quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Erros passados, erros futuros

Em setembro de 2015 o INE reviu a taxa de crescimento do PIB de 2013 de -1,6% para -1,1%.

Em junho de 2013 a troika tinha revisto a taxa de crescimento do PIB de -1% para -2,3%. A espiral recessiva parecia confirmar-se e o então Ministro das Finanças Vítor Gaspar demitiu-se. De facto, os dados do primeiro trimestre de 2013 pareciam confirmar uma recessão profunda. No entanto, vir-se-ia a saber uns meses mais tarde, a economia portuguesa tinha entretanto saído da recessão e a taxa de desemprego tinha atingido o seu valor máximo em janeiro.

Ou seja, talvez a demissão de Vítor Gaspar tenha sido precipitada. Mas é provável que, naquela altura, a maioria dos membros do governo estivesse convencida que as políticas de austeridade tinham falhado. Graças ao então Primeiro-Ministro, o governo não caiu. Se tivesse caído, talvez a recuperação, invisível na altura, tivesse sido interrompida.

E não menos importante, se em meados de 2013 houvesse um melhor conhecimento do estado da economia teríamos tido certamente melhores políticas económicas e, provavelmente, uma recuperação mais rápida.

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