Em setembro de 2015 o INE reviu a taxa de crescimento do PIB de 2013 de -1,6% para -1,1%.
Em junho de 2013 a troika tinha revisto a taxa de crescimento do PIB de -1% para -2,3%. A espiral recessiva parecia confirmar-se e o então Ministro das Finanças Vítor Gaspar demitiu-se. De facto, os dados do primeiro trimestre de 2013 pareciam confirmar uma recessão profunda. No entanto, vir-se-ia a saber uns meses mais tarde, a economia portuguesa tinha entretanto saído da recessão e a taxa de desemprego tinha atingido o seu valor máximo em janeiro.
Ou seja, talvez a demissão de Vítor Gaspar tenha sido precipitada. Mas é provável que, naquela altura, a maioria dos membros do governo estivesse convencida que as políticas de austeridade tinham falhado. Graças ao então Primeiro-Ministro, o governo não caiu. Se tivesse caído, talvez a recuperação, invisível na altura, tivesse sido interrompida.
E não menos importante, se em meados de 2013 houvesse um melhor conhecimento do estado da economia teríamos tido certamente melhores políticas económicas e, provavelmente, uma recuperação mais rápida.
Não conhecer não é tão ruim como decidir convencido que conhece.
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