quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Enquanto há Líbia, há esperança...

Já tiveram oportunidade de ler a grande novela que a Bloomberg Businessweek publicou acerca do envolvimento do fundo soberano da Líbia com a Goldman Sachs numas negociatas antes da crise financeira de 2008? Até menciona o Kadafi ter acampado a sua tenda de beduínos na relva de Donald Trump. Aconteceu a sério e o Trump foi pago -- that's business for you, não viram o debate? Imaginem o potencial do relvado da Casa Branca!

Nós já sabíamos, mas é sempre bom confirmar, que a Goldman Sachs tem talento para encontrar empregados muito coloridos. Um dos empregados coloridos da Goldman Sachs, Andrea Vella, supostamente irritou-se, tirou o sapato e começou a bater com ele na mesa. Outro foi ao Dubai e encomendou duas prostitutas por $300. Isso é muito barato, até porque elas fizeram um serviço tão bom que ele ficou estafadinho de todo e não trabalhou no dia a seguir. Espero bem que o Arquitecto Saraiva seja amigo de Durão Barroso. Aguardo ansiosamente as próximas memórias...

Bem, bem, vamos ao que interessa, o que nos dá esperança: a Líbia processou a Goldman Sachs em Londres e pode ser histórico pela argumentação usada: “undue influence”, um conceito usado pelas esposas que processam os maridos, segundo o qual uma das partes tem tanto poder num contrato que o contrato não é válido.

"Goldman may have made hundreds of millions off Libya, but it’s put banking dogma at risk. A bedrock principle of the securities business is that sophisticated investors can look out for themselves and don’t have recourse to the courts if they lose their shirts. If a huge sovereign wealth fund can successfully claim it was duped, there’s no telling who else can. Ben-Brahim identified the perils of dealing with Libya in an April 2008 e-mail. “These guys are extreme,” he wrote a colleague. “If we truly behave as steadfast friends looking after their interests, they will do anything for us. If we ever lose their trust, they are ruthless.”"

Fonte: Bloomberg BusinessWeek

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