portanto, ela não diz que prefere um feliz a um competente. O que ela diz que é que um estudante feliz tem mais condições para ser competente. O que +e radicalmente diferente. Um pouco infantil, é certo. Aliás, bastante infantil, mas já não é puro nonsense.
Se eu dissesse o que ela disse, caías-me em cima, LAC! Em primeiro, qual é a correlação entre as medidas que ela advoga e a felicidade dos cirurgiões? Em segundo, ser testado na escola e ser feliz na escola não são eventos mutuamente exclusivos. Ela não estudou diagramas de Venn na escola ou estava ocupada a tentar ser ignorante para ser feliz?
EliminarRita, o meu nome é LA-C!
EliminarAcabei de dizer que ela foi muito infantil. Achas que não lhe estou a cair em cima?
Eu estava a responder ao post que que a líder bloquista prefere um "cirurgião risonho, que saiba dar uma gargalhada, a um cirurgião competente". E estava a achar isto nonsense, o que é diferente de infantilóide.
Sorry, LA-C. Eu sou economista, optimizo o número de batidas no teclado.
EliminarEscreve A-C, então.
EliminarSabes que eu adoptei profissionalmente o hífen, como fazem muitos académicos espanhóis, e depois afeiçoei-me.
Eu sou preguiçosa, mas tu já me devias ter corrigido há muito tempo. Eu já abuso do teu nome há meses!
Eliminar(...)
ResponderEliminarESPERO QUE NO ENSINO BÁSICO NÃO SE TENHA LIMITADO A TREINAR PARA FAZER EXAMES; que tenha aprendido as bases de que se faz o conhecimento todo e saiba usá-lo nas situações mais inesperadas e que nenhum exame pode prever. Que saiba a Física necessária para gostar do "Universe is expanding" dos Monty Phyton
[https://www.youtube.com/watch?v=nQPlFLtWDwM],
a História para perceber "a explicação sobre a origem da guerra do Blackadder",
[https://vimeo.com/29598334],
a Filosofia para querer ouvir várias vezes o folclore do Ricardo Araújo Pereira
[https://www.youtube.com/watch?v=0VZXVLMBBm0]
(...)»
(idem)
Pois, parece que não reproduzi a ideia exacta da dra. Catarina Martins. De qualquer maneira, não me parece que ande longe. Ela diz que prefere um cirurgião que tenha sido feliz a um que tenha sido testado na escola. Acha, portanto, que se pode aprender e ser bom cirurgião sem ser testado, basta ser feliz e saber dar gargalhadas - o título do seu texto é "Eu quero um cirurgião que saiba dar gargalhadas". Isto continua a ser pura idiotia.
ResponderEliminarEu penso que se trata de uma argumentação, essencialmente, infantil. Para boas argumentações contra o exame da 4ª classe basta ler o que se escreveu na destreza sobre o assunto. Devíamos mandar os links à catarina martins.
EliminarSem dúvida.
EliminarÉ, o que ela disse (ou escreveu) tem sido muito distorcido, efectivamente. Mas é tão infantilóide que estava mesmo a pedi-las.
ResponderEliminarQueiram desculpar que veja por aqui alguma desactualização sobre esta matéria ... É que as frases soltas de Catarina Martins sobre a Felicidade são bem perceptíveis à luz de vários ECONOMISTAS e psicólogos cujos trabalhos foram validados pelos seus pares. Quem quiser aprofundar poderá ver se existe diferença fundamental nas infâncias dos empresários e dos administradores nos EUA, se as mulheres americanas da actualidade são mais ou menos felizes que há 30 anos e se, no mesmo período, a felicidade dos homens evoluiu da mesma maneira que a das mulheres no mesmo espaço.
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